BUSCA Miner



Índice | Próxima

Regis, aliviado, diz que volta a trabalhar; “Ufa”, exclamou

02/06/2000 19h11
FABIANE LEITE
repórter da Folha Online

“Ufa!” Com essa exclamação, Regis de Oliveira (PMN), prefeito interino de São Paulo, entrou no salão Azul, ala nobre do Palácio das Indústrias, sede do Executivo paulistano, sob aplausos, logo após saber que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) confirmara o afastamento de Celso Pitta (PTN) da prefeitura da cidade.

O prefeito interino disse que ficou ansioso, pois queria saber “qual caminho tomar.” “Agora, voltamos a 150 km por hora”, afirmou depois da decisão do tribunal.

Regis prometeu voltar ao trabalho. Disse que anuncia, na segunda-feira (5), os oito titulares de secretarias que ainda não foram definidos. Na terça-feira (6), promete nomear os subprefeitos da cidade. No dia seguinte, diz que irá “para as ruas”.

Paralisação

Nesta sexta-feira, a prefeitura ficou paralisada. Regis cancelou audiências, deixou de preparar o secretariado e evitou despachos importantes aguardando a decisão do STJ. Ele recebeu dezenas de telefonemas de vereadores, segundo assessores próximos, que especulavam sobre a situação do prefeito interino.

Sorridente, Regis informou que, se Pitta fosse reconduzido ao cargo de prefeito, pretendia recebê-lo na porta da prefeitura, junto com os 13 secretários que já nomeou.

Regis acompanhou o julgamento pelo rádio, junto com os secretários. Após a decisão, elogiou a decisão do STJ de convocar um ministro para que o julgamento sobre o afastamento de Pitta ocorresse nesta sexta-feira (2). “O STJ agiu corretamente. A dúvida jurídica poderia atrapalhar.”

Para o prefeito interino, Pitta dificilmente volta ao cargo. Segundo ele, a liminar que afastou Pitta não é matéria da Constituição federal, e por isto não caberia outro recurso do prefeito afastado no STF (Supremo Tribunal Federal).

Tentando disfarçar o contentamento, Regis disse que não sentiu “alegria ou tristeza” ao saber da decisão do STJ. Ele promete trabalhar neste sábado (3).

Limpeza

Regis afirmou que só começará a pagar dívida de R$ 189 milhões da prefeitura com empresas de limpeza urbana em agosto, após quitar pelo menos parte de débito de cerca de R$ 170 milhões que o município tem com donos de empresas de ônibus.

O prefeito interino afirmou que decidirá na segunda-feira que providências tomará quanto a contratos de limpeza urbana que estão suspensos.

Pitta é o único culpado?
Vote na enquete

O Pittagate vai interferir no seu voto? Vote na enquete

Leia mais sobre o Pittagate na Folha Online

Leia mais notícias de política na Folha Online

Índice | Próxima

 EM CIMA DA HORA