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Para Pitta, decisão do STJ foi um 'duro golpe'

02/06/2000 19h18
SÍLVIA FREIRE, repórter da Folha Online

O prefeito afastado de São Paulo, Celso Pitta (PTN), divulgou uma nota à imprensa na tarde desta sexta-feira (2), por meio de seu ex-secretário de Comunicação Antenor Braido, em que considera “um duro golpe” a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que o manteve afastado do cargo.

“Um duro golpe, não só para o prefeito mas, sobretudo, para o processo democrático brasileiro, afinal, a prova que instrui a ação já se encontra nela e oferecida pelo próprio prefeito”, diz trecho da nota.

Pela nota, Pitta diz também que a decisão se trata de um julgamento reversível e que serão usados todos os recursos processuais cabíveis para revertê-la.

O prefeito afastado faz também uma crítica ao Ministério Público Estadual dizendo que não aceitará a cassação de seu mandato como, segundo consta na nota, “deseja essa parcela do Ministério Público”.

Ele afirma ainda “que irá até o fim para que a democracia não se torne uma vítima nas mãos daqueles que não se conformam de ver na prefeitura da maior cidade do país uma pessoa humilde que já vinha apurando os fatos, pois deseja reviver a ética e a moral, prestar serviços à população, até com o sacrifício de sua vida familiar e de sua própria vida.”

Solidariedade

Antenor Braido disse que Pitta irá descansar neste final de semana e deverá se reunir com seus advogados na próxima segunda-feira (5) para decidir quais as medidas cabíveis que serão tomadas.

Segundo o ex-secretário, o prefeito afastado encarou a decisão com tranquilidade e recebeu diversos telefonemas de solidariedade nesta tarde.

O ex-secretário de Negócios Jurídicos Edvaldo Brito, que acompanhou junto com Pitta o julgamento no STJ, disse que a decisão de hoje trata-se apenas de uma tentativa de reverter a decisão do TJ (Tribunal de Justiça). “As medidas cabíveis ainda não foram interpostas e acho que, por justiça, o prefeito deve voltar ao cargo antes do fim do seu mandato”, afirmou o ex-secretário.

Brito considerou a decisão do tribunal como “política” e afirmou que continua confiante na Justiça. Segundo ele, ainda não há razão para Pitta renunciar ao cargo sendo que a decisão de afastamento ainda é reversível.

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