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Norte-americanos controlam empresa

Da Folha de S.Paulo 11/04/2000 09h23

A MetroRED Telecomunicações Ltda. é uma empresa registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo que tem por objeto a construção de estações e redes de telefonia e comunicação e tem seu capital social totalmente controlado por empresas norte-americanas.

Quando a MetroRED começou a atuar em São Paulo, em agosto de 1997, ela era controlada pela Advanced Mobilecomm Technologies e pela Fidelity Communications International, ambas com sede em Boston (EUA).

Desde 31 de dezembro de 1999, a composição acionária da empresa mudou.

Ela passou a ser controlada pela Fidelity Ventures Brazil LLC e pela Fidelity Ventures Limited -todas pertencentes ao grupo Fidelity, o maior administrador de fundos do mundo.

O site da empresa na Internet afirma que, em 98, foi criada uma megavia de informações que abrange as regiões das avenidas Paulista, Luiz Carlos Berrini e Faria Lima, com 45 quilômetros de cabos de fibras ópticas.

A rede já foi expandida e hoje atinge também os bairros do Jabaquara e Chácara Santo Antônio, até o Centro Empresarial.
O valor do capital da empresa registrado aumentou de R$ 1.000 em 97 para R$ 150 milhões em 99. Nesse período, ela abriu filiais no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora.

A empresa se apresenta como líder latino-americana na operação de serviços de telecomunicações, e afirma ter "atuação destacada no Brasil".

A MetroRED tem um acordo com a MRS (empresa que assumiu a malha sudeste da RFFSA depois da privatização) que permite a ela utilizar a malha ferroviária de 1.600 quilômetros, entre São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, para conexão dos cabos de fibra óptica.

Em outubro do ano passado, a empresa inaugurou um trecho de 700 quilômetros de cabos de fibra óptica interligados, entre as cidades de Santos (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Juiz de Fora (MG).

A megavia de informações tem capacidade inicial para transportar dados, voz e imagem a 2,5 gigabits por segundo.
A empresa também tem um acordo com a Intelig (empresa de telefonia de longa distância que concorre com a Embratel), para que ela possa utilizar seus dutos na instalação de cabos.

O diretor da empresa Miguel Lopes não ligou para a Folha após a reportagem ter deixado recado com a secretária dele.

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