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Generais de Israel opõem-se a retirada unilateral do Líbano

Da Reuters 06/04/2000 16h57
Em Jerusalém (Israel)

Generais israelenses e o vice-ministro da Defesa de Israel, opondo-se ao primeiro-ministro Ehud Barak, advertiram nesta quinta-feira (6) que uma retirada unilateral das tropas israelenses do sul do Líbano iria provavelmente levar à violência.

O jornal Ma´ariv, de grande circulação no país, informou em sua primeira página que a maioria dos generais do Exército se opunha à decisão do governo de desocupar o que Israel chama de zona de segurança até julho sem um acordo de paz prévio.

Segundo importantes oficiais citados pelo jornal, mas não identificadas, Barak, ele próprio um ex-comandante militar, estava levando o Exército e o país a uma armadilha "em meio a um jogo sem precedentes com a vida de civis".

Os oficiais afirmaram que o Irã iria ordenar que as guerrilhas muçulmanas do Líbano atacassem as cidades que ficam no norte do território israelense depois da retirada.

O ministro Amonon Lipkin-Shahak (Turismo), um ex-comandante do Exército, afirmou que Barak deveria repreender os generais por esses manifestarem suas divergências por meio dos jornais.

Em um outro flanco, o vice-ministro da Defesa do país, Ephraim Sneh, contrariando as previsões do premiê, disse que os choques ao longo da fronteira com o Líbano seriam inevitáveis após a retirada.

"Há duas alternativas: ou assinamos um acordo, ou haverá combates", afirmou Sneh à Rádio Israel.

O governo de Barak deseja assinar acordos com o Líbano e a Síria, a principal potência estrangeira no país, mas já afirmou que a retirada ocorrerá mesmo que unilateralmente.

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