Famosos como a apresentadora Angélica e ativistas como o empresário Marcelo Ribeiro, aceitaram o convite do Instituto Liberta para ser embaixadores do movimento #AgoraVcSabe.
Eles gravaram vídeos para a TV Folha no qual falam de como se engajaram na causa e se reconheceram publicamente como vítimas de violência sexual na infância e na adolescência.
Eles convidam outros adultos a fazerem o mesmo e participarem da passeata virtual que sairá nesta quarta-feira (18), Dia Nacional de Combate à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes.
Eleita como uma das Causas do Ano no Folha Social+, o problema mobilizará milhares de rostos e vozes no levante virtual organizado pelo Instituto Liberta.
"Hoje falo sobre o tema para que meninas e mulheres que viveram isso ou venham a viver a tomar uma atitude na hora", disse a apresentadora no vídeo de engajamento de 1 minuto, ao relatar o episódio em que foi assediada por um grupo de homens quando fazia uma sessão de fotos fora do Brasil.
Autor do livro "Sem Medo de Fala", Marcelo Ribeiro se coloca publicamente sobre o problema por entender que o silêncio perpetua esse tipo de violência. "Quando a gente fala deixa o abusador exposto e inicia a cura", disse ele, no vídeo em que conta que foi vítima de um padre pedófilo.
Outras duas embaixadoras da causa também gravaram mensagens para a campanha em que reforçam a importância de erguer coletivamente suas vozes.
A adminstradora Lyvia Montezano, 32, define o silêncio como "mordaça social": "Falar deveria ser a regra e não a exceção".
Para ela, que foi abusada dentro de casa por um parente quando tinha cinco anos, o #AgoraVcSabe é uma forma de "enfrentar o problema de que falar sobre o assunto é feio, errado".
Já a consultora de marketing digital Jennyffer Bransfor, 38, recorda no vídeo os abusos que sofreu a partir dos três anos. "Não permito que mais Jennyffers continuem sofrendo o que sofri", diz ela sobre a campanha. Para ela, "o silêncio de uma vida e a naturalização de uma cultura tão destruidora" não podem continuar.
Para participara da passeata virtual não é preciso contar detalhes do abuso ou violência sofrida na infância e/ou adolescência.
A causa de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes tem o apoio do Instituto Liberta, parceiro da plataforma Social+.
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