Fundo une doações e investimentos para pequenos negócios

Estímulo 2020, que nasceu na pandemia, cria modelo ESG e levanta R$ 15 milhões junto a grandes empresários

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São Paulo

O fundo social Estímulo, que nasceu na pandemia para salvaguardar pequenos empreendedores com doações de pessoas e de empresas, passa a contar neste mês com investimentos. O objetivo é conceder crédito facilitado e em condições excepcionais para micro e pequenas empresas.

O primeiro fundo ESG no modelo de financiamento misto —chamado "blended finance"— nasce com R$ 40 milhões em doações e R$ 15 milhões em investimentos para gerar empregos, renda e alavancar o desenvolvimento regional.

O empresário e investidor Eduardo Mufarej, fundador do RenovaBR, foi um dos idealizadores do fundo Estímulo 2020
O empresário e investidor Eduardo Mufarej, fundador do RenovaBR, foi um dos idealizadores do fundo Estímulo 2020 - RenovaBR/Divulgação

A primeira rodada de investimentos, encerrada em maio, contou com Energisa, Localiza, José Caetano Lacerda, Roberto Lombardi, Pedro Faria, Galapagos WM, BP Investimentos e Aram Capital.

"O objetivo do blended finance é diluir o risco e potencializar negócios que estimulem o desenvolvimento socioeconômico e as ações sociais atreladas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU", explica Fabio Lesbaupin, diretor-executivo do Estímulo.

Quando surgiu, em maio de 2020, a iniciativa evitou o fechamento de pequenas empresas afetadas pelo isolamento social. Na ocasião, empresários como Abilio Diniz, Eugênio Mattar e Armínio Fraga fizeram doações para o fundo de impacto social.

"Muita gente aderiu ao projeto, o que permitiu montar uma organização filantrópica inovadora e sustentável", afirma Eduardo Mufarej, um dos idealizadores do Estímulo.

Condições de financiamento com taxas fixas e bem abaixo do mercado, carência de três meses para começar a pagar e liberação rápida do recurso, sem burocracia e online, são os atrativos oferecidos para empreendedores em cinco estados (SP, RJ, MG, CE e SC).

O fundo arrecadou R$ 60 milhões e gerou o dobro desse montante em empréstimos para pequenos negócios. Em dois anos, impactou 2.300 pequenas empresas e 24 mil empregos. A meta é captar mais R$ 60 milhões até 2023.

O modelo permite direcionar apoio financeiro para outros estados ou causas sociais específicas, como emergências, empreendedorismo na periferia e mulheres empreendedoras.

"Queremos expandir o fundo e oferecer crédito a pequenos negócios em todos os estados do Brasil", diz Lesbaupin.

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