A troca no comando da Polícia Federal é uma derrota para o grupo mais próximo de Michel Temer, que patrocinou a escolha do agora ex-diretor da corporação Fernando Segovia em novembro do ano passado. Alguns dos principais aliados do presidente só foram comunicados da substituição feita pelo ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) nesta segunda-feira (26), depois que a decisão já havia sido tomada e avalizada por Temer.
A segunda substituição no comando da Polícia Federal em apenas 110 dias causou preocupação entre policiais federais pela instabilidade no órgão. Eles preveem uma terceira troca até o fim do ano, caso Temer não consiga se reeleger ou eleger um sucessor.
Nome preterido por Michel Temer no final do ano passado, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, é conhecido na corporação por ter um perfil mais técnico. Também é visto como vaidoso por colegas e antiga direção.
O delegado da PF Fernando Segovia foi pego de surpresa com o anúncio de sua destituição do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, anunciada nesta terça-feira (27) pelo novo ministro extraordinário de Segurança Pública, Raul Jungmann.