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13/12/2009 - 18h10

Ministros negociam em Copenhague acordo sobre emissões

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da Efe, em Copenhague

Cerca de 50 ministros do Meio Ambiente se reuniram neste domingo em Copenhague com a presidente da Cúpula da ONU sobre a Mudança Climática (COP15), a dinamarquesa Connie Hedegaard, para debater um possível acordo para regular as emissões de gás carbônico.

As "consultas informais" ocorridas no Ministério de Assuntos Exteriores dinamarquês transcorreram sem que houvesse vazamento de detalhes sobre uma aproximação entre países ricos e pobres em matéria de financiamento ao combate aos danos derivados das emissões dos primeiros durante décadas.

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A razão do silêncio oficial foi o recesso dominical que a COP15 tirou hoje, em seu sétimo dia, na fase decisiva das negociações, que partem de uma minuta de sete páginas entregue às 192 delegações participantes da cúpula.

A minuta que circula desde sábado na cúpula prevê um corte global das emissões de gases causadores do efeito estufa entre 50% e 95% até 2050, entre outras medidas.

Tanto os organizadores das Nações Unidas como diversas delegações praticamente descartaram a possibilidade de que as negociações concluam com um tratado legalmente definido que substituiria o Protocolo de Kioto.

Preferências

O secretário-executivo da COP15, Yvo de Boer, demonstrou ontem sua preferência por um mecanismo de aplicação imediata sobre o corte dos gases estufas em vez de um documento de metas de emissões que, em sua opinião, poderia ser assinado em 2010.

O delegado da ilha de Tuvalu, no Oceano Pacífico, Ian Fry, disse hoje que todos os elementos debatidos podem ser parte de um texto legalmente vinculativo "se existir vontade para isso".

Tuvalu pode desaparecer em meio século no caso de um futuro aumento no nível do mar.

Fry disse esperar que a vontade política rumo a um acordo mude com a chegada dos líderes dos dois países mais poluentes do mundo --o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao --e dos dirigentes da União Europeia e de outras nações.

Manifestações

Pelo segundo dia consecutivo, a Polícia dinamarquesa reprimiu manifestações em Copenhague relacionadas à COP15. Neste domingo, 260 ativistas foram detidos hoje de forma preventiva quando se dirigiam ao porto da cidade em uma ação cujo objetivo era interromper a atividade comercial de grandes corporações poluentes.

Por outro lado, representantes religiosos de todo o mundo enviaram hoje uma mensagem de amor e de responsabilidade à COP15 em um serviço ecumênico universal celebrado na catedral de Nossa Senhora de Copenhague.

A cerimônia, oficiada em inglês, foi presidida pelo primaz da Igreja Anglicana, Rowan Williams, e contou com a presença do arcebispo sul-africano Desmond Tutu e de bispos e representantes de igrejas cristãs de diversos países.

 

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