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11/11/2002 - 10h03

Maradona inspira criação de "igreja" na Argentina

MARCIA CARMO
da BBC, em Buenos Aires

No altar da "igreja maradoniana" está uma réplica do ex-jogador Diego Armando Maradona, usando o uniforme da seleção argentina de futebol.

Naquele nicho, seus admiradores depositam flores e fazem orações.

Para eles, o "Natal" é comemorado em 30 de outubro, data do aniversário de Maradona.

O outro dia de festa é 22 de junho, quando, na Copa de 1986, ele fez o gol "da mão de Deus" contra a Inglaterra.

Fanáticos
A "igreja maradoniana" foi criada há um ano por dois fanáticos do ex-atleta, mas somente agora ficou conhecida.

Hoje, reúne 400 participantes argentinos e já recebe e-mails de admiradores de outras partes do mundo, através do endereço iglesiamaradoniana2001@yahoo.com.

"Pelé é rei e merece o título. Mas Maradona é Deus. É nosso deus", afirmou à BBC Brasil Ernán Amez, de 33 anos.

Amez e Alejandro Verón, também de 33 anos, explicam que criaram a "igreja" para oferecer uma homenagem "em vida" a Maradona.

Milagres
Quando perguntado se espera milagres daquela imagem do ex-jogador, Ernan respondeu: "Ele já fez vários milagres em campo".

Influenciado pelo pai, Thomas Amez, de 3 anos, "escreveu" nesta semana uma carta para seu "deus Maradona" pedindo um caminhão de brinquedo de presente no dia de Natal.

O ex-atleta vive na cidade de Havana, em Cuba, onde realiza, há dois anos, tratamento de desintoxicação de drogas e tem como melhor amigo o presidente Fidel Castro.

O tratamento não impede que Maradona viaje, esporadicamente, à Argentina ou aonde queira.

Agradecimento
Foi da capital cubana, que Maradona telefonou para agradecer a Amez e a Verón ao saber da existência da "igreja".

O altar está instalado num bar na cidade de Rosário, na província de Santa Fé, a 300 quilômetros de Buenos Aires.

"Pelo jeito, no ano que vem deveremos nos organizar para realizar a celebração do nosso Natal num estádio de futebol", dizem os fundadores.

Deus do futebol
Amez e Verón recebem, diariamente, cerca de 500 e-mails vindos de várias partes do mundo.

"São fãs da Europa, dos Estados Unidos e também da América Latina. Maradona é o deus do futebol", acredita Amez.

A igreja, fazem questão de esclarecer, é sem fins lucrativos.

Nos últimos tempos, Maradona praticamente desapareceu do noticiário argentino.

Ele foi notícia durante o Mundial deste ano, onde a expectativa era saber se ele poderia ou não entrar no Japão, onde tinha o visto proibido.

Depois disso, Maradona esteve em vários programas de televisão e anunciou que faria seu próprio programa de TV, mas ficou por isso mesmo.

O programa ainda é só um projeto.


 

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