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01/03/2004
-
16h50
da BBC
Para uma noite dedicada ao cinema, a 76ª cerimônia de entrega dos Oscars revelou-se afinal uma noite sem surpresas e com pouco drama à medida que "O Senhor dos Anéis" ia conquistando prêmio atrás de prêmio.
Os centenas de representantes da imprensa amontoados numa sala para a mídia nos bastidores da cerimônia estavam desesperados por uma novidade. O anúncio de Sean Penn como melhor ator provocou as únicas exclamações de surpresa, uma vez que muitos apontavam Bill Murray para receber o prêmio.
Do ponto de vista da imprensa, no entanto, talvez tenha sido bom que Bill Murray não tenha ganho. Ele é um homem notavelmente difícil de entrevistar, parecendo tirar um prazer particular em não responder às perguntas.
Mas a mídia pode ficar tranqüila porque não é nada de pessoal. A diretora Sofia Coppola teve primeiro que o encontrar e depois implorar para que ele trabalhasse no fime Encontros e Desencontros.
Falando nos bastidores, ela afirmou: "Ele parece realmente feliz por ser reconhecido pela sua atuação, em que, no meu entender, investiu o seu coração. Ele está muito feliz por poder celebrar conosco".
Quase todas as estrelas pareciam adequadamente chocadas, não só pelas suas vitórias, mas também pela quantidade de jornalistas que tiveram que enfrentar.
Convite ao voto
Charlize Theron ficou mortificada por ser interrogada sobre as suas cenas de beijo lésbicas no filme "Monster", enquanto segurava o seu primeiro prêmio da Academia.
Ela se mostrou perplexa quando lhe perguntaram o que tinha feito aos seus dois cães de estimação pela manhã.
Tim Robbins é uma das celebridades de Hollywood mais conhecidas pela sua franqueza, tendo se oposto vigorosamente à guerra no Iraque e feito declarações contra a administração Bush.
Ele usou a sua plataforma de vitória para exortar os americanos a votar de forma a evitar que George Bush conquiste um segundo mandato.
Embora o seu discurso de aceitação do prêmio tivesse sido manso comparado ao que se esperava dele, Robbins disse que isso não tinha nada a ver com os muito divulgados cinco segundos de atraso para a transmissão.
"Não sei o que vou dizer lá em cima. Se vivemos numa sociedade livre e temos liberdade de expressão, então, por vezes, o que as outras pessoas dizem tem que ser desconfortável."
Quando chegou a vez de Sean Penn, era óbvio o seu desconforto em falar sobre si mesmo e a sua vitória, preferindo em troca falar dos seus colegas.
Elogios mútuos
Apesar de essa ter sido a sua quarta indicação para um Oscar, foi a primeira vez que ele compareceu a uma cerimônia.
Enquanto lutava para responder a perguntas sobre si mesmo, exceto para dizer a sorte que tinha em estar casado com Robin Wright Penn, ele parecia genuinamente constrangido por ser o centro das atenções, e extremamente aliviado quando o seu tempo passou.
As duas atrizes vencedoras da noite, Charlize Theron e a coadjuvante Renee Zellweger, usaram o seu tempo sob os holofotes para se elogiarem uma a outra.
Zellwegeer disse que ficou "impressionada" pela transformação de Theron na personagem de uma assassina em série em Monster.
Em contrapartida, Charlize disse: "Eu penso que Renee é incrível. Ela é como uma pizza, no sentido de que é sempre boa".
"Ela empenha-se por completo emocionalmente e se pode ver que há uma concentração completa e um compromisso com as personagens."
Naturalmente, a noite pertenceu a O Senhor dos Anéis após a sua enorme conquista de 11 prêmios.
Foi também uma noite de sucesso para uma jornalista neo-zelandesa, quando neo-zelandês atrás de neo-zelandês entrava na sala de imprensa onde os participantes tanto de "O Retorno do Rei" como de "Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo" respondiam a perguntas.
Aplausos para Jackson
Enquanto muitos jornalistas ignoraram os vencedores dos prêmios de som e montagem e de mistura sonora, para esta senhora, todo mundo era uma vitória para o seu país. Ela não ia deixar passar a oportunidade de lhes dar um momento sob os holofotes.
Mas a presença de Jackson foi reconhecida com aplausos entusiásticos uma vez que até os mais cínicos reconheceram a proeza de completar a trilogia, coroada com o prêmio da Academia, que se tinha mostrado tão esquiva nos últimos dois anos.
E, de repente, tudo acabou até o próximo ano.
Ainda as estrelas estavam entrando nas suas limusines rumo a uma série de festas, o tapete vermelho estava já sendo recolhido com o exército de seguranças se retirando até que o espetáculo do próximo ano regresse à cidade.
Oscar de Sean Penn é única surpresa para jornalistas
KEILY OAKESda BBC
Para uma noite dedicada ao cinema, a 76ª cerimônia de entrega dos Oscars revelou-se afinal uma noite sem surpresas e com pouco drama à medida que "O Senhor dos Anéis" ia conquistando prêmio atrás de prêmio.
Os centenas de representantes da imprensa amontoados numa sala para a mídia nos bastidores da cerimônia estavam desesperados por uma novidade. O anúncio de Sean Penn como melhor ator provocou as únicas exclamações de surpresa, uma vez que muitos apontavam Bill Murray para receber o prêmio.
Do ponto de vista da imprensa, no entanto, talvez tenha sido bom que Bill Murray não tenha ganho. Ele é um homem notavelmente difícil de entrevistar, parecendo tirar um prazer particular em não responder às perguntas.
Mas a mídia pode ficar tranqüila porque não é nada de pessoal. A diretora Sofia Coppola teve primeiro que o encontrar e depois implorar para que ele trabalhasse no fime Encontros e Desencontros.
Falando nos bastidores, ela afirmou: "Ele parece realmente feliz por ser reconhecido pela sua atuação, em que, no meu entender, investiu o seu coração. Ele está muito feliz por poder celebrar conosco".
Quase todas as estrelas pareciam adequadamente chocadas, não só pelas suas vitórias, mas também pela quantidade de jornalistas que tiveram que enfrentar.
Convite ao voto
Charlize Theron ficou mortificada por ser interrogada sobre as suas cenas de beijo lésbicas no filme "Monster", enquanto segurava o seu primeiro prêmio da Academia.
Ela se mostrou perplexa quando lhe perguntaram o que tinha feito aos seus dois cães de estimação pela manhã.
Tim Robbins é uma das celebridades de Hollywood mais conhecidas pela sua franqueza, tendo se oposto vigorosamente à guerra no Iraque e feito declarações contra a administração Bush.
Ele usou a sua plataforma de vitória para exortar os americanos a votar de forma a evitar que George Bush conquiste um segundo mandato.
Embora o seu discurso de aceitação do prêmio tivesse sido manso comparado ao que se esperava dele, Robbins disse que isso não tinha nada a ver com os muito divulgados cinco segundos de atraso para a transmissão.
"Não sei o que vou dizer lá em cima. Se vivemos numa sociedade livre e temos liberdade de expressão, então, por vezes, o que as outras pessoas dizem tem que ser desconfortável."
Quando chegou a vez de Sean Penn, era óbvio o seu desconforto em falar sobre si mesmo e a sua vitória, preferindo em troca falar dos seus colegas.
Elogios mútuos
Apesar de essa ter sido a sua quarta indicação para um Oscar, foi a primeira vez que ele compareceu a uma cerimônia.
Enquanto lutava para responder a perguntas sobre si mesmo, exceto para dizer a sorte que tinha em estar casado com Robin Wright Penn, ele parecia genuinamente constrangido por ser o centro das atenções, e extremamente aliviado quando o seu tempo passou.
As duas atrizes vencedoras da noite, Charlize Theron e a coadjuvante Renee Zellweger, usaram o seu tempo sob os holofotes para se elogiarem uma a outra.
Zellwegeer disse que ficou "impressionada" pela transformação de Theron na personagem de uma assassina em série em Monster.
Em contrapartida, Charlize disse: "Eu penso que Renee é incrível. Ela é como uma pizza, no sentido de que é sempre boa".
"Ela empenha-se por completo emocionalmente e se pode ver que há uma concentração completa e um compromisso com as personagens."
Naturalmente, a noite pertenceu a O Senhor dos Anéis após a sua enorme conquista de 11 prêmios.
Foi também uma noite de sucesso para uma jornalista neo-zelandesa, quando neo-zelandês atrás de neo-zelandês entrava na sala de imprensa onde os participantes tanto de "O Retorno do Rei" como de "Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo" respondiam a perguntas.
Aplausos para Jackson
Enquanto muitos jornalistas ignoraram os vencedores dos prêmios de som e montagem e de mistura sonora, para esta senhora, todo mundo era uma vitória para o seu país. Ela não ia deixar passar a oportunidade de lhes dar um momento sob os holofotes.
Mas a presença de Jackson foi reconhecida com aplausos entusiásticos uma vez que até os mais cínicos reconheceram a proeza de completar a trilogia, coroada com o prêmio da Academia, que se tinha mostrado tão esquiva nos últimos dois anos.
E, de repente, tudo acabou até o próximo ano.
Ainda as estrelas estavam entrando nas suas limusines rumo a uma série de festas, o tapete vermelho estava já sendo recolhido com o exército de seguranças se retirando até que o espetáculo do próximo ano regresse à cidade.
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