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08/10/2004
-
20h41
Wangari Maathai ficou célebre ao defender o grupo social mais marginalizado na África: o das mulheres pobres.
A primeira africana a conquistar o Prêmio Nobel da Paz foi elogiada pelo comitê julgador como "uma fonte de inspiração para todos na África que lutam pelo desenvolvimento sustentável, democracia e paz".
Acadêmica pioneira, sua atuação como ativista ambiental teve início quando ela plantou algumas árvores em seu quintal.
Isso a inspirou a criar, em 1977, uma organização voltada principalmente para mulheres, conhecida como o Movimento do Cinturão Verde, que almejava minimizar os efeitos do desflorestamento e da desertificação.
O objetivo de Wangari era produzir, de forma sustentável, madeira para combustível e combater a erosão do solo.
A campanha, que mobilizou mulheres pobres para plantar cerca de 30 milhões de árvores, foi copiada por outros países.
Em entrevista à BBC, a queniana disse que a campanha não contou com apoio popular quando foi lançada.
"Levei muitos dias e noites para convencer as pessoas de que as mulheres poderiam melhorar o meio ambiente, mesmo sem muita tecnologia ou recursos financeiros", disse.
Campanhas sociais
O Movimento do Cinturão Verde lutou também por educação, nutrição e outros temas importantes para as mulheres. Wangari foi presa várias vezes por fazer campanha contra o desflorestamento na África.
No final da década de 80, ela se tornou uma opositora famosa da construção de um arranha-céus planejado para ser erguido no meio do principal parque de Nairóbi, capital do Quênia.
Wangari se tornou uma vilã para o governo queniano da época, mas a campanha foi bem-sucedida e o projeto, abandonado.
Nos anos recentes, ela se envolveu principalmente com campanhas sociais. Em uma ocasião, foi surrada pela polícia até perder os sentidos. Em outra, liderou uma demonstração de mulheres nuas.
Em 1997, a ambientalista concorreu para a presidência do Quênia, mas sua candidatura teve pouco impacto. Nas eleições de 2002, no entanto, foi eleita para o Parlamento com 98% dos votos, como integrante de uma coalizão que chegou ao poder no Quênia.
Wangari assumiu o cargo de vice-ministra do Meio Ambiente em 2003. No cargo, ela diz que pensa globalmente e age localmente.
Nascida em 1940, a vencedora do Nobel da Paz tem três filhos. Seu ex-marido, de quem ela se divorciou em 1980, a descreveu como uma mulher "muito educada, forte, bem-sucedida, obstinada e difícil de ser controlada".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o prêmio Nobel da Paz
Veja o perfil de Wangari Maathai, vencedora do Nobel da Paz
da BBC BrasilWangari Maathai ficou célebre ao defender o grupo social mais marginalizado na África: o das mulheres pobres.
A primeira africana a conquistar o Prêmio Nobel da Paz foi elogiada pelo comitê julgador como "uma fonte de inspiração para todos na África que lutam pelo desenvolvimento sustentável, democracia e paz".
Acadêmica pioneira, sua atuação como ativista ambiental teve início quando ela plantou algumas árvores em seu quintal.
Isso a inspirou a criar, em 1977, uma organização voltada principalmente para mulheres, conhecida como o Movimento do Cinturão Verde, que almejava minimizar os efeitos do desflorestamento e da desertificação.
O objetivo de Wangari era produzir, de forma sustentável, madeira para combustível e combater a erosão do solo.
A campanha, que mobilizou mulheres pobres para plantar cerca de 30 milhões de árvores, foi copiada por outros países.
Em entrevista à BBC, a queniana disse que a campanha não contou com apoio popular quando foi lançada.
"Levei muitos dias e noites para convencer as pessoas de que as mulheres poderiam melhorar o meio ambiente, mesmo sem muita tecnologia ou recursos financeiros", disse.
Campanhas sociais
O Movimento do Cinturão Verde lutou também por educação, nutrição e outros temas importantes para as mulheres. Wangari foi presa várias vezes por fazer campanha contra o desflorestamento na África.
No final da década de 80, ela se tornou uma opositora famosa da construção de um arranha-céus planejado para ser erguido no meio do principal parque de Nairóbi, capital do Quênia.
Wangari se tornou uma vilã para o governo queniano da época, mas a campanha foi bem-sucedida e o projeto, abandonado.
Nos anos recentes, ela se envolveu principalmente com campanhas sociais. Em uma ocasião, foi surrada pela polícia até perder os sentidos. Em outra, liderou uma demonstração de mulheres nuas.
Em 1997, a ambientalista concorreu para a presidência do Quênia, mas sua candidatura teve pouco impacto. Nas eleições de 2002, no entanto, foi eleita para o Parlamento com 98% dos votos, como integrante de uma coalizão que chegou ao poder no Quênia.
Wangari assumiu o cargo de vice-ministra do Meio Ambiente em 2003. No cargo, ela diz que pensa globalmente e age localmente.
Nascida em 1940, a vencedora do Nobel da Paz tem três filhos. Seu ex-marido, de quem ela se divorciou em 1980, a descreveu como uma mulher "muito educada, forte, bem-sucedida, obstinada e difícil de ser controlada".
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