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12/11/2004
-
11h08
O jornal israelense "Maariv" relata nesta sexta-feira uma suposta "reunião tensa" que teria sido realizada em Paris, quando Iasser Arafat estava internado, entre lideranças palestinas e a viúva do presidente da Autoridade Nacional Palestina.
De acordo com o diário, a delegação palestina formada por entre outros, o atual presidente interino da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas [conhecido como Abu Mazen], disse a Suha Tawil que os palestinos não darão a ela "paz e tranqüilidade" se ela não aceitar dividir a fortuna que Arafat teria guardada no exterior.
O jornal afirma que os líderes palestinos afirmaram que "o povo palestino não a perdoará pelo que ela está fazendo", levando a viúva às lágrimas. Suha teria dito que pretendia manter o mesmo padrão de vida que leva atualmente.
Segundo o "Maariv", um dos líderes palestinos afirmou: "Nós permitiremos que você mantenha o mesmo padrão de vida, mas você deve assinar um acordo revelando os dados bancários e os investimentos feitos por seu marido e permitir que esses fundos sejam transferidos para a Autoridade Nacional Palestina".
Contrastes
Outro jornal israelense, o diário conservador "Jerusalem Post", publica um editorial que compara Yasser Arafat a Osama Bin Laden.
De acordo com o jornal, Arafat foi o "padrinho do terrorismo internacional, que roubou milhões de dólares destinados a amainar o sofrimento de seu povo".
Já o diário "Al Watan", do Omã, afirma que "Israel é responsável pela morte de Arafat" e acrescenta que "aquele que envenenou a comida de Arafat, envenenou o próprio processo de paz".
O iraniano "Al Vefagh" comenta que "Arafat será imortalizado pela história" e afirma ainda que "nem a hegemonia dos Estados Unidos nem a truculência de Israel derrubarão a vontade do povo palestino".
O jornal palestino "Al Ayyam" afirma que, no futuro, o corpo de Arafat será transferido para Jerusalém, "quando os palestinos readquirirem seus direitos naturais".
Mais contrastes
Nos Estados Unidos, o jornal "Washington Post" destaca o contraste do tratamento dado à morte do líder palestino pelo governo americano e por líderes de outros países.
"Jacques Chirac, puxou o coro de estadistas mundiais que louvaram o líder palestino", afirma o jornal.
O diário lembra que o tom de louvação de lideranças mundiais é distinto do usado por GeorgeW. Bush, "para quem Arafat era um obstáculo à paz no Oriente Médio".
Outro jornal americano, o "New York Times", publica uma análise assinada pelo líder da Jordânia, o rei Abdullah 2º.
O monarca afirma que o processo de paz entre israelenses e palestinos dependerá agora do apoio "de uma América corajosa".
Abdullah diz ainda que a "guerra ao terror" não será vencida se árabes e governos ocidentais não agirem de forma conjunta.
Estrutura de poder
O diário francês "Le Figaro" trata da estrutura de poder dentro da Autoridade Nacional Palestina pós-Arafat.
Segundo o jornal, atualmente o cargo de presidente, interinamente exercido por Rahoui Fattouh, foi esvaziado e "é basicamente honorário, como queria a admnistração Bush".
De acordo com o "Figaro", o ex-primeiro-ministro e atual presidente da OLP, Mazen, surge como o "novo homem forte" palestino.
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Líderes palestinos exigem que viúva de Arafat divida fortuna, diz jornal
da BBC BrasilO jornal israelense "Maariv" relata nesta sexta-feira uma suposta "reunião tensa" que teria sido realizada em Paris, quando Iasser Arafat estava internado, entre lideranças palestinas e a viúva do presidente da Autoridade Nacional Palestina.
De acordo com o diário, a delegação palestina formada por entre outros, o atual presidente interino da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas [conhecido como Abu Mazen], disse a Suha Tawil que os palestinos não darão a ela "paz e tranqüilidade" se ela não aceitar dividir a fortuna que Arafat teria guardada no exterior.
O jornal afirma que os líderes palestinos afirmaram que "o povo palestino não a perdoará pelo que ela está fazendo", levando a viúva às lágrimas. Suha teria dito que pretendia manter o mesmo padrão de vida que leva atualmente.
Segundo o "Maariv", um dos líderes palestinos afirmou: "Nós permitiremos que você mantenha o mesmo padrão de vida, mas você deve assinar um acordo revelando os dados bancários e os investimentos feitos por seu marido e permitir que esses fundos sejam transferidos para a Autoridade Nacional Palestina".
Contrastes
Outro jornal israelense, o diário conservador "Jerusalem Post", publica um editorial que compara Yasser Arafat a Osama Bin Laden.
De acordo com o jornal, Arafat foi o "padrinho do terrorismo internacional, que roubou milhões de dólares destinados a amainar o sofrimento de seu povo".
Já o diário "Al Watan", do Omã, afirma que "Israel é responsável pela morte de Arafat" e acrescenta que "aquele que envenenou a comida de Arafat, envenenou o próprio processo de paz".
O iraniano "Al Vefagh" comenta que "Arafat será imortalizado pela história" e afirma ainda que "nem a hegemonia dos Estados Unidos nem a truculência de Israel derrubarão a vontade do povo palestino".
O jornal palestino "Al Ayyam" afirma que, no futuro, o corpo de Arafat será transferido para Jerusalém, "quando os palestinos readquirirem seus direitos naturais".
Mais contrastes
Nos Estados Unidos, o jornal "Washington Post" destaca o contraste do tratamento dado à morte do líder palestino pelo governo americano e por líderes de outros países.
"Jacques Chirac, puxou o coro de estadistas mundiais que louvaram o líder palestino", afirma o jornal.
O diário lembra que o tom de louvação de lideranças mundiais é distinto do usado por GeorgeW. Bush, "para quem Arafat era um obstáculo à paz no Oriente Médio".
Outro jornal americano, o "New York Times", publica uma análise assinada pelo líder da Jordânia, o rei Abdullah 2º.
O monarca afirma que o processo de paz entre israelenses e palestinos dependerá agora do apoio "de uma América corajosa".
Abdullah diz ainda que a "guerra ao terror" não será vencida se árabes e governos ocidentais não agirem de forma conjunta.
Estrutura de poder
O diário francês "Le Figaro" trata da estrutura de poder dentro da Autoridade Nacional Palestina pós-Arafat.
Segundo o jornal, atualmente o cargo de presidente, interinamente exercido por Rahoui Fattouh, foi esvaziado e "é basicamente honorário, como queria a admnistração Bush".
De acordo com o "Figaro", o ex-primeiro-ministro e atual presidente da OLP, Mazen, surge como o "novo homem forte" palestino.
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