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02/05/2005
-
10h02
Michael Howard provavelmente sabe que tem apenas uma chance de manter a liderança do Partido Conservador o segundo maior no Parlamento britânico e garantir seu lugar na história.
E essa chance ocorre agora, durante a eleição geral.
Howard começou a campanha advertindo que o primeiro-ministro Tony Blair "já exibia o sorriso de vitória".
E prometeu combater o premiê levantando questões difíceis, "ao invés de varrê-las para debaixo do tapete".
É justo dizer que, quando Howard se tornou o novo líder dos conservadores, a maioria acreditava que sua única tarefa era impedir que o partido se destruísse.
Era praticamente impossível encontrar algum parlamentar conservador que, nos bastidores, realmente acreditasse que havia alguma esperança de Howard vencer as eleições.
Seu trabalho seria acabar com o processo de declínio no partido britânico que mais eleições venceu durante o século 20 e, na melhor das hipóteses, tentar diminuir a maioria trabalhista no Parlamento.
Mas Howard foi além dessas expectativas, conseguindo acabar com a maior parte das brigas pelo menos em público que vinham dividindo e enfraquecendo os conservadores e também dando ao partido um novo fôlego.
Vitória
Ele elaborou um novo manifesto, enfrentou Blair na Câmara dos Comuns e pôs os trabalhistas na retaguarda em uma série de questões.
Agora, os conservadores não apenas falam em vitória eleitoral, mas mesmo nos bastidores consideram a possibilidade. Eles estão entrando na disputa com melhor disposição do que muitos imaginavam um ano atrás.
Desnecessário dizer que se o Partido Conservador alcançar a vitória, a liderança de Howard vai receber grande impulso e ele provavelmente será o novo primeiro-ministro.
Por outro lado, se ele não conseguir impingir alguma derrota aos trabalhistas como por exemplo, diminuir o tamanho da maioria do partido de Blair no Parlamento sua liderança vai estar ameaçada.
Tendo em vista a imensa tarefa diante de Howard, uma redução significativa da maioria trabalhista já seria vista como um sucesso, e a decisão de permanecer ou não no cargo caberia apenas a ele.
Alguns no partido acreditam que, mesmo com um sucesso limitado, Michael Howard já terá completado o trabalho para o qual foi escolhido, e caberia a um novo líder a tarefa de tentar a vitória nas próximas eleições gerais, entre 2009 e 2010.
Caso isso aconteça, provavelmente o próximo passo para o partido será retornar às discussões sobre que direção o partido deve tomar no futuro, com alguns acreditando que seja necessária uma 'reinvenção' no estilo do Novo Trabalhismo liderado por Blair.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Tony Blair
Leia o que já foi publicado sobre Michael Howard
Leia o que já foi publicado sobre Charles Kennedy
Leia o que já foi publicado sobre as eleições britânicas
Conservadores tentam recuperar terreno perdido
da BBCMichael Howard provavelmente sabe que tem apenas uma chance de manter a liderança do Partido Conservador o segundo maior no Parlamento britânico e garantir seu lugar na história.
E essa chance ocorre agora, durante a eleição geral.
Howard começou a campanha advertindo que o primeiro-ministro Tony Blair "já exibia o sorriso de vitória".
E prometeu combater o premiê levantando questões difíceis, "ao invés de varrê-las para debaixo do tapete".
É justo dizer que, quando Howard se tornou o novo líder dos conservadores, a maioria acreditava que sua única tarefa era impedir que o partido se destruísse.
Era praticamente impossível encontrar algum parlamentar conservador que, nos bastidores, realmente acreditasse que havia alguma esperança de Howard vencer as eleições.
Seu trabalho seria acabar com o processo de declínio no partido britânico que mais eleições venceu durante o século 20 e, na melhor das hipóteses, tentar diminuir a maioria trabalhista no Parlamento.
Mas Howard foi além dessas expectativas, conseguindo acabar com a maior parte das brigas pelo menos em público que vinham dividindo e enfraquecendo os conservadores e também dando ao partido um novo fôlego.
Vitória
Ele elaborou um novo manifesto, enfrentou Blair na Câmara dos Comuns e pôs os trabalhistas na retaguarda em uma série de questões.
Agora, os conservadores não apenas falam em vitória eleitoral, mas mesmo nos bastidores consideram a possibilidade. Eles estão entrando na disputa com melhor disposição do que muitos imaginavam um ano atrás.
Desnecessário dizer que se o Partido Conservador alcançar a vitória, a liderança de Howard vai receber grande impulso e ele provavelmente será o novo primeiro-ministro.
Por outro lado, se ele não conseguir impingir alguma derrota aos trabalhistas como por exemplo, diminuir o tamanho da maioria do partido de Blair no Parlamento sua liderança vai estar ameaçada.
Tendo em vista a imensa tarefa diante de Howard, uma redução significativa da maioria trabalhista já seria vista como um sucesso, e a decisão de permanecer ou não no cargo caberia apenas a ele.
Alguns no partido acreditam que, mesmo com um sucesso limitado, Michael Howard já terá completado o trabalho para o qual foi escolhido, e caberia a um novo líder a tarefa de tentar a vitória nas próximas eleições gerais, entre 2009 e 2010.
Caso isso aconteça, provavelmente o próximo passo para o partido será retornar às discussões sobre que direção o partido deve tomar no futuro, com alguns acreditando que seja necessária uma 'reinvenção' no estilo do Novo Trabalhismo liderado por Blair.
Especial
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