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04/05/2005
-
12h36
da BBC
Apenas um dia antes das eleições gerais britânicas, muitos eleitores ainda estão decidindo em que partido vão votar. Numa tentativa de convencê-los, os políticos passaram as últimas três semanas e meia explicando o que fariam caso fossem eleitos.
Mas cerca de um terço dos eleitores ainda não se decidiram.
Peter Bull, psicólogo da Universidade de York que realizou uma pesquisa sobre como as pessoas votam, disse que o mais provável é que muitos se deixem levar por fatores emocionais na hora de fazer a escolha.
"Por que as pessoas votam do jeito que votam?" foi o tema de um debate no Dana Centre, na noite desta terça-feira, em Londres.
Bull, que participou do debate, disse à BBC que os eleitores têm uma reação instintiva ao tom dos políticos durante a campanha.
Ele disse ainda que uma "campanha negativa", como a atual, pode fazer com que menos eleitores compareçam às urnas.
Acreditava-se que os eleitores escolhiam os candidatos com base nas lealdades políticos de seus pais, ou de seu histórico social.
Nos últimos 20 anos, analistas passaram a acreditar que o partido que estivesse mais em sintonia com as atitudes dos eleitores provavelmente conquistariam a maioria dos votos.
Mas Peter Bull mostrou que não foi esse o caso nas eleições de 1987 e 1992.
"Se olharmos o eleitor médio, ele estava muito mais em sintonia com os trabalhistas e os liberais democratas, mas os conservadores ganharam, então, não é possível explicar tudo pela atitude."
Baixo comparecimento
Ele disse que a falta de uma identidade política forte nessas eleições provavelmente vai resultar num baixo comparecimento às urnas.
"A cultura empreendedora de Margaret Thatcher e a idéia de modernização do Novo Trabalhismo eram formas muito poderosas de persuadir os eleitores a votar."
"Nenhum partido se destacou nesta campanha. Ela é muito mais negativa e muito menos inspiradora."
"O problema com a campanha negativa --em que os partidos se concentram em trocar acusações em vez de promover as políticas próprias-- é que ela tende a diminuir o comparecimento dos eleitores. E a gente já tem um problema com a apatia dos eleitores."
O voto não é obrigatório no Reino Unido e apenas 59% dos eleitores compareceram às últimas eleições.
"As eleições são determinadas tanto pelos que comparecem como pelos que não comparecem às eleições", disse Mark Gill, o chefe de pesquisa política do Instituto Mori.
Segundo Gill, o fato de que um terço dos eleitores ainda estão indecisos vem preocupando todos os partidos.
"Os trabalhistas têm medo de estar perdendo apoio, os conservadores conseguiram mobilizar seus eleitores, mas eles não têm eleitores suficientes e os liberais democratas continuam tentando centralizar a campanha sobre o Iraque e a questão da confiança."
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Um terço dos eleitores britânicos permanece indeciso
CAROLINA RYANda BBC
Apenas um dia antes das eleições gerais britânicas, muitos eleitores ainda estão decidindo em que partido vão votar. Numa tentativa de convencê-los, os políticos passaram as últimas três semanas e meia explicando o que fariam caso fossem eleitos.
Mas cerca de um terço dos eleitores ainda não se decidiram.
Peter Bull, psicólogo da Universidade de York que realizou uma pesquisa sobre como as pessoas votam, disse que o mais provável é que muitos se deixem levar por fatores emocionais na hora de fazer a escolha.
"Por que as pessoas votam do jeito que votam?" foi o tema de um debate no Dana Centre, na noite desta terça-feira, em Londres.
Bull, que participou do debate, disse à BBC que os eleitores têm uma reação instintiva ao tom dos políticos durante a campanha.
Ele disse ainda que uma "campanha negativa", como a atual, pode fazer com que menos eleitores compareçam às urnas.
Acreditava-se que os eleitores escolhiam os candidatos com base nas lealdades políticos de seus pais, ou de seu histórico social.
Nos últimos 20 anos, analistas passaram a acreditar que o partido que estivesse mais em sintonia com as atitudes dos eleitores provavelmente conquistariam a maioria dos votos.
Mas Peter Bull mostrou que não foi esse o caso nas eleições de 1987 e 1992.
"Se olharmos o eleitor médio, ele estava muito mais em sintonia com os trabalhistas e os liberais democratas, mas os conservadores ganharam, então, não é possível explicar tudo pela atitude."
Baixo comparecimento
Ele disse que a falta de uma identidade política forte nessas eleições provavelmente vai resultar num baixo comparecimento às urnas.
"A cultura empreendedora de Margaret Thatcher e a idéia de modernização do Novo Trabalhismo eram formas muito poderosas de persuadir os eleitores a votar."
"Nenhum partido se destacou nesta campanha. Ela é muito mais negativa e muito menos inspiradora."
"O problema com a campanha negativa --em que os partidos se concentram em trocar acusações em vez de promover as políticas próprias-- é que ela tende a diminuir o comparecimento dos eleitores. E a gente já tem um problema com a apatia dos eleitores."
O voto não é obrigatório no Reino Unido e apenas 59% dos eleitores compareceram às últimas eleições.
"As eleições são determinadas tanto pelos que comparecem como pelos que não comparecem às eleições", disse Mark Gill, o chefe de pesquisa política do Instituto Mori.
Segundo Gill, o fato de que um terço dos eleitores ainda estão indecisos vem preocupando todos os partidos.
"Os trabalhistas têm medo de estar perdendo apoio, os conservadores conseguiram mobilizar seus eleitores, mas eles não têm eleitores suficientes e os liberais democratas continuam tentando centralizar a campanha sobre o Iraque e a questão da confiança."
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