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06/05/2005
-
06h59
Vários jornais britânicos afirmam que a eleição geral desta quinta-feira pode fazer com que o primeiro-ministro Tony Blair deixe o cargo antes do que gostaria.
Em editorial, o "The Daily Telegraph" prevê que Blair "vai se aposentar mais cedo do que ele esperava".
"Ele disse que não vai disputar a próxima eleição, mas o resultado da noite passada parece capaz de acelerar sua partida", concorda o "The Times".
O "The Guardian" diz que, durante a apuração, as esperanças do ministro da Economia, Gordon Brown, de suceder Blair em breve "aumentaram a cada hora" que passava.
O jornal afirma que, apesar das más notícias para o Partido Trabalhista, "Brown parecia notavelmente confiante e tranqüilo" durante a noite.
Para o "Daily Mail", a autoridade pessoal de Blair "foi destruída por uma fuga eleitoral em massa que refletiu o repúdio à guerra no Iraque e dúvidas sobre sua confiabilidade".
O jornal compara o que aconteceu com Blair ao desempenho de outro premiê trabalhista, Clement Attlee, que perdeu 140 deputados de sua maioria em 1950 e acabou deixando o governo no ano seguinte.
"Por quanto tempo Blair vai se segurar no poder?", pergunta o "Daily Mail".
Oposição
O "The Independent" diz que a situação do Partido Trabalhista continua confortável, apesar da redução de sua maioria no Parlamento.
"Os conservadores tiveram um desempenho melhor que em 2001, mas ainda estão bem longe de ameaçar Blair", diz o jornal.
Mas o "The Guardian" diz que a eleição mostrou "sinais de recuperação para um partido que havia sido descartado", e o "The Daily Telegraph" vê os ganhos obtidos como "um sucesso pessoal" para o seu líder, Michael Howard.
Já o "The Times" observa que os liberais-democratas, único dos três principais partidos que se opôs à guerra no Iraque, conseguiu "grandes avanços" em alguns distritos antes dominados pelos trabalhistas e nos quais eleitores decidiram punir Blair.
O jornal também diz, porém, que o líder liberal-democrata, Charles Kennedy, não correspondeu "às crescentes expectativas" de seus co-partidários.
Exterior
O austríaco "Die Presse" diz que Gordon Brown sai da eleição como "primeiro-ministro em prontidão" e prevê que os britânicos depositariam mais confiança em um governo encabeçado por ele.
O "Washington Post", dos Estados Unidos, afirma que existe uma expectativa de que, caso Brown de fato suceda Blair, ele poderia tornar a política externa britânica mais independente da Casa Branca.
Na França, o "Le Figaro" diz que Blair conseguiu seu histórico terceiro mandato porque os eleitores não se convenceram a respeito das opções disponíveis.
"Na falta de uma alternativa real, o bom desempenho econômico e social dos trabalhistas terá trabalhado em seu favor junto a um eleitorado preocupado sobretudo com a saúde, a educação e os temas sociais", diz o jornal parisiense.
Mas o russo "Kommersant" compara a escolha de um governante à de um presidente de empresa e diz que, para os britânicos, "a hora de trocar o executivo-chefe ainda não chegou".
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Enquete: a Guerra do Iraque pode afetar o Partido Trabalhista
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Blair deve se aposentar mais cedo que esperava, diz 'The Daily Telegraph'
da BBC BrasilVários jornais britânicos afirmam que a eleição geral desta quinta-feira pode fazer com que o primeiro-ministro Tony Blair deixe o cargo antes do que gostaria.
Em editorial, o "The Daily Telegraph" prevê que Blair "vai se aposentar mais cedo do que ele esperava".
"Ele disse que não vai disputar a próxima eleição, mas o resultado da noite passada parece capaz de acelerar sua partida", concorda o "The Times".
O "The Guardian" diz que, durante a apuração, as esperanças do ministro da Economia, Gordon Brown, de suceder Blair em breve "aumentaram a cada hora" que passava.
O jornal afirma que, apesar das más notícias para o Partido Trabalhista, "Brown parecia notavelmente confiante e tranqüilo" durante a noite.
Para o "Daily Mail", a autoridade pessoal de Blair "foi destruída por uma fuga eleitoral em massa que refletiu o repúdio à guerra no Iraque e dúvidas sobre sua confiabilidade".
O jornal compara o que aconteceu com Blair ao desempenho de outro premiê trabalhista, Clement Attlee, que perdeu 140 deputados de sua maioria em 1950 e acabou deixando o governo no ano seguinte.
"Por quanto tempo Blair vai se segurar no poder?", pergunta o "Daily Mail".
Oposição
O "The Independent" diz que a situação do Partido Trabalhista continua confortável, apesar da redução de sua maioria no Parlamento.
"Os conservadores tiveram um desempenho melhor que em 2001, mas ainda estão bem longe de ameaçar Blair", diz o jornal.
Mas o "The Guardian" diz que a eleição mostrou "sinais de recuperação para um partido que havia sido descartado", e o "The Daily Telegraph" vê os ganhos obtidos como "um sucesso pessoal" para o seu líder, Michael Howard.
Já o "The Times" observa que os liberais-democratas, único dos três principais partidos que se opôs à guerra no Iraque, conseguiu "grandes avanços" em alguns distritos antes dominados pelos trabalhistas e nos quais eleitores decidiram punir Blair.
O jornal também diz, porém, que o líder liberal-democrata, Charles Kennedy, não correspondeu "às crescentes expectativas" de seus co-partidários.
Exterior
O austríaco "Die Presse" diz que Gordon Brown sai da eleição como "primeiro-ministro em prontidão" e prevê que os britânicos depositariam mais confiança em um governo encabeçado por ele.
O "Washington Post", dos Estados Unidos, afirma que existe uma expectativa de que, caso Brown de fato suceda Blair, ele poderia tornar a política externa britânica mais independente da Casa Branca.
Na França, o "Le Figaro" diz que Blair conseguiu seu histórico terceiro mandato porque os eleitores não se convenceram a respeito das opções disponíveis.
"Na falta de uma alternativa real, o bom desempenho econômico e social dos trabalhistas terá trabalhado em seu favor junto a um eleitorado preocupado sobretudo com a saúde, a educação e os temas sociais", diz o jornal parisiense.
Mas o russo "Kommersant" compara a escolha de um governante à de um presidente de empresa e diz que, para os britânicos, "a hora de trocar o executivo-chefe ainda não chegou".
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