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06/05/2005
-
07h20
Tony Blair admitiu que o Iraque desempenhou um papel na redução da maioria trabalhista apesar da histórica terceira vitória consecutiva do partido nas urnas.
O primeiro-ministro admitiu que a guerra foi "uma questão que dividiu" o país durante a campanha e insistiu que há "muitas lições" para o Partido Trabalhista.
"Eu sei que o Iraque foi uma questão que causou divisões no país mas eu espero que agora nós possamos nos unir de novo e olhar para o futuro", afirmou Blair.
Após as votações, surgiram uma série de exemplo do impacto da guerra no desempenho dos trabalhistas.
Reg Keys, pai de um policial militar de 20 anos morto no Iraque, recebeu 4.252 votos ao se candidatar ao Parlamento no mesmo distrito eleitoral de Blair, Sedgefield --o primeiro-ministro venceu.
Segundo Keys, sua votação enviou "uma mensagem alta e clara sobre a guerra no Iraque".
"Eu espero de coração que um dia o primeiro-ministro possa pedir desculpas --ele vai pedir desculpas às famílias dos mortos e um dia o primeiro-ministro vai sentir que pode visitar os soldados feridos no hospital", disse Keys diante de Blair e sua mulher, Cherie.
Keys afirmou que sua campanha foi dedicada aos 88 militares britânicos mortos desde o começo da guerra, em 2003.
"Não foi fácil para mim disputar esta campanha, mas eu tinha que fazer isto pelo meu filho, Thomas, que foi mandado para a guerra em circunstâncias extremamente controvertidas."
"Se esta guerra tivesse sido justificada pelas leis internacionais, eu teria chorado (a morte do filho), mas não feito campanha. Se armas de destruição em massa tivessem sido encontradas no Iraque, o mesmo, eu teria chorado, mas não feito campanha."
O candidato do Partido Respeito, George Galloway, expulso do Partido Trabalhista em meio à polêmica sobre guerra, derrotou a candidata de Blair explorando em sua campanha o ressentimento popular contra a invasão do Iraque.
"Todas as pessoas que você matou e toda a perda de vidas voltarão para assombrá-lo e a melhor coisa que o Partido Trabalhista pode fazer é demiti-lo", afirmou Galloway.
O ministro do Exterior, Jack Straw, disse que a controvérsia custou-lhe votos em seu distrito eleitoral, Blackburn, onde há uma grande comunidade muçulmana.
Straw afirmou que muito da pressão que sofreu veio de um grupo muçulmano que fez campanha contra ele.
Seu antecessor trabalhista no cargo, Robin Cook, um duro crítico da guerra, disse que até ele sofreu nas urnas com a questão do Iraque.
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Trabalhistas admitem que Iraque prejudicou sua votação
da BBC BrasilTony Blair admitiu que o Iraque desempenhou um papel na redução da maioria trabalhista apesar da histórica terceira vitória consecutiva do partido nas urnas.
O primeiro-ministro admitiu que a guerra foi "uma questão que dividiu" o país durante a campanha e insistiu que há "muitas lições" para o Partido Trabalhista.
"Eu sei que o Iraque foi uma questão que causou divisões no país mas eu espero que agora nós possamos nos unir de novo e olhar para o futuro", afirmou Blair.
Após as votações, surgiram uma série de exemplo do impacto da guerra no desempenho dos trabalhistas.
Reg Keys, pai de um policial militar de 20 anos morto no Iraque, recebeu 4.252 votos ao se candidatar ao Parlamento no mesmo distrito eleitoral de Blair, Sedgefield --o primeiro-ministro venceu.
Segundo Keys, sua votação enviou "uma mensagem alta e clara sobre a guerra no Iraque".
"Eu espero de coração que um dia o primeiro-ministro possa pedir desculpas --ele vai pedir desculpas às famílias dos mortos e um dia o primeiro-ministro vai sentir que pode visitar os soldados feridos no hospital", disse Keys diante de Blair e sua mulher, Cherie.
Keys afirmou que sua campanha foi dedicada aos 88 militares britânicos mortos desde o começo da guerra, em 2003.
"Não foi fácil para mim disputar esta campanha, mas eu tinha que fazer isto pelo meu filho, Thomas, que foi mandado para a guerra em circunstâncias extremamente controvertidas."
"Se esta guerra tivesse sido justificada pelas leis internacionais, eu teria chorado (a morte do filho), mas não feito campanha. Se armas de destruição em massa tivessem sido encontradas no Iraque, o mesmo, eu teria chorado, mas não feito campanha."
O candidato do Partido Respeito, George Galloway, expulso do Partido Trabalhista em meio à polêmica sobre guerra, derrotou a candidata de Blair explorando em sua campanha o ressentimento popular contra a invasão do Iraque.
"Todas as pessoas que você matou e toda a perda de vidas voltarão para assombrá-lo e a melhor coisa que o Partido Trabalhista pode fazer é demiti-lo", afirmou Galloway.
O ministro do Exterior, Jack Straw, disse que a controvérsia custou-lhe votos em seu distrito eleitoral, Blackburn, onde há uma grande comunidade muçulmana.
Straw afirmou que muito da pressão que sofreu veio de um grupo muçulmano que fez campanha contra ele.
Seu antecessor trabalhista no cargo, Robin Cook, um duro crítico da guerra, disse que até ele sofreu nas urnas com a questão do Iraque.
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