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08/05/2005
-
08h45
Deputados trabalhistas britânicos pediram neste domingo, em diferentes situações, que o primeiro-ministro Tony Blair renuncie ao cargo --dias depois de o seu partido, o Trabalhista, alcançar uma terceira vitória histórica nas eleições.
Vários parlamentares, entre eles o ex-ministro da Saúde de Blair Frank Dobson afirmaram que é "uma obrigação eleitoral" de Blair renunciar.
Downing Street (a sede do governo britânico), no entanto, avisou que não haverá mudanças e lembrou que Blair havia dito, no ano passado, que serviria um terceiro mandato.
Dodson disse ao programa de TV GMTV neste domingo pela manhã:
"Não acho que poderemos ter eleições regionais no ano que vem com Blair como nosso líder. Acho que perderíamos vários postos importantes".
Outro que pediu pela renúncia de Blair foi o parlamentar John Austin, em uma entrevista ao jornal "Sunday Times".
Segundo Austin, Blair tornou-se uma obrigação, e não um acréscimo, nas últimas eleições.
"Não podemos esconder os fatos. Blair foi um fator negativo, que cresceu com o tempo. Precisamos (o partido) de um mecanismo semelhante ao dos Conservadores, no qual os grandes nomes se pronunciam e falam que é hora do líder ir embora", disse Austin.
Jeremy Corbyn, um outro parlamentar e crítico ferrenho da guerra no Iraque, fez uma previsão de que Blair estará fora de Downing Street no prazo de um ano.
Ele disse ao canal 4 da TV britânica achar que Blair deve esperar o fim da presidência britânica do G-8 (grupos dos países mais ricos do mundo, mais a Rússia) para deixar o governo.
"Acho que ele não sairia no meio disso".
Desmond Turner, um outro parlamentar, afirmou achar que seria interessante ver Gordon Brown (o atual ministro das Finanças) ser coroado como líder dos Trabalhistas já na próxima convenção do partido.
"Brown é a única escolha para líder. Acho que ninguém mais precisa se candidatar ao cargo", disse.
Em um artigo no jornal "The Mail on Sunday", a ex-ministra Glenda Jackson, crítica atuante da guerra no Iraque, escreveu:
"As pessoas falaram. Na verdade, gritaram do fundo de seus pulmões. A mensagem é clara. Elas querem que Tony Blair se vá".
Apesar das críticas, o jornal "Observer" traz uma reportagem de bastidores que prevê julho de 2008 como data para uma nova discussão em torno de uma nova liderança trabalhista.
Blair, portanto, permaneceria no poder até lá, segundo a reportagem.
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Trabalhistas pedem que Blair se afaste do governo
da BBC BrasilDeputados trabalhistas britânicos pediram neste domingo, em diferentes situações, que o primeiro-ministro Tony Blair renuncie ao cargo --dias depois de o seu partido, o Trabalhista, alcançar uma terceira vitória histórica nas eleições.
Vários parlamentares, entre eles o ex-ministro da Saúde de Blair Frank Dobson afirmaram que é "uma obrigação eleitoral" de Blair renunciar.
Downing Street (a sede do governo britânico), no entanto, avisou que não haverá mudanças e lembrou que Blair havia dito, no ano passado, que serviria um terceiro mandato.
Dodson disse ao programa de TV GMTV neste domingo pela manhã:
"Não acho que poderemos ter eleições regionais no ano que vem com Blair como nosso líder. Acho que perderíamos vários postos importantes".
Outro que pediu pela renúncia de Blair foi o parlamentar John Austin, em uma entrevista ao jornal "Sunday Times".
Segundo Austin, Blair tornou-se uma obrigação, e não um acréscimo, nas últimas eleições.
"Não podemos esconder os fatos. Blair foi um fator negativo, que cresceu com o tempo. Precisamos (o partido) de um mecanismo semelhante ao dos Conservadores, no qual os grandes nomes se pronunciam e falam que é hora do líder ir embora", disse Austin.
Jeremy Corbyn, um outro parlamentar e crítico ferrenho da guerra no Iraque, fez uma previsão de que Blair estará fora de Downing Street no prazo de um ano.
Ele disse ao canal 4 da TV britânica achar que Blair deve esperar o fim da presidência britânica do G-8 (grupos dos países mais ricos do mundo, mais a Rússia) para deixar o governo.
"Acho que ele não sairia no meio disso".
Desmond Turner, um outro parlamentar, afirmou achar que seria interessante ver Gordon Brown (o atual ministro das Finanças) ser coroado como líder dos Trabalhistas já na próxima convenção do partido.
"Brown é a única escolha para líder. Acho que ninguém mais precisa se candidatar ao cargo", disse.
Em um artigo no jornal "The Mail on Sunday", a ex-ministra Glenda Jackson, crítica atuante da guerra no Iraque, escreveu:
"As pessoas falaram. Na verdade, gritaram do fundo de seus pulmões. A mensagem é clara. Elas querem que Tony Blair se vá".
Apesar das críticas, o jornal "Observer" traz uma reportagem de bastidores que prevê julho de 2008 como data para uma nova discussão em torno de uma nova liderança trabalhista.
Blair, portanto, permaneceria no poder até lá, segundo a reportagem.
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