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25/07/2008 - 22h54

Advogados de Karadzic apelam contra extradição

da BBC Brasil

Os advogados do ex-líder sérvio da Bósnia, Radovan Karadzic, disseram que enviaram a apelação nesta sexta-feira contra a decisão de transferí-lo de Belgrado, na Sérvia, para o Tribunal Criminal Internacional para a ex-Iugoslávia, em Haia, na Holanda, onde é esperado para um julgamento sob a acusação de genocídio.

O documento foi enviado pelo correio de uma parte remota da Sérvia poucos minutos antes do fim do prazo de três dias para contestar a decisão.

Segundo o advogado de Karadzic, Sveta Vujacic, o recurso seria entregue cinco minutos antes do fim do prazo, e pelo correio.

Pela lei sérvia, tudo o que Karadzic, 63, precisa fazer é ter uma prova de que a apelação foi colocada no correio antes de esgotado o prazo e o tribunal sérvio agora precisa aguardar a chegada do documento, disse o correspondente da BBC em Belgrado, Christian Fraser.

Analistas acreditam que esta seria uma tática para atrasar o processo, mas a extradição de Karadzic é considerada praticamente inevitável.

Processo

Para garantir a extradição, todas as condições impostas pelo Tribunal devem ser preenchidas --o direito de apelar e a avaliação do pedido por um comitê especial de crimes de guerra.

O processo todo pode levar de três a nove dias, mas há suspeitas de que um painel de juízes trabalhará rapidamente para analisar o recurso e garantir o envio de Karadzic para Haia até, no máximo, terça-feira.

O ex-líder sérvio já disse que pretende fazer sua própria defesa caso seja extraditado. Se isso realmente acontecer, Karadzic estará seguindo o exemplo do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, que também realizou a própria defesa durante seu julgamento no Tribunal de Haia.

Acredita-se que Karadzic vá tentar atrasar o máximo possível os procedimentos judiciais, possivelmente até 2010, quando termina o mandato do tribunal.

Karadzic foi indiciado pelo Tribunal de Haia por crimes cometidos durante o conflito na Bósnia nos anos 90.

Ele responderá à acusação de que esteve por trás da morte de cerca de oito mil homens e meninos muçulmanos em Srebenica em julho de 1995, bombardeou Sarajevo e usou 284 soldados das forças de paz da ONU como escudos humanos em maio e junho de 1995.

Karadzic nega as acusações e se recusa a reconhecer a legitimidade do tribunal.

 

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