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06/12/2005
-
15h38
Algumas formas de daltonismo podem, na verdade, dar às pessoas uma visão aprimorada de algumas cores, segundo uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge.
Os pesquisadores pediram a pessoas com uma forma de daltonismo chamada deuteranomalia --a forma mais comum desse tipo de doença-- para avaliar pares de cores.
A equipe de cientistas constatou que as pessoas eram capazes de distinguir entre pares que pareciam idênticos para aqueles com visão "normal" de cores. A pesquisa foi publicada no jornal especializado "Current Biology".
Ondas médias
As cores são detectadas pelos seres humanos por meio da ação combinada de três tipos diferentes de células de cones fotorreceptores, cada um deles ativado de forma mais eficiente por diferentes comprimentos de onda de luz.
Essa sensibilidade é alterada em indivíduos com deuteranomalia porque eles possuem uma forma diferente em um dos cones fotorreceptores. A sensibilidade dos cones que deveriam ser de "onda média" é transformada em uma de cones de "ondas longas".
Isso resulta em uma capacidade reduzida para diferenciar algumas cores que são facilmente percebidas por pessoas com visão normal.
Alteração
Em teoria, porém, é possível que, devido à sensibilidade alterada dos cones fotorreceptores, pessoas com deuteranomalia tenham sensibilidade para diferenças de cor que não são aparentes para aqueles com visão normal das cores.
"As descobertas lembram relatos da 2ª Guerra Mundial que sugeriam que pessoas daltônicas eram melhores para perceber camuflagens", diz o texto dos pesquisadores chefiados pelo médico John Mollon.
"Em parte, isso pode acontecer porque as diferenças de espectro de cores são menos salientes do que variações estruturais ou de textura para os daltônicos."
"No entanto, um segundo fator pode ser o que se avaliou: uma pintura de camuflagem pode não ser fisicamente idêntica à folhagem que a circunda, mas pode ser uma semelhança boa para o olho normal, enquanto é uma semelhança ruim para o olho anômalo."
O médico Joseph Carroll, da Universidade de Rochester, em Nova York, disse que há enormes variações entre pessoas com deuteranomalia.
Ele disse que é possível que os testes usados nesse estudos, quando combinados com testes padrões de visão das cores, possam ser um indicador mais sensível do grau do defeito visual de uma pessoa.
Daltônicos podem ver algumas cores melhor, diz pesquisa
da BBC BrasilAlgumas formas de daltonismo podem, na verdade, dar às pessoas uma visão aprimorada de algumas cores, segundo uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge.
Os pesquisadores pediram a pessoas com uma forma de daltonismo chamada deuteranomalia --a forma mais comum desse tipo de doença-- para avaliar pares de cores.
A equipe de cientistas constatou que as pessoas eram capazes de distinguir entre pares que pareciam idênticos para aqueles com visão "normal" de cores. A pesquisa foi publicada no jornal especializado "Current Biology".
Ondas médias
As cores são detectadas pelos seres humanos por meio da ação combinada de três tipos diferentes de células de cones fotorreceptores, cada um deles ativado de forma mais eficiente por diferentes comprimentos de onda de luz.
Essa sensibilidade é alterada em indivíduos com deuteranomalia porque eles possuem uma forma diferente em um dos cones fotorreceptores. A sensibilidade dos cones que deveriam ser de "onda média" é transformada em uma de cones de "ondas longas".
Isso resulta em uma capacidade reduzida para diferenciar algumas cores que são facilmente percebidas por pessoas com visão normal.
Alteração
Em teoria, porém, é possível que, devido à sensibilidade alterada dos cones fotorreceptores, pessoas com deuteranomalia tenham sensibilidade para diferenças de cor que não são aparentes para aqueles com visão normal das cores.
"As descobertas lembram relatos da 2ª Guerra Mundial que sugeriam que pessoas daltônicas eram melhores para perceber camuflagens", diz o texto dos pesquisadores chefiados pelo médico John Mollon.
"Em parte, isso pode acontecer porque as diferenças de espectro de cores são menos salientes do que variações estruturais ou de textura para os daltônicos."
"No entanto, um segundo fator pode ser o que se avaliou: uma pintura de camuflagem pode não ser fisicamente idêntica à folhagem que a circunda, mas pode ser uma semelhança boa para o olho normal, enquanto é uma semelhança ruim para o olho anômalo."
O médico Joseph Carroll, da Universidade de Rochester, em Nova York, disse que há enormes variações entre pessoas com deuteranomalia.
Ele disse que é possível que os testes usados nesse estudos, quando combinados com testes padrões de visão das cores, possam ser um indicador mais sensível do grau do defeito visual de uma pessoa.
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