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02/02/2006
-
10h04
A polêmica sobre a publicação de charges com o profeta Muhammad [Maomé] é destaque em jornais europeus e árabes.
Segundo o jornal egípcio "Al Jumhuriyah", a publicação das charges "não é uma questão de liberdade de pensamento, de liberdade de expressão ou crença, mas sim uma conspiração contra o islã e os muçulmanos, cuja preparação começou há muitos anos".
O jornal "Al Ray", da Jordânia, diz: "O ataque ao nosso querido profeta, 'que as preces e a paz de Deus estejam com ele', nas charges desgraçadas publicadas nos jornais dinamarqueses é o resultado da fraqueza dos países árabes e islâmicos".
Para o "Al Watan", da Arábia Saudita, "qualquer tentativa da imprensa européia de mostrar solidariedade com liberdade de opinião será considerada uma operação muito perigosa com o objetivo de iniciar uma guerra religiosa internacional em grande escala".
Já o jornal "Al Safir", do Líbano, diz que a mensagem enviada pelos muçulmanos com o boicote "é errada em todos os sentidos, porque eles escolheram uma manchete tola para uma batalha que na verdade é sobre caricaturas".
Europa
Na Europa, alguns jornais defendem a publicação em nome da liberdade de expressão, mas outros alertam sobre o potencial de ofensa das charges.
O jornal alemão "Der Tagesspiegel", que na quarta-feira publicou as charges, descreve a reação dos muçulmanos como "excessiva", e afirma que grupos religiosos não deveriam ter permissão de determinar os limites da liberdade de expressão.
"Quando uma sociedade se permite ser guiada só pelos 'sentimentos' de um grupo de pessoas, então, não é livre", diz o jornal.
Para o jornal suíço "Le Temps", "liberdade de imprensa e liberdade de expressão são valores fundamentais das sociedades democráticas e elas não devem ceder a demandas que põem em risco princípios duramente conquistados".
Outro diário alemão, o "Die Tageszeitung", que também publicou as charges, diz que "é claro" que a mídia tem o direito de submeter símbolos religiosos a um tratamento satírico.
No entanto, o jornal reconhece que algumas das charges em questão são de "mau gosto".
"Acima de tudo, tendo em vista a atual situação política na Dinamarca, elas são a declaração da maioria da sociedade em relação à minoria muçulmana no país, uma declaração que pode, na verdade, ser interpretada como racista", diz o "Tageszeitung".
O jornal "Der Standard", da Áustria, condena a publicação que chama de "tola e insensível". Mas o jornal também considera que a reação do mundo muçulmano tem sido "excessiva de forma alarmante".
Charges de Muhammad geram repercussão na imprensa internacional
da BBCA polêmica sobre a publicação de charges com o profeta Muhammad [Maomé] é destaque em jornais europeus e árabes.
Segundo o jornal egípcio "Al Jumhuriyah", a publicação das charges "não é uma questão de liberdade de pensamento, de liberdade de expressão ou crença, mas sim uma conspiração contra o islã e os muçulmanos, cuja preparação começou há muitos anos".
O jornal "Al Ray", da Jordânia, diz: "O ataque ao nosso querido profeta, 'que as preces e a paz de Deus estejam com ele', nas charges desgraçadas publicadas nos jornais dinamarqueses é o resultado da fraqueza dos países árabes e islâmicos".
Para o "Al Watan", da Arábia Saudita, "qualquer tentativa da imprensa européia de mostrar solidariedade com liberdade de opinião será considerada uma operação muito perigosa com o objetivo de iniciar uma guerra religiosa internacional em grande escala".
Já o jornal "Al Safir", do Líbano, diz que a mensagem enviada pelos muçulmanos com o boicote "é errada em todos os sentidos, porque eles escolheram uma manchete tola para uma batalha que na verdade é sobre caricaturas".
Europa
Na Europa, alguns jornais defendem a publicação em nome da liberdade de expressão, mas outros alertam sobre o potencial de ofensa das charges.
O jornal alemão "Der Tagesspiegel", que na quarta-feira publicou as charges, descreve a reação dos muçulmanos como "excessiva", e afirma que grupos religiosos não deveriam ter permissão de determinar os limites da liberdade de expressão.
"Quando uma sociedade se permite ser guiada só pelos 'sentimentos' de um grupo de pessoas, então, não é livre", diz o jornal.
Para o jornal suíço "Le Temps", "liberdade de imprensa e liberdade de expressão são valores fundamentais das sociedades democráticas e elas não devem ceder a demandas que põem em risco princípios duramente conquistados".
Outro diário alemão, o "Die Tageszeitung", que também publicou as charges, diz que "é claro" que a mídia tem o direito de submeter símbolos religiosos a um tratamento satírico.
No entanto, o jornal reconhece que algumas das charges em questão são de "mau gosto".
"Acima de tudo, tendo em vista a atual situação política na Dinamarca, elas são a declaração da maioria da sociedade em relação à minoria muçulmana no país, uma declaração que pode, na verdade, ser interpretada como racista", diz o "Tageszeitung".
O jornal "Der Standard", da Áustria, condena a publicação que chama de "tola e insensível". Mas o jornal também considera que a reação do mundo muçulmano tem sido "excessiva de forma alarmante".
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