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24/03/2006
-
18h46
Um afegão que enfrenta execução por haver se convertido ao cristianismo "poderá ser libertado em breve", disse à BBC um alto representante do governo do país.
Será realizada no sábado uma reunião especial do governo sobre o caso de Abdul Rahman.
Rahman está sendo julgado por rejeitar o islamismo e, pelas leis islâmicas, pode ser executado se não voltar atrás.
Vários líderes mundiais, inclusive aqueles com tropas no Afeganistão, manifestaram preocupação com o julgamento.
Pressão
O primeiro-ministro da Austrália, John Howard, disse nesta sexta-feira: "Isto é horrível."
Na quinta-feira, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, telefonou para o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, buscando uma "solução favorável" para o caso.
A Áustria, que ocupa a presidência rotativa da União Européia, disse que iria se esforçar para proteger Abdul Rahman.
O governo afegão afirmou que o Judiciário é que deve decidir o destino de Rahman.
Mas o Judiciário do país é dominado por religiosos conservadores, e muitos deles acham que será difícil para o presidente e para o governo confrontar o setor, de acordo com o repórter da BBC na capital, Cabul, Sanjoy Majumder.
O maior problema para Karzai pode ser o fato que um grande número de afegãos parece acreditar que Rahman errou e merece ser executado, afirma Majumder.
Rahman se converteu há 16 anos quando trabalhava em projetos humanitários com refugiados no Paquistão. Sua família denunciou Rahman durante uma disputa da custódia de duas crianças.
Sua saúde mental foi colocada em dúvida pelo juiz no começo da semana.
Observadores dizem que executar um cristão convertido seria um precedente significativo de interpretação conservadora das leis islâmicas do Afeganistão.
Acredita-se que o julgamento de Rahman seja o primeiro do tipo, refletindo tensões entre clérigos conservadores e reformistas.
Afegão convertido ao cristianismo 'pode ser libertado'
da BBC BrasilUm afegão que enfrenta execução por haver se convertido ao cristianismo "poderá ser libertado em breve", disse à BBC um alto representante do governo do país.
Será realizada no sábado uma reunião especial do governo sobre o caso de Abdul Rahman.
Rahman está sendo julgado por rejeitar o islamismo e, pelas leis islâmicas, pode ser executado se não voltar atrás.
Vários líderes mundiais, inclusive aqueles com tropas no Afeganistão, manifestaram preocupação com o julgamento.
Pressão
O primeiro-ministro da Austrália, John Howard, disse nesta sexta-feira: "Isto é horrível."
Na quinta-feira, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, telefonou para o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, buscando uma "solução favorável" para o caso.
A Áustria, que ocupa a presidência rotativa da União Européia, disse que iria se esforçar para proteger Abdul Rahman.
O governo afegão afirmou que o Judiciário é que deve decidir o destino de Rahman.
Mas o Judiciário do país é dominado por religiosos conservadores, e muitos deles acham que será difícil para o presidente e para o governo confrontar o setor, de acordo com o repórter da BBC na capital, Cabul, Sanjoy Majumder.
O maior problema para Karzai pode ser o fato que um grande número de afegãos parece acreditar que Rahman errou e merece ser executado, afirma Majumder.
Rahman se converteu há 16 anos quando trabalhava em projetos humanitários com refugiados no Paquistão. Sua família denunciou Rahman durante uma disputa da custódia de duas crianças.
Sua saúde mental foi colocada em dúvida pelo juiz no começo da semana.
Observadores dizem que executar um cristão convertido seria um precedente significativo de interpretação conservadora das leis islâmicas do Afeganistão.
Acredita-se que o julgamento de Rahman seja o primeiro do tipo, refletindo tensões entre clérigos conservadores e reformistas.
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