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06/04/2006
-
16h30
da BBC Brasil, em Washington
O presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), Sergio Gaudenzi, disse que o Brasil quer treinar seu segundo astronauta. "O reserva de Marcos Pontes era um russo", disse Gaudenzi. "Se ficar definido que o projeto da Estação Espacial Internacional continua, vamos abrir inscrições para um outro astronauta", afirmou.
Apesar de a AEB querer ampliar a equipe brasileira capacitada para ir ao espaço, o acordo atual entre a agência brasileira e a Nasa (agência espacial norte-americana) está parada desde 2003. Nesta época, teve início uma negociação para diminuir o volume de recursos que o Brasil investiria no projeto.
O acordo original, firmado em 1997, previa a entrega por parte do Brasil de seis equipamentos que foram orçados pelo governo em cerca de US$ 120 milhões. Em troca disso, o país poderia treinar na Nasa um astronauta brasileiro, além de participar do consórcio que constrói a Estação Espacial Internacional.
O futuro de Pontes, segundo Gaudenzi, vai ser discutido quando ele voltar da missão. "Vamos ver o que ele pretende, se quer continuar na missão ou não. Então, vamos discutir isso com a Nasa", afirmou.
A intenção da AEB é convencer a Nasa a manter um astronauta brasileiro na missão e negociar a entrega dos equipamentos previstos no acordo inicial. "Temos outras coisas a oferecer, como imagens de observação da Terra", disse ele. "Não acho que teremos dificuldade em renovar este acordo com a Nasa."
Outro lado
O diretor da Divisão de Ciência do Escritório de Relações Externas da Nasa, Peter Ahlf, disse nesta semana que Pontes não tem um lugar garantido no centro de treinamento da Nasa. "Ainda não está decidido se ele volta para o centro", afirmou.
O acordo começou a ser renegociado em 2003, no início do governo Lula, a partir do desejo do governo brasileiro de reduzir o aporte de recursos no projeto. Mas as conversas ficaram paradas nos últimos anos.
De acordo com Ahlf, os termos iniciais oferecidos pelo governo brasileiro não dariam direito a um astronauta brasileiro.
Os vôos dos ônibus espaciais americanos, que seriam utilizados para levar equipamento para construir a Estação Espacial Internacional, foram paralisados depois do acidente em fevereiro de 2003 com a nave Columbia.
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Brasil quer treinar segundo astronauta, diz AEB
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em Washington
O presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), Sergio Gaudenzi, disse que o Brasil quer treinar seu segundo astronauta. "O reserva de Marcos Pontes era um russo", disse Gaudenzi. "Se ficar definido que o projeto da Estação Espacial Internacional continua, vamos abrir inscrições para um outro astronauta", afirmou.
Apesar de a AEB querer ampliar a equipe brasileira capacitada para ir ao espaço, o acordo atual entre a agência brasileira e a Nasa (agência espacial norte-americana) está parada desde 2003. Nesta época, teve início uma negociação para diminuir o volume de recursos que o Brasil investiria no projeto.
O acordo original, firmado em 1997, previa a entrega por parte do Brasil de seis equipamentos que foram orçados pelo governo em cerca de US$ 120 milhões. Em troca disso, o país poderia treinar na Nasa um astronauta brasileiro, além de participar do consórcio que constrói a Estação Espacial Internacional.
O futuro de Pontes, segundo Gaudenzi, vai ser discutido quando ele voltar da missão. "Vamos ver o que ele pretende, se quer continuar na missão ou não. Então, vamos discutir isso com a Nasa", afirmou.
A intenção da AEB é convencer a Nasa a manter um astronauta brasileiro na missão e negociar a entrega dos equipamentos previstos no acordo inicial. "Temos outras coisas a oferecer, como imagens de observação da Terra", disse ele. "Não acho que teremos dificuldade em renovar este acordo com a Nasa."
Outro lado
O diretor da Divisão de Ciência do Escritório de Relações Externas da Nasa, Peter Ahlf, disse nesta semana que Pontes não tem um lugar garantido no centro de treinamento da Nasa. "Ainda não está decidido se ele volta para o centro", afirmou.
O acordo começou a ser renegociado em 2003, no início do governo Lula, a partir do desejo do governo brasileiro de reduzir o aporte de recursos no projeto. Mas as conversas ficaram paradas nos últimos anos.
De acordo com Ahlf, os termos iniciais oferecidos pelo governo brasileiro não dariam direito a um astronauta brasileiro.
Os vôos dos ônibus espaciais americanos, que seriam utilizados para levar equipamento para construir a Estação Espacial Internacional, foram paralisados depois do acidente em fevereiro de 2003 com a nave Columbia.
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