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18/04/2006 - 10h17

Chernobyl pode matar mais 100 mil pessoas, diz Greenpeace

DAMIAN GRAMMMATICAS
da BBC Brasil, em Moscou

Os impactos do acidente nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, há 20 anos, sobre a saúde foram subestimados, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira pelo grupo ambientalista Greenpeace.

Dados oficiais da Organização das Nações Unidas haviam previsto 4.000 mortes a mais por câncer atribuídas à contaminação radioativa de Tchernobil.

Mas, em seu relatório, o Greenpeace diz que estudos recentes estimam que esse número chegará a 100 mil. Segundo a ONG, muitos dos casos ocorrerão na Ucrânia, Rússia e em Belarus.

O acidente em Tchernobil, em abril de 1986, foi o pior do tipo já ocorrido no mundo. Trinta pessoas morreram na explosão do reator e devido à contaminação radioativa que se seguiu. Uma nuvem de radiação se espalhou por uma grande parte da Europa Ocidental e milhões de pessoas ainda vivem na área contaminada.

Efeitos

Segundo o documento do Greenpeace, a radiação afeta o sistema imunológico, provocando doenças no sangue e aparelho respiratório e um aumento em anomalias em fetos e problemas congênitos.

As alegações do documento são polêmicas, mas o grupo admite que é impossível saber qual o impacto final do acidente sobre a saúde humana sem a realização de mais pesquisas.

A médica Oxana Lozova, que trabalha com crianças no hospital do distrito de Rivne, 300 quilômetros a oeste de Tchernobil, disse que o acidente aparentemente vai afetar muitas gerações. "Acredito que o acidente em Tchernobil afetou a imunidade daqueles que eram crianças na época", afirmou.

"Agora temos de lidar com pessoas que são muito mais fracas do que seus pais eram. Elas estão ficando doentes numa idade em que deveriam ainda estar razoavelmente saudáveis."

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