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06/07/2006
-
00h03
da BBC Brasil, na Cidade do México
O candidato de centro-esquerda à presidência do México, Andrés Manuel López Obrador, passou a liderar a votação por uma pequena margem, de 1,34%, em relação ao seu rival conservador, Felipe Calderón.
Na noite desta quarta-feira, com 88,60% das atas computadas, López Obrador está na frente com um total de 36,31% dos votos, e Felipe Calderón, com 34,97%, de acordo com o Instituto Federal Eleitoral (IFE).
O novo processo de apuração dos votos foi iniciado nesta quarta-feira. O Programa de Resultados Eleitorais Preliminares (Prep) que havia determinado a vantagem de Felipe Calderón por 0,6% dos votos, foi considerado impreciso e apresentou irregularidades na contagem.
Representantes do Partido da Revolução Democrática (PRD), de López Obrador, se mantém cautelosos. Eles dizem que não há nada para se “comemorar” e decidiram esperar até a contagem final para avaliar o resultado.
No início da apuração, o PRD afirmou que só aceitaria os resultados apresentados pelo IFE se o órgão contasse “voto por voto”. As atas que estão sendo computadas trazem o total de votos de cada centro de votação.
Incerteza
Alegações de irregularidades vinham alimentando um clima de desconfiança em relação ao processo eleitoral na tarde de terça-feira, com notícias do encontro de atas de votação e outros materiais eleitorais em um depósito de lixo no Distrito Federal, na Cidade do México.
De acordo com o jornal mexicano El Universal, a maioria dos votos era destinada a López Obrador.
Em meio à computação das atas eleitorais que determinará o nome do futuro presidente da República, a movimentação política se intensifica. Felipe Calderón, que se autoproclama o presidente eleito, indicou que está disposto a incluir seu rival, López Obrador, em sua equipe, “em nome de um governo de unidade e conciliação”.
“Estou disposto, mas não acredito que ele aceite”, afirmou Calderón em entrevista coletiva.
O candidato preferido dos mercados internacionais mudou o discurso e afirmou que coincide com López Obrador na “orientação geral de lutar contra a pobreza”.
Mobilização
Enquanto os fiscais do IFE conferiam ata por ata dos 130 mil centros de votação espalhados pelo país, centenas de manifestantes se reuniram em frente ao órgão eleitoral exigindo “respeito ao voto” na apuração.
Organizados pela Frente Estudantil de Apoio a López Obrador, os manifestantes acreditam que há um processo de “fraude em curso” e afirmam que manterão a mobilização de apoio ao candidato de centro-esquerda.
Leonel Cota Montaño, presidente do PRD, compara as eleições de 2 de julho último com a votação ocorrida em 1988, quando a declaração da vitória de Carlos Salinas de Gortari foi vista com suspeita por muitos mexicanos.
Ele acredita que, desta vez, Obrador verá nas ruas grandes manifestações como a que ocorreu em 2005, e ficou conhecida como “desaforo”.
Na época, quando era prefeito da capital mexicana, López Obrador quase foi processado por desacatar uma ordem judicial que proibia a construção de uma rua em um terreno cuja posse era contestada.
O furor que se seguiu levou centenas de milhares de pessoas a realizarem uma passeata para apoiá-lo. Analistas políticos acreditam que esse foi o grande impulso para a campanha do candidato à presidência.
Nova apuração coloca Obrador na frente
CLÁUDIA JARDIMda BBC Brasil, na Cidade do México
O candidato de centro-esquerda à presidência do México, Andrés Manuel López Obrador, passou a liderar a votação por uma pequena margem, de 1,34%, em relação ao seu rival conservador, Felipe Calderón.
Na noite desta quarta-feira, com 88,60% das atas computadas, López Obrador está na frente com um total de 36,31% dos votos, e Felipe Calderón, com 34,97%, de acordo com o Instituto Federal Eleitoral (IFE).
O novo processo de apuração dos votos foi iniciado nesta quarta-feira. O Programa de Resultados Eleitorais Preliminares (Prep) que havia determinado a vantagem de Felipe Calderón por 0,6% dos votos, foi considerado impreciso e apresentou irregularidades na contagem.
Representantes do Partido da Revolução Democrática (PRD), de López Obrador, se mantém cautelosos. Eles dizem que não há nada para se “comemorar” e decidiram esperar até a contagem final para avaliar o resultado.
No início da apuração, o PRD afirmou que só aceitaria os resultados apresentados pelo IFE se o órgão contasse “voto por voto”. As atas que estão sendo computadas trazem o total de votos de cada centro de votação.
Incerteza
Alegações de irregularidades vinham alimentando um clima de desconfiança em relação ao processo eleitoral na tarde de terça-feira, com notícias do encontro de atas de votação e outros materiais eleitorais em um depósito de lixo no Distrito Federal, na Cidade do México.
De acordo com o jornal mexicano El Universal, a maioria dos votos era destinada a López Obrador.
Em meio à computação das atas eleitorais que determinará o nome do futuro presidente da República, a movimentação política se intensifica. Felipe Calderón, que se autoproclama o presidente eleito, indicou que está disposto a incluir seu rival, López Obrador, em sua equipe, “em nome de um governo de unidade e conciliação”.
“Estou disposto, mas não acredito que ele aceite”, afirmou Calderón em entrevista coletiva.
O candidato preferido dos mercados internacionais mudou o discurso e afirmou que coincide com López Obrador na “orientação geral de lutar contra a pobreza”.
Mobilização
Enquanto os fiscais do IFE conferiam ata por ata dos 130 mil centros de votação espalhados pelo país, centenas de manifestantes se reuniram em frente ao órgão eleitoral exigindo “respeito ao voto” na apuração.
Organizados pela Frente Estudantil de Apoio a López Obrador, os manifestantes acreditam que há um processo de “fraude em curso” e afirmam que manterão a mobilização de apoio ao candidato de centro-esquerda.
Leonel Cota Montaño, presidente do PRD, compara as eleições de 2 de julho último com a votação ocorrida em 1988, quando a declaração da vitória de Carlos Salinas de Gortari foi vista com suspeita por muitos mexicanos.
Ele acredita que, desta vez, Obrador verá nas ruas grandes manifestações como a que ocorreu em 2005, e ficou conhecida como “desaforo”.
Na época, quando era prefeito da capital mexicana, López Obrador quase foi processado por desacatar uma ordem judicial que proibia a construção de uma rua em um terreno cuja posse era contestada.
O furor que se seguiu levou centenas de milhares de pessoas a realizarem uma passeata para apoiá-lo. Analistas políticos acreditam que esse foi o grande impulso para a campanha do candidato à presidência.
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