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19/05/2009 - 07h29

Bolívia começa a julgar ex-presidente pela morte de 67 pessoas

da BBC Brasil

A Suprema Corte de Justiça da Bolívia começou a julgar, nesta segunda-feira, o ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada e mais 16 membros de seu gabinete pela morte de 67 pessoas durante protestos em 2003.

Apenas oito dos 17 réus que enfrentam as acusações de genocídio compareceram ao tribunal. Os outros, incluindo Lozada --que está exilado nos EUA-- estão refugiados em outros países.

Eles são acusados de responsabilidade pela morte de 67 civis depois que soldados foram enviados para conter protestos nas cidades de El Alto e La Paz, em outubro de 2003.

Depois dos incidentes, Lozada partiu para os Estados Unidos, onde permanece até hoje. Acredita-se que três ministros de seu gabinete também estejam nos EUA e outros três no Peru.

Julgamento

A legislação boliviana não permite o julgamento de réus ausentes, por isso, será pedida a extradição dos acusados que se encontrem em outros países.

Em entrevista à correspondente da BBC Mundo na Bolívia, Mery Vaca, o promotor responsável pelo caso, Milton Mendoza, afirmou que os réus que não estão presentes serão declarados rebeldes e se interromperá a prescrição dos crimes de que são acusados.

Isto quer dizer que os réus poderão ser julgados no momento em que voltarem à Bolívia, não importando quanto tempo se passar.

A Promotoria afirma possuir 2.500 testemunhos e 4 mil documentos que provam a culpa dos acusados, mas o julgamento pode durar meses.

Caso seja considerado culpado, Lozada poder ser condenado a até 20 anos de prisão.

Crise

Sánchez de Lozada governou a Bolívia entre 1993 e 1997 e, depois, entre 2002 e 2003. Em 2003, ele foi obrigado a renunciar depois de uma onda de protestos contra a venda de gás natural aos Estados Unidos por meio de um porto chileno.

Depois da renúncia de Sánchez de Lozada, a Bolívia ingressou em um período de transição, quando foi governada por Carlos Mesa e Eduado Rodríguez.

Este último convocou eleições gerais, que foram vencidas, em dezembro de 2005, pelo atual presidente, Evo Morales.

 

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