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20/09/2006 - 07h03

Novo escândalo 'dá dimensão inesperada' a eleição, diz jornal

da BBC Brasil

“O novo escândalo da política brasileira, que mistura corrupção e espionagem, passou ontem a dominar por completo a campanha eleitoral para as eleições nacionais de 1º de outubro”, relata o diário argentino La Nación em sua edição desta quarta-feira.

A reportagem destaca que a menos de duas semanas das eleições, o escândalo envolvendo a suposta compra de um dossiê contra o ex-prefeito José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin deu uma “dimensão inesperada” para a campanha, após meses de marasmo.

O assunto também foi destacado em reportagem do jornal espanhol ABC, que diz que o novo escândalo, “que envolve um de seus assessores, respinga em Lula a 13 dias das eleições”.

A reportagem diz que a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição “começou a semana no divã”, numa ironia com o nome de Freud Godoy, o assessor presidencial obrigado a renunciar após ter seu nome envolvido no escândalo.

O jornal observa que a estratégia de Lula e do PT para enfrentar as acusações é “a mesma usada em todos os escândalos anteriores do atual governo”, ou seja, dizer que não sabiam de nada. “Foi assim que Lula se distanciou das denúncias sem ser afetado por elas, algo que os especialistas chamaram de ‘efeito teflon’”, diz a reportagem.

Trunfo da oposição

O Diário de Notícias, de Portugal, destaca o pedido de prisão do ex-assessor Godoy pelo Ministério Público. “A oposição tem agora um novo trunfo para tentar forçar um segundo turno entre o presidente e o ex-governador do Estado de São Paulo”, diz o jornal.

A reportagem observa que “o tema é primeira página dos jornais brasileiros e abertura dos telejornais” e afirma que “o caso está aquecendo uma campanha até agora monótona”.

O boliviano La Patria, por sua vez, diz que “a oposição tenta aproveitar o último escândalo no entorno de Lula da Silva” e destaca o pedido por investigações e para que “a candidatura de Lula seja impugnada caso se descubra que o PT está realmente implicado”.

Apoio de Kirchner

O jornal financeiro argentino El Cronista Comercial diz que “alguns analistas políticos apontaram que, embora Lula mantenha a vantagem (nas pesquisas), o escândalo favoreceria as chances do principal candidato opositor, Geraldo Alckmin, e poderia forçar um segundo turno”.

Na mesma reportagem, o jornal relata o apoio que o presidente Néstor Kirchner teria manifestado a Lula durante um encontro dos dois em Nova York, onde participaram da abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas.

Segundo fontes do governo argentino citadas pela reportagem, Kirchner “ratificou ontem seu apoio a Lula para as eleições presidenciais de 1º de outubro e assegurou que sua reeleição seria muito boa ‘para consolidar o Mercosul’”.
 

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