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28/09/2006
-
09h10
Seis em cada dez iraquianos aprovam os ataques contra o Exército dos Estados Unidos no país, revelou uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira por pesquisadores americanos.
Mas os iraquianos rejeitam as milícias e quase todos têm uma visão negativa da rede Al Qaeda, mostrou o levantamento.
As conclusões, aparentemente contraditórias, parecem reforçar a idéia de que os iraquianos expressam confiança em seu próprio Exército, e desejam um governo central fortalecido para pôr fim à violência sectária.
Os dados foram compilados por um centro de pesquisas sobre políticas públicas e a Universidade de Maryland, depois de ouvir 1.150 iraquianos de todas as províncias do país, entre os dias 1º e 4 de setembro.
Facções
Os resultados refletem a estratificação do país, dividido entre sunitas, xiitas e curdos.
Os ataques contra os EUA recebem o aval de 92% dos sunitas, facção religiosa do ex-presidente Saddam Hussein. Já 81% dos curdos, que foram perseguidos pelo antigo regime, rejeitam os ataques.
Os pesquisadores demonstraram surpresa com a aprovação dos xiitas, hoje no poder. Há nove meses, dois de cada cinco membros dessa facção aprovavam os atentados contra as forças de ocupação --hoje, são três em cada cinco.
E a divisão étnica se reflete também na aprovação do governo do presidente Nouri al Maliki, aliado do governo americano.
Maliki está "fazendo um bom governo" para 63% dos iraquianos. Mas sua legitimidade não é unânime.
Para 86% dos sunitas, ele não é "um representante legítimo do povo iraquiano". No entanto, Maliki recebeu amplo aval de xiitas e curdos (82% e 76%, respectivamente, consideram o presidente legítimo).
Governo forte
O sentimento antiamericano não significa aprovação às milícias que fizeram o país mergulhar em uma onda de violência sectária.
Um governo forte que acabe com as milícias é o desejo de 77% dos iraquianos, revelou a pesquisa.
Além disso, quase todos os iraquianos (94%) disseram ter uma visão negativa da rede Al Qaeda, sendo que 82% disseram ter uma visão "muito negativa" da organização extremista de Osama bin Laden.
"Pode parecer fácil assumir que à medida que os iraquianos apóiam mais os ataques contra os Estados Unidos eles sejam mais receptivos à Al Qaeda --provável fonte de um número significante de ataques às forças americanas", disse o relatório.
"No entanto, este não parece ser o caso. A Al Qaeda é fortemente impopular entre os iraquianos."
Retirada
Os pesquisadores notaram "um senso crescente de urgência para a retirada das tropas americanas" entre os iraquianos.
Sete em cada dez entrevistados disseram que os EUA devem deixar o país em um ano.
Há nove meses, a mesma proporção estava disposta a conceder aos soldados americanos dois anos adicionais de presença no país.
A desconfiança nas tropas dos Estados Unidos é compartilhada por nada menos que 84% dos iraquianos.
Apenas uma parte dos curdos (55% deles) disse confiar nos soldados americanos. Mas 98% dos sunitas e 91% dos xiitas disseram que a confiança nas forças de ocupação é pouca ou nenhuma.
De cada quatro iraquianos, dois confiam que a saída das tropas americanas fortaleceria o Exército do país, um acredita que a retirada enfraquece a força local, e um crê que a retirada não teria influência sobre as Forças Armadas nacionais.
"Talvez a presença das forças americanas, um lembrete onipresente de que o governo não exerce soberania plena, seja percebida como fator a minar a autoridade e a legitimidade do governo", afirmaram os pesquisadores.
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
60% de iraquianos aprovam ataques a tropas dos EUA
da BBCSeis em cada dez iraquianos aprovam os ataques contra o Exército dos Estados Unidos no país, revelou uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira por pesquisadores americanos.
Mas os iraquianos rejeitam as milícias e quase todos têm uma visão negativa da rede Al Qaeda, mostrou o levantamento.
As conclusões, aparentemente contraditórias, parecem reforçar a idéia de que os iraquianos expressam confiança em seu próprio Exército, e desejam um governo central fortalecido para pôr fim à violência sectária.
Os dados foram compilados por um centro de pesquisas sobre políticas públicas e a Universidade de Maryland, depois de ouvir 1.150 iraquianos de todas as províncias do país, entre os dias 1º e 4 de setembro.
Facções
Os resultados refletem a estratificação do país, dividido entre sunitas, xiitas e curdos.
Os ataques contra os EUA recebem o aval de 92% dos sunitas, facção religiosa do ex-presidente Saddam Hussein. Já 81% dos curdos, que foram perseguidos pelo antigo regime, rejeitam os ataques.
Os pesquisadores demonstraram surpresa com a aprovação dos xiitas, hoje no poder. Há nove meses, dois de cada cinco membros dessa facção aprovavam os atentados contra as forças de ocupação --hoje, são três em cada cinco.
E a divisão étnica se reflete também na aprovação do governo do presidente Nouri al Maliki, aliado do governo americano.
Maliki está "fazendo um bom governo" para 63% dos iraquianos. Mas sua legitimidade não é unânime.
Para 86% dos sunitas, ele não é "um representante legítimo do povo iraquiano". No entanto, Maliki recebeu amplo aval de xiitas e curdos (82% e 76%, respectivamente, consideram o presidente legítimo).
Governo forte
O sentimento antiamericano não significa aprovação às milícias que fizeram o país mergulhar em uma onda de violência sectária.
Um governo forte que acabe com as milícias é o desejo de 77% dos iraquianos, revelou a pesquisa.
Além disso, quase todos os iraquianos (94%) disseram ter uma visão negativa da rede Al Qaeda, sendo que 82% disseram ter uma visão "muito negativa" da organização extremista de Osama bin Laden.
"Pode parecer fácil assumir que à medida que os iraquianos apóiam mais os ataques contra os Estados Unidos eles sejam mais receptivos à Al Qaeda --provável fonte de um número significante de ataques às forças americanas", disse o relatório.
"No entanto, este não parece ser o caso. A Al Qaeda é fortemente impopular entre os iraquianos."
Retirada
Os pesquisadores notaram "um senso crescente de urgência para a retirada das tropas americanas" entre os iraquianos.
Sete em cada dez entrevistados disseram que os EUA devem deixar o país em um ano.
Há nove meses, a mesma proporção estava disposta a conceder aos soldados americanos dois anos adicionais de presença no país.
A desconfiança nas tropas dos Estados Unidos é compartilhada por nada menos que 84% dos iraquianos.
Apenas uma parte dos curdos (55% deles) disse confiar nos soldados americanos. Mas 98% dos sunitas e 91% dos xiitas disseram que a confiança nas forças de ocupação é pouca ou nenhuma.
De cada quatro iraquianos, dois confiam que a saída das tropas americanas fortaleceria o Exército do país, um acredita que a retirada enfraquece a força local, e um crê que a retirada não teria influência sobre as Forças Armadas nacionais.
"Talvez a presença das forças americanas, um lembrete onipresente de que o governo não exerce soberania plena, seja percebida como fator a minar a autoridade e a legitimidade do governo", afirmaram os pesquisadores.
Especial
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