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10/11/2006
-
11h07
O uso de ferramentas de busca na internet pode ajudar os médicos no diagnóstico de casos difíceis, segundo descobriu uma pesquisa de médicos australianos publicada no site da revista científica "British Medical Journal".
A equipe de pesquisadores utilizou o Google para buscar informações sobre os sintomas de 26 casos. Em 15 deles o buscador on-line mostrou o diagnóstico correto.
Os autores do estudo dizem que o Google pode ser "uma ajuda útil", mas os especialistas britânicos dizem que a internet não deve substituir os médicos.
O Google é a ferramenta de buscas mais popular da internet, com acesso a mais de 3 bilhões de artigos médicos, e a busca por informações médicas é um de seus usos mais comuns.
Diagnósticos comparados
Em cada um dos 26 casos estudados, os pesquisadores do Hospital Princess Alexandra, em Brisbane, selecionaram entre três e cinco termos para pesquisa e fizeram uma busca com o Google sem saber do diagnóstico correto.
Eles então registraram os três primeiros diagnósticos que apareciam após a busca e selecionaram aquele que parecia mais relevante para os sinais apresentados.
Os médicos então compararam os resultados com os diagnósticos corretos publicados em revistas científicas.
As buscas no Google encontraram os diagnósticos corretos em mais da metade dos casos.
"Ferramenta útil"
Os pesquisadores, liderados pelo médico Hangwi Tang, disseram que o Google pode ser "uma ferramenta útil" para diagnosticar condições com sintomas e sinais particulares e que podem ser facilmente usados como palavras para busca.
Porém eles dizem que uma busca bem-sucedida depende de um usuário "humano especialista" e que portanto os pacientes teriam menos chances de sucesso em se auto-diagnosticarem pela internet.
"Os computadores conectados à internet estão em todos os lugares nas clínicas médicas e nos hospitais. Informações úteis sobre as síndromes médicas mais raras podem ser encontradas e analisadas em uma questão de minutos", diz o artigo.
"Nosso estudo sugere que em casos de diagnóstico difícil, é comumente útil usar o Google para o diagnóstico", afirmam os autores. "Os serviços de busca na internet como o Google estão se tornando a mais nova ferramenta em medicina clínica, e os médicos precisam se tornar proficientes em seu uso."
Críticas
A conclusão do estudo, porém, foi criticada por Mayur Lakhani, presidente da Faculdade Real de Clínicos Gerais. "A internet não é de nenhuma forma um substituto para os médicos. Sua avaliação clínica e sua experiência serão sempre necessárias para dar sentido à informação", diz.
"Em vez disso, a rede deveria ser vista como uma forma de apoio para os médicos e seus pacientes."
Uma porta-voz da Associação de Pacientes disse: "Os médicos têm um conhecimento bem amplo no que se refere ao diagnóstico de problemas de saúde, mas deveríamos nos preocupar se eles estiverem usando sites da internet para fazer diagnósticos".
"O que aconteceria se eles dessem informações erradas aos pacientes? Além disso, muitos desses sites não têm credibilidade. Há muitos sites bons por aí, mas nós também sabemos que há muitos deles que não têm credibilidade."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre medicina na internet
Estudo sugere uso do Google em diagnóstico médico
da BBC BrasilO uso de ferramentas de busca na internet pode ajudar os médicos no diagnóstico de casos difíceis, segundo descobriu uma pesquisa de médicos australianos publicada no site da revista científica "British Medical Journal".
A equipe de pesquisadores utilizou o Google para buscar informações sobre os sintomas de 26 casos. Em 15 deles o buscador on-line mostrou o diagnóstico correto.
Os autores do estudo dizem que o Google pode ser "uma ajuda útil", mas os especialistas britânicos dizem que a internet não deve substituir os médicos.
O Google é a ferramenta de buscas mais popular da internet, com acesso a mais de 3 bilhões de artigos médicos, e a busca por informações médicas é um de seus usos mais comuns.
Diagnósticos comparados
Em cada um dos 26 casos estudados, os pesquisadores do Hospital Princess Alexandra, em Brisbane, selecionaram entre três e cinco termos para pesquisa e fizeram uma busca com o Google sem saber do diagnóstico correto.
Eles então registraram os três primeiros diagnósticos que apareciam após a busca e selecionaram aquele que parecia mais relevante para os sinais apresentados.
Os médicos então compararam os resultados com os diagnósticos corretos publicados em revistas científicas.
As buscas no Google encontraram os diagnósticos corretos em mais da metade dos casos.
"Ferramenta útil"
Os pesquisadores, liderados pelo médico Hangwi Tang, disseram que o Google pode ser "uma ferramenta útil" para diagnosticar condições com sintomas e sinais particulares e que podem ser facilmente usados como palavras para busca.
Porém eles dizem que uma busca bem-sucedida depende de um usuário "humano especialista" e que portanto os pacientes teriam menos chances de sucesso em se auto-diagnosticarem pela internet.
"Os computadores conectados à internet estão em todos os lugares nas clínicas médicas e nos hospitais. Informações úteis sobre as síndromes médicas mais raras podem ser encontradas e analisadas em uma questão de minutos", diz o artigo.
"Nosso estudo sugere que em casos de diagnóstico difícil, é comumente útil usar o Google para o diagnóstico", afirmam os autores. "Os serviços de busca na internet como o Google estão se tornando a mais nova ferramenta em medicina clínica, e os médicos precisam se tornar proficientes em seu uso."
Críticas
A conclusão do estudo, porém, foi criticada por Mayur Lakhani, presidente da Faculdade Real de Clínicos Gerais. "A internet não é de nenhuma forma um substituto para os médicos. Sua avaliação clínica e sua experiência serão sempre necessárias para dar sentido à informação", diz.
"Em vez disso, a rede deveria ser vista como uma forma de apoio para os médicos e seus pacientes."
Uma porta-voz da Associação de Pacientes disse: "Os médicos têm um conhecimento bem amplo no que se refere ao diagnóstico de problemas de saúde, mas deveríamos nos preocupar se eles estiverem usando sites da internet para fazer diagnósticos".
"O que aconteceria se eles dessem informações erradas aos pacientes? Além disso, muitos desses sites não têm credibilidade. Há muitos sites bons por aí, mas nós também sabemos que há muitos deles que não têm credibilidade."
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