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06/03/2007 - 05h15

Bush anuncia pacote de ajuda para América Latina

BRUNO GARCEZ
da BBC Brasil, em Washington

O presidente americano, George W. Bush, anunciou nesta segunda-feira que os Estados Unidos gastarão milhões de dólares em programas assistenciais para ajudar a população carente na América Latina.

Bush, que inicia na quinta-feira uma viagem à região, disse que destinará milhares de dólares a programas nas áreas de educação, saúde e moradia.

De acordo com Bush, os Estados Unidos pretendem ampliar um programa de moradia que já destinou mais de US$ 100 milhões para que famílias de México, Brasil e Chile possam conseguir financiamento para suas casas. A expansão prevê um gasto adicional de US$ 385 milhões.

Segundo o presidente americano, isso "ajudaria milhares de pessoas em nossa vizinhança a cumprir o sonho de ter uma casa própria". O pronunciamento de Bush ocorreu em um evento realizado nesta segunda-feira, em Washington, na sede da Câmara Hispânica de Comércio dos Estados Unidos.

Durante o evento, Bush lembrou que, na quinta-feira, ele e a mulher, Laura, iniciarão "uma viagem a Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala" e acrescentou, em espanhol, "y por fin, México", arrancando risos da platéia.

Segundo Bush, os países que integram sua visita são nações que "fazem parte de uma região que deu passos largos rumo à liberdade e à prosperidade". De acordo com o presidente americano, esses países "ergueram novas democracias e adotaram e aprimoraram políticas fiscais que trazem prosperidade".

El Presidente

Em um pronunciamento entremeado de palavras em espanhol, o presidente americano disse que "apesar dos avanços, dezenas de milhões no nosso hemisfério continuam presos na pobreza".

"Minha mensagem para 'trabajadores e campesinos' é: vocês contam com um amigo nos Estados Unidos", acrescentou.

Bush disse que pediu à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que o acompanhará na viagem, e ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, que desenvolvam um mecanismo que melhore a capacidade de bancos americanos e locais para dar empréstimos a pequenos empresários da América Latina.

O presidente dos Estados Unidos afirmou ainda que vai enviar um navio médico da Marinha para países da América Latina e do Caribe. Os profissionais que estarão a bordo atenderão a 85 mil pacientes em Belize, Guatemala, Panamá, Nicarágua, El Salvador, Peru, Equador, Colômbia, Haiti, Trinidad e Tobago, Guiana e Suriname e farão até 1,5 mil cirurgias.

Bush destacou ainda inciativas para garantir a probidade administrativa na região, por meio do programa Milleninum Challenge Accounts (MCA), que oferece assistência financeira a nações em desenvolvimento que demonstram transparência e utilização eficiente de recursos em suas gestões.

Bush bolivariano

O presidente americano também disse que a Casa Branca vai sediar nos próximos meses uma conferência reunindo países latino-americanos e nações do hemisfério norte para debater o envio de ajuda econômica e o fortalecimento da sociedade civil em todo o hemisfério ocidental.

De acordo com Bush, o evento reunirá representantes do setor privado, organizações não-governamentais, grupos assistenciais e entidades religiosas.

O presidente americano afirma que a idéia é "compartilhar experiências para encontrar formas eficazes de construir instituições fortes e uma sociedade civil sólida".

"Uma vizinhança transparente levará a uma vizinhança pacífica", acrescentou.

Bush encerrou seu discurso louvando um dos heróis da América Latina: Símon Bolívar, que é reverenciado pelo líder venezuelano Hugo Chávez, um dos principais críticos do presidente americano na região.

"Você sabe, aqui perto da Casa Branca há uma estátua de um grande libertador, Símon Bolívar. Ele costuma ser comparado a George Washington. Assim como Washington, ele teve sucesso em derrotar uma forte potência colonial, e, assim como Washington, ele pertence a todos que amamos a liberdade", disse.

O presidente lembrou ainda a frase de um diplomata, segundo a qual "nem Washington nem Bolívar tiveram filhos. Portanto, nós, os americanos, devemos chamar a nós mesmos de seus filhos".
 

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