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09/03/2007
-
21h19
da BBC, de Buenos Aires
A visita do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à Argentina, e em seguida à Bolívia, ofusca a repercussão da viagem que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, iniciou por cinco países da América Latina, começando pelo Brasil, na quinta-feira.
Chávez desembarcou em Buenos Aires no fim da noite de quinta-feira, para liderar nesta sexta-feira um comício contra a presença de Bush na região.
"É coincidência que minha viagem ocorra ao mesmo tempo que Mister Bush está na América Latina", repetiu Chávez nas últimas horas.
As principais emissoras de televisão da Argentina mostraram, ao vivo, o desembarque do presidente venezuelano, recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Taiana.
Chávez visita a Argentina por menos de 48 horas e, a partir de sábado, estará na Bolívia dois países excluídos do giro de Bush.
Fora Bush
Os organizadores do comício contra a presença de Bush, no estádio de futebol Ferro Carril Oeste, em Buenos Aires, afirmaram que este será um ato de repúdio ao "imperialismo".
A presidente da entidade Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, que será oradora ao lado de Chávez, disse: "Todos juntos vamos gritar 'fora Bush'".
Ao mesmo tempo, a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) divulgou comunicado pedindo a participação "massiva" da população no encontro que tem o lema "Pela unidade da América Latina, bem-vindo presidente Chávez e fora o imperialista Bush".
A manifestação conta com apoio de diferentes movimentos sociais, entre eles os chamados "piqueteiros" (desempregados), simpatizantes do governo do presidente Nestor Kirchner, como admitiram fontes da Casa Rosada.
Acordos bilaterais
Antes do comício, Kirchner e Chávez deverão assinar uma nova série de acordos bilaterais, incluindo entendimentos na área energética.
Nesta visita, Chávez e seus ministros do Planejamento, Rafael Ramírez Caneño, e da Agricultura, Elias Jaua, discutirão ainda a proposta de criação do "Banco do Sul" (semelhante ao BNDES --Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-- do Brasil) e a transferência de tecnologia para plantação de soja na Venezuela.
Por medida de segurança, como afirmou-se na embaixada venezuelana na Argentina, foi mantido mistério sobre o restante da agenda de Chávez.
Especula-se que ele visitará uma fábrica, Sancor, que recebeu US$ 135 milhões dos cofres da Venezuela.
A presença de Chávez na Argentina levou representantes da oposição, como os ex-ministros da Economia Roberto Lavagna e Ricardo López Murphy, a criticarem a "falta de oportunidade" de Kirchner de transformar o país em símbolo "anti-Bush" e "anti-Estados Unidos".
Um empresário americano, que vive em Buenos Aires e pediu anonimato, desabafou: "Estou cansado de escutar tanta agressividade contra meu país. Não é possível que ninguém aqui faça nada".
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Na Argentina, Chávez ofusca visita de Bush ao Brasil
MARCIA CARMOda BBC, de Buenos Aires
A visita do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à Argentina, e em seguida à Bolívia, ofusca a repercussão da viagem que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, iniciou por cinco países da América Latina, começando pelo Brasil, na quinta-feira.
Chávez desembarcou em Buenos Aires no fim da noite de quinta-feira, para liderar nesta sexta-feira um comício contra a presença de Bush na região.
"É coincidência que minha viagem ocorra ao mesmo tempo que Mister Bush está na América Latina", repetiu Chávez nas últimas horas.
As principais emissoras de televisão da Argentina mostraram, ao vivo, o desembarque do presidente venezuelano, recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Taiana.
Chávez visita a Argentina por menos de 48 horas e, a partir de sábado, estará na Bolívia dois países excluídos do giro de Bush.
Fora Bush
Os organizadores do comício contra a presença de Bush, no estádio de futebol Ferro Carril Oeste, em Buenos Aires, afirmaram que este será um ato de repúdio ao "imperialismo".
A presidente da entidade Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, que será oradora ao lado de Chávez, disse: "Todos juntos vamos gritar 'fora Bush'".
Ao mesmo tempo, a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) divulgou comunicado pedindo a participação "massiva" da população no encontro que tem o lema "Pela unidade da América Latina, bem-vindo presidente Chávez e fora o imperialista Bush".
A manifestação conta com apoio de diferentes movimentos sociais, entre eles os chamados "piqueteiros" (desempregados), simpatizantes do governo do presidente Nestor Kirchner, como admitiram fontes da Casa Rosada.
Acordos bilaterais
Antes do comício, Kirchner e Chávez deverão assinar uma nova série de acordos bilaterais, incluindo entendimentos na área energética.
Nesta visita, Chávez e seus ministros do Planejamento, Rafael Ramírez Caneño, e da Agricultura, Elias Jaua, discutirão ainda a proposta de criação do "Banco do Sul" (semelhante ao BNDES --Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-- do Brasil) e a transferência de tecnologia para plantação de soja na Venezuela.
Por medida de segurança, como afirmou-se na embaixada venezuelana na Argentina, foi mantido mistério sobre o restante da agenda de Chávez.
Especula-se que ele visitará uma fábrica, Sancor, que recebeu US$ 135 milhões dos cofres da Venezuela.
A presença de Chávez na Argentina levou representantes da oposição, como os ex-ministros da Economia Roberto Lavagna e Ricardo López Murphy, a criticarem a "falta de oportunidade" de Kirchner de transformar o país em símbolo "anti-Bush" e "anti-Estados Unidos".
Um empresário americano, que vive em Buenos Aires e pediu anonimato, desabafou: "Estou cansado de escutar tanta agressividade contra meu país. Não é possível que ninguém aqui faça nada".
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