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Ataque coordenado deixa pelo menos 12 mortos em Cabul
da BBC Brasil
Pelo menos 12 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas nesta segunda-feira (18) em uma série de ataques coordenados realizada por um grupo de atiradores e homens-bomba ligados ao Taleban no centro da capital do Afeganistão, Cabul.
Testemunhas afirmam ter visto combates entre atiradores talebans e forças de segurança até o começo da noite (horário local) perto do Hotel Serena e do palácio presidencial, apesar de o presidente afegão, Hamid Karzai, ter dito que a segurança já havia sido restabelecida.
Em comunicado, o Taleban afirmou que 20 de seus homens participaram do ataque em Cabul. Dois civis e três membros das forças de segurança afegãs morreram e 71 outros ficaram feridos, segundo as autoridades. Sete militantes talebans também morreram, segundo o ministro do Interior, Mohammad Hanif Atmar.
A onda de atentados foi a mais recente de uma série de ataques cada vez mais ousados à capital afegã. Um comunicado no site do Taleban afirmou que os alvos eram prédios do governo e o Hotel Serena.
O chefe das forças americanas no Afeganistão, general Stanley McChrystal, elogiou o trabalho das forças de segurança nos ataques desta segunda-feira e condenou a ação do Taleban.
"Os atentados do Taleban hoje em Cabul são mais um exemplo da brutalidade do grupo e de seu desprezo pelo povo afegão", afirmou ele, em declaração emitida pela força da Otan no país.
Segundo autoridades, os militantes estavam armados com lançadores de granada e armas leves. Quatro atacaram um shopping center perto do Hotel Serena e do palácio presidencial.
A 400 metros de distância, dois talebans atacaram um cinema e morreram no local. Logo depois, duas explosões foram ouvidas perto dali.
Segurança
O representante especial do governo americano para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke, afirmou que "não era surpresa que o Taleban fizesse esse tipo de coisa. Eles estão desesperados, não têm limites".
A embaixada dos Estados Unidos em Cabul afirmou que o desprezo do Taleban por vidas afegãs é "deplorável".
O Afeganistão tem sido palco de ataques violentos desde o processo eleitoral de agosto, com denúncias de fraude, e que levaram o presidente, Hamid Karzai, a tomar posse depois do cancelamento do segundo turno.
Além da violência gerada a partir da polêmica do pleito eleitoral, a milícia Taleban disse que vai intensificar sua resistência no Afeganistão, após o anúncio do envio de mais 30 mil soldados americanos ao país feito pelo presidente Barack Obama em dezembro.
Em um comunicado divulgado à imprensa nesta segunda-feira, o Taleban afirmou que a estratégia dos Estados Unidos não vai funcionar e que as tropas estrangeiras vão sofrer grandes baixas como consequência.
A milícia fundamentalista islâmica governou o país até 2001, quando foi afastada numa ofensiva militar liderada pelos Estados Unidos.
Desde então, tropas da Otan permanecem no país lutando contra os focos de insurgência do Taleban.
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