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04/02/2001
-
09h02
FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) saíram vitoriosos na primeira semana da convocação extraordinária na acirrada disputa pelas presidências do Senado e da Câmara.
Jader foi nomeado candidato oficial do PMDB, recebeu o apoio formal dos 14 senadores do PSDB e de dois do PPB. Aécio conquistou a adesão do PPB, que tem uma bancada de 48 deputados.
Apesar da vantagem obtida por esses dois candidatos, a semana do dia 5 ao dia 9 é decisiva e pode haver alteração no cenário. Na terça-feira, o PT deve decidir qual rumo tomar na Câmara. Com 56 deputados, a sigla está propensa a lançar candidato próprio.
A decisão do PT é consequência da recusa do PFL em apoiar o candidato de oposição a presidente do Senado, Jefferson Péres (PDT-AM). Além disso, os deputados estaduais do PT na Bahia consideram-se perseguidos pelos pefelistas na Assembléia Legislativa daquele Estado. A Mesa Diretora, de maioria pefelista, prorrogou o próprio mandato com uma canetada, desagradando os petistas, que recorreram à Justiça.
Na quarta-feira, um dia depois de o PT se decidir, o deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE) aguarda a renúncia de Nelson Marquezelli (PTB-SP) a seu favor na eleição para a presidente da Câmara, marcada para o dia 14.
Se este cenário se confirmar, Inocêncio terá que se fiar apenas em traições de outros partidos, pois do ponto de vista formal estará longe de uma vitória.
Aécio tem o compromisso de receber votos de dois partidos considerados grandes (PSDB e PMDB) e um médio (PPB). Juntos, os três têm 253 deputados.
Para ser eleito em primeiro turno, o candidato tem de obter 50% mais um dos votos dos presentes na sessão. Como o quórum costuma ser muito alto nessas ocasiões, o mínimo para ser eleito, com segurança, é 250 votos.
A votação é secreta. Com exceção do PT, a maioria dos partidos costuma votar de forma fragmentada. É nessa hipótese que Inocêncio Oliveira aposta.
A maior esperança do pefelista para virar o jogo era o apoio formal do PT, que lhe garantiria 56 votos. Confirmada a decisão petista de lançar candidato próprio, Inocêncio e Aécio passam a disputar votos num universo menor, de apenas 457 parlamentares.
A ser mantido o atual cenário, apenas dois concorrem dia 14 _Jader Barbalho e Jefferson Péres. Senadores de oposição declararam que podem abdicar da candidatura de Péres se surgir um nome de consenso a partir de alguma sigla governista.
O principal articulador da escolha desse terceiro nome foi o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), inimigo de Jader. Ocorre que todas as tentativas de ACM falharam.
Os adversários de Jader esperam o surgimento de alguém do PSDB ou do PFL disposto a disputar contra o peemedebista.
Essas hipóteses não são impossíveis, mas improváveis. O PSDB tomou uma decisão partidária ao apoiar Jader. Seria necessário que algum tucano se rebelasse contra a sigla para ser candidato avulso. No caso do PFL, até ACM reconhece que um candidato da sigla seria um último recurso.
Jader e Aécio saem na frente em disputa no Congresso
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da Folha de S.Paulo
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) saíram vitoriosos na primeira semana da convocação extraordinária na acirrada disputa pelas presidências do Senado e da Câmara.
Jader foi nomeado candidato oficial do PMDB, recebeu o apoio formal dos 14 senadores do PSDB e de dois do PPB. Aécio conquistou a adesão do PPB, que tem uma bancada de 48 deputados.
Apesar da vantagem obtida por esses dois candidatos, a semana do dia 5 ao dia 9 é decisiva e pode haver alteração no cenário. Na terça-feira, o PT deve decidir qual rumo tomar na Câmara. Com 56 deputados, a sigla está propensa a lançar candidato próprio.
A decisão do PT é consequência da recusa do PFL em apoiar o candidato de oposição a presidente do Senado, Jefferson Péres (PDT-AM). Além disso, os deputados estaduais do PT na Bahia consideram-se perseguidos pelos pefelistas na Assembléia Legislativa daquele Estado. A Mesa Diretora, de maioria pefelista, prorrogou o próprio mandato com uma canetada, desagradando os petistas, que recorreram à Justiça.
Na quarta-feira, um dia depois de o PT se decidir, o deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE) aguarda a renúncia de Nelson Marquezelli (PTB-SP) a seu favor na eleição para a presidente da Câmara, marcada para o dia 14.
Se este cenário se confirmar, Inocêncio terá que se fiar apenas em traições de outros partidos, pois do ponto de vista formal estará longe de uma vitória.
Aécio tem o compromisso de receber votos de dois partidos considerados grandes (PSDB e PMDB) e um médio (PPB). Juntos, os três têm 253 deputados.
Para ser eleito em primeiro turno, o candidato tem de obter 50% mais um dos votos dos presentes na sessão. Como o quórum costuma ser muito alto nessas ocasiões, o mínimo para ser eleito, com segurança, é 250 votos.
A votação é secreta. Com exceção do PT, a maioria dos partidos costuma votar de forma fragmentada. É nessa hipótese que Inocêncio Oliveira aposta.
A maior esperança do pefelista para virar o jogo era o apoio formal do PT, que lhe garantiria 56 votos. Confirmada a decisão petista de lançar candidato próprio, Inocêncio e Aécio passam a disputar votos num universo menor, de apenas 457 parlamentares.
A ser mantido o atual cenário, apenas dois concorrem dia 14 _Jader Barbalho e Jefferson Péres. Senadores de oposição declararam que podem abdicar da candidatura de Péres se surgir um nome de consenso a partir de alguma sigla governista.
O principal articulador da escolha desse terceiro nome foi o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), inimigo de Jader. Ocorre que todas as tentativas de ACM falharam.
Os adversários de Jader esperam o surgimento de alguém do PSDB ou do PFL disposto a disputar contra o peemedebista.
Essas hipóteses não são impossíveis, mas improváveis. O PSDB tomou uma decisão partidária ao apoiar Jader. Seria necessário que algum tucano se rebelasse contra a sigla para ser candidato avulso. No caso do PFL, até ACM reconhece que um candidato da sigla seria um último recurso.
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