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06/02/2001
-
19h49
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
Integrantes do MST de Santa Catarina destruíram hoje dois hectares de uma plantação de soja que, segundo os sem-terra, seria transgênica.
A ação aconteceu um dia após a visita de João Pedro Stedile, ideólogo do MST, ao Estado. Ele anunciou uma ofensiva contra os alimentos geneticamente modificados.
O ataque aos transgênicos entrou na pauta dos sem-terra já no fim do ano passado, com ações em Pernambuco, mas foi durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, semana passada, que o MST empunhou oficialmente a nova bandeira. Com o líder agrário francês José Bové, o MST destruiu uma lavoura de pesquisa da multinacional Monsanto.
Cerca de cem pessoas participaram do ato, que ocorreu em uma pequena propriedade rural em Linha Simonete, em Chapecó (630 km a oeste de Florianópolis). Estudantes de agronomia, membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Movimento de Mulheres Agricultoras também estiveram presentes.
O proprietário da plantação é Neuro Zanrosso, que estava no Mato Grosso do Sul e não foi localizado. Nenhuma administrador falou em seu lugar. A área total plantada era de três hectares. Dois hectares foram destruídos.
O MST informou que concluiu que a lavoura era transgênica porque, na semana passada, integrantes do movimento teriam aplicado um herbicida nas plantas que reagiria caso a plantação não fosse geneticamente modificada.
O diretor-técnico da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), Gilmar Jacobowski, afirmou que existe um tipo de herbicida que mata a soja não-transgênica, mas não soube dizer se os sem-terra têm acesso a ele.
A Polícia Militar de Chapecó informou que não foi acionada para intervir na ação. Os manifestantes deixaram o local logo após arrancarem a soja.
As lideranças do MST em Santa Catarina prometem novas ações em supostas áreas de plantação transgênica no Estado nos próximos dias.
De acordo com Jacobowski, nenhuma propriedade rural catarinense tem autorização para produzir alimentos transgênicos para fins comerciais.
"O que existe são pequenas unidades de pesquisa que algumas empresas de sementes mantém para fins científicos. Fora isso nenhuma propriedade rural tem permissão para plantar transgênicos", afirmou Jacobowski.
MST destrói em SC plantação de soja considerada transgênica
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da Agência Folha
Integrantes do MST de Santa Catarina destruíram hoje dois hectares de uma plantação de soja que, segundo os sem-terra, seria transgênica.
A ação aconteceu um dia após a visita de João Pedro Stedile, ideólogo do MST, ao Estado. Ele anunciou uma ofensiva contra os alimentos geneticamente modificados.
O ataque aos transgênicos entrou na pauta dos sem-terra já no fim do ano passado, com ações em Pernambuco, mas foi durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, semana passada, que o MST empunhou oficialmente a nova bandeira. Com o líder agrário francês José Bové, o MST destruiu uma lavoura de pesquisa da multinacional Monsanto.
Cerca de cem pessoas participaram do ato, que ocorreu em uma pequena propriedade rural em Linha Simonete, em Chapecó (630 km a oeste de Florianópolis). Estudantes de agronomia, membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Movimento de Mulheres Agricultoras também estiveram presentes.
O proprietário da plantação é Neuro Zanrosso, que estava no Mato Grosso do Sul e não foi localizado. Nenhuma administrador falou em seu lugar. A área total plantada era de três hectares. Dois hectares foram destruídos.
O MST informou que concluiu que a lavoura era transgênica porque, na semana passada, integrantes do movimento teriam aplicado um herbicida nas plantas que reagiria caso a plantação não fosse geneticamente modificada.
O diretor-técnico da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), Gilmar Jacobowski, afirmou que existe um tipo de herbicida que mata a soja não-transgênica, mas não soube dizer se os sem-terra têm acesso a ele.
A Polícia Militar de Chapecó informou que não foi acionada para intervir na ação. Os manifestantes deixaram o local logo após arrancarem a soja.
As lideranças do MST em Santa Catarina prometem novas ações em supostas áreas de plantação transgênica no Estado nos próximos dias.
De acordo com Jacobowski, nenhuma propriedade rural catarinense tem autorização para produzir alimentos transgênicos para fins comerciais.
"O que existe são pequenas unidades de pesquisa que algumas empresas de sementes mantém para fins científicos. Fora isso nenhuma propriedade rural tem permissão para plantar transgênicos", afirmou Jacobowski.
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