Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/02/2001 - 03h35

Bornhausen diz disputar só em último caso

Publicidade

RAQUEL ULHÔA e LUIZA DAMÉ, da Folha de S.Paulo

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), afirmou ontem que continuam as articulações em busca de um nome para disputar a presidência do Senado com os candidatos Jader Barbalho (PMDB-PA) e Jefferson Péres (PDT-AM).

Bornhausen confirmou que só será candidato em último caso, para manter a unidade do PFL, se a terceira via for inviável.

"A minha posição é a de guardião da unidade do partido. O presidente do partido tem a responsabilidade de manter os 21 senadores unidos. Esse ônus é do presidente do partido", disse o senador catarinense.
"Mas estou com o firme propósito de buscar a terceira via", completou Bornhausen.

Apesar da cautela do presidente do partido, a cúpula do PFL no Senado ficou eufórica ao tomar conhecimento do nervosismo que tomou conta do PMDB com a notícia do suposto lançamento de Bornhausen.

Inocêncio
Já o candidato do PFL à presidência da Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse que o anúncio da eventual candidatura de Bornhausen tem o propósito de forçar a terceira via.

A possibilidade de seu partido lançar candidato próprio no Senado prejudica as articulações de Inocêncio na Câmara.

"O PFL não vai lançar candidato no Senado. O que o Bornhausen disse é que, se não tiver ninguém de outro partido, o Jader não corre sozinho", disse.

Inocêncio voltou a insistir na tese de que o PFL deveria apoiar o candidato da oposição no Senado, Jefferson Péres, para, em troca, receber o apoio da oposição na Câmara. "Eu sou um adepto de Jefferson Péres. Ele pode ser o caminho", afirmou Inocêncio.

A hipótese de apoiar o candidato do PDT, por enquanto, é descartada pela cúpula pefelista. "A maioria dos senadores quer um terceiro nome", afirmou Bornhausen. Os alvos preferidos para buscar a terceira via são as bancadas do PSDB e do PMDB.

ACM
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), se reuniu ontem com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo ACM, ele foi ao Palácio da Alvorada agradecer uma carta que FHC lhe enviou saudando-o pelo fim do mandato.

O senador e o presidente não se falavam havia mais de 20 dias e estão afastados por conta da disputa no Congresso.

ACM afirmou que não tem nenhuma restrição ao nome de Bornhausen, mas disse que o objetivo do PFL é buscar outro candidato com chance de vitória.

"Ele próprio tem dito que será candidato para ter 21 votos (os da bancada toda do PFL). Mas nosso propósito é aglutinar mais votos. E posso dizer que temos um candidato para nos levar à posição de vitória", disse ACM.

Balões de ensaio
A cúpula do PFL mantém segredo sobre nomes, mas vários balões de ensaio têm sido lançados nos últimos dias. Ontem, nos bastidores, foram relembrados os dos peemedebistas José Fogaça (RS) e José Sarney (AP), que já haviam sido descartados.

Hoje, Bornhausen terá encontro com Sarney em São Paulo, onde o ex-presidente se recupera de uma cirurgia de extração da vesícula.

Segundo os cálculos do PFL, no caso de haver três candidatos disputando, qualquer um que obtenha 33 votos ganha a eleição. No Senado, não existe segundo turno para eleição da Mesa nem há necessidade de maioria
absoluta dos votos, como ocorre na Câmara. Ao todo, são 81 senadores.

A decisão final do PFL deverá ser anunciada somente na próxima terça-feira, véspera da eleição, quando a bancada se reúne para bater o martelo. Há possibilidade de o mistério ser mantido até o próprio dia 14.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página