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09/02/2001
-
03h36
da Folha de S.Paulo
O senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) se encontra hoje em São Paulo com o também senador José Sarney (PMDB-AP) para pedir a sua influência na sucessão da presidência do Senado.
O PFL quer que Sarney, que se recupera de uma cirurgia na vesícula biliar, tente um acordo com o candidato do PMDB à presidência do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Sarney já recusou pedidos similares nos últimos meses. O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), insistiu sem sucesso para que Sarney se lançasse candidato contra Jader.
Sarney não se lançou, entre outros motivos, porque considerou que o veto de ACM contra Jader era pessoal.
Hoje Bornhausen deve argumentar que a disputa na presidência do Senado pode dividir a base governista.
Bornhausen acredita que o PFL sairá isolado da disputa pois não pode
votar em Jader, em razão dos ataques de ACM, e nem no candidato das oposições, Jefferson Péres (PDT-AM), porque o partido quer continuar com os seus cargos federais.
Sobra ao PFL a alternativa de lançar candidato próprio, o próprio Bornhausen, mas sem chances de vitória, segundo as estimativas do partido.
Um cenário provável da disputa no Senado, segundo avaliações da cúpula pefelista, seria o enfraquecimento das alas favoráveis a Antonio Carlos Magalhães (pela possível vitória de Jader) e do próprio Bornhausen (devido a sua derrota na disputa).
Além disto, há o risco real do candidato pefelista na Câmara, Inocênio Oliveira, ser derrotado na disputa pela presidência da Câmara pelo candidato tucano Aécio Neves. Aécio é apoiado na Câmara pelo PMDB em troca do apoio dos tucanos a Jader.
O temor do PFL é que as possíveis vitórias do PMDB e do PSDB diminuam o poder do partido numa futura reforma ministerial e até nas composições da chapa para a eleição presidencial de 2002.
Embora esteja no PMDB desde 1985, Sarney tem grande influência no PFL. Sua filha, governadora Roseana Sarney, e o seu filho, o ministro José Sarney Filho, fizeram suas carreiras no PFL.
Unidade
A alternativa favorita da cúpula pefelista ainda seria o improvável lançamento da candidatura de Sarney contra Jader.
Os pefelistas acreditam que, se Sarney se candidatar, Jader retiraria a sua candidatura em nome do consenso e da unidade da base governista.
Assessores de Sarney informam que dificilmente ele se candidataria depois de ter recusado várias vezes as pressões de ACM.
Outra opção seria uma articulação de Sarney a favor de Bornhausen ou de um outro candidato que não seja nem Jader nem Péres. Estima-se que Sarney tenha influência sobre cinco dos 21 votos do PMDB no Senado.
Os pefelistas não acreditam que Sarney possa reverter a vantagem do peemedebista, mas a sua atuação iria impedir que a vitória de Jader fosse tranquila.
Além de visitar Sarney, Bornhausen se encontra com o governador licenciado de São Paulo, Mário Covas.
(THOMAS TRAUMANN)
Pefelista quer influência de Sarney no Senado
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O senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) se encontra hoje em São Paulo com o também senador José Sarney (PMDB-AP) para pedir a sua influência na sucessão da presidência do Senado.
O PFL quer que Sarney, que se recupera de uma cirurgia na vesícula biliar, tente um acordo com o candidato do PMDB à presidência do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Sarney já recusou pedidos similares nos últimos meses. O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), insistiu sem sucesso para que Sarney se lançasse candidato contra Jader.
Sarney não se lançou, entre outros motivos, porque considerou que o veto de ACM contra Jader era pessoal.
Hoje Bornhausen deve argumentar que a disputa na presidência do Senado pode dividir a base governista.
Bornhausen acredita que o PFL sairá isolado da disputa pois não pode
votar em Jader, em razão dos ataques de ACM, e nem no candidato das oposições, Jefferson Péres (PDT-AM), porque o partido quer continuar com os seus cargos federais.
Sobra ao PFL a alternativa de lançar candidato próprio, o próprio Bornhausen, mas sem chances de vitória, segundo as estimativas do partido.
Um cenário provável da disputa no Senado, segundo avaliações da cúpula pefelista, seria o enfraquecimento das alas favoráveis a Antonio Carlos Magalhães (pela possível vitória de Jader) e do próprio Bornhausen (devido a sua derrota na disputa).
Além disto, há o risco real do candidato pefelista na Câmara, Inocênio Oliveira, ser derrotado na disputa pela presidência da Câmara pelo candidato tucano Aécio Neves. Aécio é apoiado na Câmara pelo PMDB em troca do apoio dos tucanos a Jader.
O temor do PFL é que as possíveis vitórias do PMDB e do PSDB diminuam o poder do partido numa futura reforma ministerial e até nas composições da chapa para a eleição presidencial de 2002.
Embora esteja no PMDB desde 1985, Sarney tem grande influência no PFL. Sua filha, governadora Roseana Sarney, e o seu filho, o ministro José Sarney Filho, fizeram suas carreiras no PFL.
Unidade
A alternativa favorita da cúpula pefelista ainda seria o improvável lançamento da candidatura de Sarney contra Jader.
Os pefelistas acreditam que, se Sarney se candidatar, Jader retiraria a sua candidatura em nome do consenso e da unidade da base governista.
Assessores de Sarney informam que dificilmente ele se candidataria depois de ter recusado várias vezes as pressões de ACM.
Outra opção seria uma articulação de Sarney a favor de Bornhausen ou de um outro candidato que não seja nem Jader nem Péres. Estima-se que Sarney tenha influência sobre cinco dos 21 votos do PMDB no Senado.
Os pefelistas não acreditam que Sarney possa reverter a vantagem do peemedebista, mas a sua atuação iria impedir que a vitória de Jader fosse tranquila.
Além de visitar Sarney, Bornhausen se encontra com o governador licenciado de São Paulo, Mário Covas.
(THOMAS TRAUMANN)
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