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12/02/2001
-
00h12
da Folha de S.Paulo
Um grupo de deputados quer o uso de urnas eletrônicas na eleição para a presidência da Câmara, que vai ocorrer no dia 14 de fevereiro, mesmo dia da eleição para a direção do Senado.
O argumento principal dos que defendem a urna eletrônica é o sigilo do voto. A votação para a escolha do presidente e demais cargos da Mesa Diretora é feita por cédulas individuais.
A proposta formal de votação eletrônica foi feita pelo deputado João Caldas (PL-AL) e recebeu o apoio do candidato dos partidos de oposição, Aloizio Mercadante (PT-SP).
"Nós não pregamos lisura e transparência do eleitor? Por que não adotamos o mesmo método na eleição dentro da Casa?", argumenta o deputado.
Identificação
A forma de votação pode identificar o voto do deputado. São formadas filas enormes em frente às duas cabines de votação no plenário, que são protegidas apenas por uma cortina que raramente é fechada.
Grupos de deputados se formam nas cabines no tumulto para votar e, com isso, é possível ver a escolha do parlamentar que está votando.
Os nomes dos deputados que concorrem ficam em papéis separados (chamados de cédulas individuais) que são colocados em envelopes pelo parlamentar.
"Arapongas"
"Há cerceamento e identificação de votos. Quantos arapongas não vão ficar ao lado da cabine?", questionou Caldas.
Para Mercadante, o voto em cédulas é mais um instrumento de controle do governo de sua base de sustentação, porque permite o controle visual dos votos.
"O país acaba de sair de uma eleição totalmente informatizada. Não há justificativa para que a eleição na Câmara seja por cédulas", afirmou o deputado.
O painel eletrônico de votações permite eleições secretas, sem que o voto do parlamentar seja identificado, mas a Secretaria Geral da Mesa desistiu de realizar a eleição por esse meio.
"Tivemos receio de mudar o procedimento eleitoral em uma eleição tão disputada como essa", afirmou o secretário-geral, Mozart Viana.
Segundo o secretário-geral, foram feitos estudos para a implantação de um programa para a eleição, mas a necessidade de várias votações na disputa dificultou o procedimento.
Outro obstáculo seria o regimento interno da Casa. A norma diz que a eleição será por cédula.
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Deputados defendem uso de urna eletrônica em votação na Câmara
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Um grupo de deputados quer o uso de urnas eletrônicas na eleição para a presidência da Câmara, que vai ocorrer no dia 14 de fevereiro, mesmo dia da eleição para a direção do Senado.
O argumento principal dos que defendem a urna eletrônica é o sigilo do voto. A votação para a escolha do presidente e demais cargos da Mesa Diretora é feita por cédulas individuais.
A proposta formal de votação eletrônica foi feita pelo deputado João Caldas (PL-AL) e recebeu o apoio do candidato dos partidos de oposição, Aloizio Mercadante (PT-SP).
"Nós não pregamos lisura e transparência do eleitor? Por que não adotamos o mesmo método na eleição dentro da Casa?", argumenta o deputado.
Identificação
A forma de votação pode identificar o voto do deputado. São formadas filas enormes em frente às duas cabines de votação no plenário, que são protegidas apenas por uma cortina que raramente é fechada.
Grupos de deputados se formam nas cabines no tumulto para votar e, com isso, é possível ver a escolha do parlamentar que está votando.
Os nomes dos deputados que concorrem ficam em papéis separados (chamados de cédulas individuais) que são colocados em envelopes pelo parlamentar.
"Arapongas"
"Há cerceamento e identificação de votos. Quantos arapongas não vão ficar ao lado da cabine?", questionou Caldas.
Para Mercadante, o voto em cédulas é mais um instrumento de controle do governo de sua base de sustentação, porque permite o controle visual dos votos.
"O país acaba de sair de uma eleição totalmente informatizada. Não há justificativa para que a eleição na Câmara seja por cédulas", afirmou o deputado.
O painel eletrônico de votações permite eleições secretas, sem que o voto do parlamentar seja identificado, mas a Secretaria Geral da Mesa desistiu de realizar a eleição por esse meio.
"Tivemos receio de mudar o procedimento eleitoral em uma eleição tão disputada como essa", afirmou o secretário-geral, Mozart Viana.
Segundo o secretário-geral, foram feitos estudos para a implantação de um programa para a eleição, mas a necessidade de várias votações na disputa dificultou o procedimento.
Outro obstáculo seria o regimento interno da Casa. A norma diz que a eleição será por cédula.
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