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13/02/2001
-
03h45
ANDRÉA MICHAEL, da Folha de S.Paulo, em Brasília
O peemedebista José Fogaça (RS) reafirmou ontem que não será a terceira via pretendida pelo PFL para concorrer com Jader Barbalho (PMDB-PA) pela presidência do Senado. A negativa de Fogaça praticamente não deixa alternativas ao PFL, que deverá optar por uma solução caseira, o senador José Agripino (PFL-RN).
"Se quiserem mudar esse quadro, a proposta tem que vir do PMDB. Mas até hoje nenhuma alma (do PMDB) viva ou morta falou comigo a esse respeito", declarou Fogaça.
Lançando Agripino, o PFL poupa seu presidente, senador Jorge Bornhausen (SC), de um possível constrangimento caso a candidatura pefelista não consiga contabilizar em seu favor os 21 votos da bancada no Senado. "Se for uma missão partidária, não há por que não aceitar", afirmou Agripino.
Nas contas do PFL, Fogaça poderia chegar a 40 votos, contra os 35 esperados para um nome do próprio partido.
"Probabilidade de vitória não me interessa. O partido é permanente, e a presidência do Senado é transitória", disse Fogaça. Fogaça referia-se à reunião realizada no dia 30 de janeiro, que referendou o nome de Jader Barbalho como o candidato do PMDB para disputar a sucessão no Senado. Na ocasião, o senador gaúcho se absteve.
Apesar da negativa do gaúcho, as articulações em torno de seu nome prosseguiam ontem.
A Folha apurou que o senador Roberto Requião (PMDB-PR) telefonou para o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva, perguntando se seria viável que a oposição apoiasse a candidatura do gaúcho. Ontem, a líder do bloco de oposição no Senado, Heloisa Helena (PT-AL), procurou Fogaça, que disse que não será candidato.
Nos bastidores também é apontada a interferência do ex-governador gaúcho Antônio Britto, que estaria telefonando reservadamente para senadores pedindo votos no conterrâneo.
Se, apesar de toda essa movimentação, não contarem com Fogaça como seu candidato, os pefelistas esperam ter o voto do senador gaúcho e de José Sarney (PMDB-AP) -que de quebra pode levar o apoio de Gilvam Borges (PMDB-AP) e João Alberto (PMDB-MA).
Entre os tucanos, a cúpula do PFL espera contar também com Osmar Dias (PR) e Lúcio Alcântara (CE), que só não se apresentou como opção pefelista porque o PSDB vetou.
Ainda nas contas dos 35 votos que espera obter, o PFL incluiu Arlindo Porto (PTB), o sem partido Luiz Otávio (PA) e os pepebistas Leomar Quintanilha (TO) e Matusalém Fernandes (RO).
Na noite de domingo, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), recebeu em sua casa, em Brasília, a visita dos senadores pefelistas Bornhausen, Agripino, José Jorge (PE) e Hugo Napoleão (PI).
ACM foi informado pelos interlocutores da proposta de adiar as eleições na Câmara. Aceitou. Mas não quis nem ouvir falar em retardar o pleito no Senado.
ACM continua fora da decisão sobre a titularidade da terceira via. Bornhausen é quem vai decidir. No lado peemedebista, Jader conduz o processo para evitar dissidências e cabalar o voto dos 12 indecisos apontados pela pesquisa Datafolha, publicada domingo.
"Vai haver muita catimba, muito dedo no olho e cuspe na cara, mas nada que mude o andar da carruagem", disse o senador Romero Jucá (PSDB-RO), aliado de Jader. "Muitas vezes, o cavalo tropeça ou o cavaleiro cai na reta final", afirmou Bornhausen.
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Pefelistas podem optar por solução caseira
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O peemedebista José Fogaça (RS) reafirmou ontem que não será a terceira via pretendida pelo PFL para concorrer com Jader Barbalho (PMDB-PA) pela presidência do Senado. A negativa de Fogaça praticamente não deixa alternativas ao PFL, que deverá optar por uma solução caseira, o senador José Agripino (PFL-RN).
"Se quiserem mudar esse quadro, a proposta tem que vir do PMDB. Mas até hoje nenhuma alma (do PMDB) viva ou morta falou comigo a esse respeito", declarou Fogaça.
Lançando Agripino, o PFL poupa seu presidente, senador Jorge Bornhausen (SC), de um possível constrangimento caso a candidatura pefelista não consiga contabilizar em seu favor os 21 votos da bancada no Senado. "Se for uma missão partidária, não há por que não aceitar", afirmou Agripino.
Nas contas do PFL, Fogaça poderia chegar a 40 votos, contra os 35 esperados para um nome do próprio partido.
"Probabilidade de vitória não me interessa. O partido é permanente, e a presidência do Senado é transitória", disse Fogaça. Fogaça referia-se à reunião realizada no dia 30 de janeiro, que referendou o nome de Jader Barbalho como o candidato do PMDB para disputar a sucessão no Senado. Na ocasião, o senador gaúcho se absteve.
Apesar da negativa do gaúcho, as articulações em torno de seu nome prosseguiam ontem.
A Folha apurou que o senador Roberto Requião (PMDB-PR) telefonou para o líder petista Luiz Inácio Lula da Silva, perguntando se seria viável que a oposição apoiasse a candidatura do gaúcho. Ontem, a líder do bloco de oposição no Senado, Heloisa Helena (PT-AL), procurou Fogaça, que disse que não será candidato.
Nos bastidores também é apontada a interferência do ex-governador gaúcho Antônio Britto, que estaria telefonando reservadamente para senadores pedindo votos no conterrâneo.
Se, apesar de toda essa movimentação, não contarem com Fogaça como seu candidato, os pefelistas esperam ter o voto do senador gaúcho e de José Sarney (PMDB-AP) -que de quebra pode levar o apoio de Gilvam Borges (PMDB-AP) e João Alberto (PMDB-MA).
Entre os tucanos, a cúpula do PFL espera contar também com Osmar Dias (PR) e Lúcio Alcântara (CE), que só não se apresentou como opção pefelista porque o PSDB vetou.
Ainda nas contas dos 35 votos que espera obter, o PFL incluiu Arlindo Porto (PTB), o sem partido Luiz Otávio (PA) e os pepebistas Leomar Quintanilha (TO) e Matusalém Fernandes (RO).
Na noite de domingo, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), recebeu em sua casa, em Brasília, a visita dos senadores pefelistas Bornhausen, Agripino, José Jorge (PE) e Hugo Napoleão (PI).
ACM foi informado pelos interlocutores da proposta de adiar as eleições na Câmara. Aceitou. Mas não quis nem ouvir falar em retardar o pleito no Senado.
ACM continua fora da decisão sobre a titularidade da terceira via. Bornhausen é quem vai decidir. No lado peemedebista, Jader conduz o processo para evitar dissidências e cabalar o voto dos 12 indecisos apontados pela pesquisa Datafolha, publicada domingo.
"Vai haver muita catimba, muito dedo no olho e cuspe na cara, mas nada que mude o andar da carruagem", disse o senador Romero Jucá (PSDB-RO), aliado de Jader. "Muitas vezes, o cavalo tropeça ou o cavaleiro cai na reta final", afirmou Bornhausen.
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