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14/02/2001
-
03h38
da Folha de S.Paulo
Na véspera das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, Fernando Henrique Cardoso pediu aos prováveis vencedores, PMDB e PSDB, que não aprofundem o isolamento do PFL, que deve ser derrotado hoje.
FHC avalia que, hoje, o resultado que mais lhe favorece é a vitória de Jader Barbalho (PMDB-PA) no Senado e Aécio Neves (PSDB-MG) na Câmara.
Tanto que o Palácio do Planalto trabalhou nos últimos dias para evitar surpresa, instruindo aliados para que cobrassem o cumprimento do acordo
feito por PMDB e PSDB.
Mas FHC não quer perder o apoio de pelo menos uma parcela do PFL, a que considera fiel ao seu governo. Daí o pedido a Jader e Aécio para que, no caso de vitória, evitem um tom de humilhação contra os pefelistas derrotados.
Há um acerto de FHC e o "PFL do B" para recompor a relação do partido com o governo. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e o vice-presidente, Marco Maciel, são os fiadores desse acordo.
Para fortalecer a ala Bornhausen-Maciel, FHC, por meio de interlocutores, pediu à cúpula peemedebista para não ser arrogante com a eleição do presidente do partido, Jader Barbalho (PA), para o comando do Senado.
FHC tem dito que deseja usar as próximas duas semanas para "curar feridas". O Planalto espera fazer uma reforma ministerial em março. A Folha apurou que Jader, presidente do PMDB, atenderá ao apelo de FHC e não tentará aprofundar o isolamento do PFL.
O Planalto também está preocupado com o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA). Geddel está contrariado com a fita em que neopeemedebistas sugerem que receberam vantagens econômicas para sair do PFL.
O líder do PMDB na Câmara comandou a negociação com os deputados baianos e atribui a gravação a uma manobra do senador ACM para tentar derrotar Jader.
O tucano Aécio, atendendo a recomendação de um auxiliar do presidente, deverá manifestar simpatia por um acordo com o PFL e pode oferecer ao partido um cargo na Mesa Diretora da Câmara, se for eleito hoje.
A intenção do Planalto é creditar o provável fracasso do PFL a ACM. FHC tem afirmado que foi o veto de ACM a Jader que levou o PFL ao isolamento inédito do partido na base aliada. O Planalto enviou recado a ACM. A depender da reação do cacique pefelista, ele poderá perder o Ministério das Minas e Energia. ACM indicou Rodolpho Tourinho para o posto.
Segundo um auxiliar de FHC, não deverá ser oferecido um ministério a Inocêncio, mas o presidente gostaria de voltar a ter bom relacionamento com ele. Inocêncio se aliou à oposição e derrubou uma medida provisória do governo na convocação extraordinária.
Presidente pretende evitar isolamento do PFL
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Na véspera das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, Fernando Henrique Cardoso pediu aos prováveis vencedores, PMDB e PSDB, que não aprofundem o isolamento do PFL, que deve ser derrotado hoje.
FHC avalia que, hoje, o resultado que mais lhe favorece é a vitória de Jader Barbalho (PMDB-PA) no Senado e Aécio Neves (PSDB-MG) na Câmara.
Tanto que o Palácio do Planalto trabalhou nos últimos dias para evitar surpresa, instruindo aliados para que cobrassem o cumprimento do acordo
feito por PMDB e PSDB.
Mas FHC não quer perder o apoio de pelo menos uma parcela do PFL, a que considera fiel ao seu governo. Daí o pedido a Jader e Aécio para que, no caso de vitória, evitem um tom de humilhação contra os pefelistas derrotados.
Há um acerto de FHC e o "PFL do B" para recompor a relação do partido com o governo. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e o vice-presidente, Marco Maciel, são os fiadores desse acordo.
Para fortalecer a ala Bornhausen-Maciel, FHC, por meio de interlocutores, pediu à cúpula peemedebista para não ser arrogante com a eleição do presidente do partido, Jader Barbalho (PA), para o comando do Senado.
FHC tem dito que deseja usar as próximas duas semanas para "curar feridas". O Planalto espera fazer uma reforma ministerial em março. A Folha apurou que Jader, presidente do PMDB, atenderá ao apelo de FHC e não tentará aprofundar o isolamento do PFL.
O Planalto também está preocupado com o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA). Geddel está contrariado com a fita em que neopeemedebistas sugerem que receberam vantagens econômicas para sair do PFL.
O líder do PMDB na Câmara comandou a negociação com os deputados baianos e atribui a gravação a uma manobra do senador ACM para tentar derrotar Jader.
O tucano Aécio, atendendo a recomendação de um auxiliar do presidente, deverá manifestar simpatia por um acordo com o PFL e pode oferecer ao partido um cargo na Mesa Diretora da Câmara, se for eleito hoje.
A intenção do Planalto é creditar o provável fracasso do PFL a ACM. FHC tem afirmado que foi o veto de ACM a Jader que levou o PFL ao isolamento inédito do partido na base aliada. O Planalto enviou recado a ACM. A depender da reação do cacique pefelista, ele poderá perder o Ministério das Minas e Energia. ACM indicou Rodolpho Tourinho para o posto.
Segundo um auxiliar de FHC, não deverá ser oferecido um ministério a Inocêncio, mas o presidente gostaria de voltar a ter bom relacionamento com ele. Inocêncio se aliou à oposição e derrubou uma medida provisória do governo na convocação extraordinária.
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