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14/02/2001
-
03h50
da Folha de S.Paulo
Uma das primeiras providências do senador Arlindo Porto (PTB-MG) após confirmar sua candidatura à presidência do Senado foi informar o governador de Minas, Itamar Franco. "Ele me desejou sucesso e disse que é Minas que está representada."
O senador mineiro disse que tem chance de ganhar, porque nenhum dos seus adversários -Jader Barbalho (PMDB-PA) e Jefferson Péres (PDT-AM)- está com a vitória consolidada. "Com o lançamento da minha candidatura, o jogo começa", disse.
Porto espera ter, no mínimo, 25 votos (os 21 do PFL, os 2 do PPB, o seu e o de Luiz Otávio (sem partido-PA), adversário local de Jader. Segundo ele, as simulações feitas com os pefelistas lhe dão a certeza de chegar pelo menos a 33 ou 34 votos, o suficiente para ganhar, segundo os pefelistas.
"Conto com votos de todos os partidos...Temos um ambiente favorável à minha candidatura", disse em sua primeira entrevista como candidato.
Estava cercado de 15 senadores do PFL. O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (BA), não estava.
O senador mineiro rebateu as avaliações de que é um senador com pouca viabilidade eleitoral tentando mostrar segurança. "Sou ousado, tenho coragem, tenho um passado de prefeito, vice-governador e ministro. Não sou de me omitir", afirmou.
Para justificar seu otimismo, citou três razões: o fato de o eleitorado ser pequeno (81 senadores), "consciente" e conhecer seu passado. "O que é preciso é mostrar o que pretendo fazer", disse.
Porto, que articulava a candidatura desde novembro em conversas isoladas com colegas de todos os partidos, negou ter sido a última opção do PFL contra o candidato do PMDB, Jader Barbalho.
"Fui eu quem me lancei e recebi apoio do PFL e do PPB. Eu decidi ser candidato e, com o apoio dos três partidos (além desses, o do PTB), me encorajei", disse.
Ex-ministro da Agricultura, disse esperar isenção do Planalto. Para ele, "quem não vota tem de ficar distante da disputa".
O senador mineiro mandou ainda um recado ao ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) -que reassumiu ontem seu mandato de senador (PMDB-RN) apenas para votar em Jader- para que não use seu cargo para negociar com os senadores a favor do candidato do PMDB.
"Um ministro que se preza sabe que conduta deve ter. Aqui ele não deve ser ministro", disse.
Como presidente do Senado, Porto afirmou que lutará pela valorização e independência da Casa e pela democratização das decisões da Mesa Diretora.
Além do otimismo, Porto, que é o único senador do seu partido, mostrou bom humor. "Minha bancada sou eu. Por isso, ela vota unânime", disse.
"Sou ousado", diz senador Arlindo Porto
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Uma das primeiras providências do senador Arlindo Porto (PTB-MG) após confirmar sua candidatura à presidência do Senado foi informar o governador de Minas, Itamar Franco. "Ele me desejou sucesso e disse que é Minas que está representada."
O senador mineiro disse que tem chance de ganhar, porque nenhum dos seus adversários -Jader Barbalho (PMDB-PA) e Jefferson Péres (PDT-AM)- está com a vitória consolidada. "Com o lançamento da minha candidatura, o jogo começa", disse.
Porto espera ter, no mínimo, 25 votos (os 21 do PFL, os 2 do PPB, o seu e o de Luiz Otávio (sem partido-PA), adversário local de Jader. Segundo ele, as simulações feitas com os pefelistas lhe dão a certeza de chegar pelo menos a 33 ou 34 votos, o suficiente para ganhar, segundo os pefelistas.
"Conto com votos de todos os partidos...Temos um ambiente favorável à minha candidatura", disse em sua primeira entrevista como candidato.
Estava cercado de 15 senadores do PFL. O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (BA), não estava.
O senador mineiro rebateu as avaliações de que é um senador com pouca viabilidade eleitoral tentando mostrar segurança. "Sou ousado, tenho coragem, tenho um passado de prefeito, vice-governador e ministro. Não sou de me omitir", afirmou.
Para justificar seu otimismo, citou três razões: o fato de o eleitorado ser pequeno (81 senadores), "consciente" e conhecer seu passado. "O que é preciso é mostrar o que pretendo fazer", disse.
Porto, que articulava a candidatura desde novembro em conversas isoladas com colegas de todos os partidos, negou ter sido a última opção do PFL contra o candidato do PMDB, Jader Barbalho.
"Fui eu quem me lancei e recebi apoio do PFL e do PPB. Eu decidi ser candidato e, com o apoio dos três partidos (além desses, o do PTB), me encorajei", disse.
Ex-ministro da Agricultura, disse esperar isenção do Planalto. Para ele, "quem não vota tem de ficar distante da disputa".
O senador mineiro mandou ainda um recado ao ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) -que reassumiu ontem seu mandato de senador (PMDB-RN) apenas para votar em Jader- para que não use seu cargo para negociar com os senadores a favor do candidato do PMDB.
"Um ministro que se preza sabe que conduta deve ter. Aqui ele não deve ser ministro", disse.
Como presidente do Senado, Porto afirmou que lutará pela valorização e independência da Casa e pela democratização das decisões da Mesa Diretora.
Além do otimismo, Porto, que é o único senador do seu partido, mostrou bom humor. "Minha bancada sou eu. Por isso, ela vota unânime", disse.
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