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23/02/2001
-
03h22
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A divulgação de conversa do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com três procuradores da República, na última segunda-feira, acirrou a crise na base aliada e isolou ainda mais o pefelista.
O principal motivo é a sugestão de que as apurações do caso EJ poderiam atingir o presidente Fernando Henrique Cardoso, caso os procuradores quebrassem o sigilo bancário do ex-assessor do Planalto no período de 94 a 98. ""Se pegar o Eduardo Jorge,chega ao presidente", disse ACM.
Em viagem aos EUA, o senador afirmou ontem, em nota, que na reunião "não
se tratou de nenhum fato específico em relação ao governo FHC".
PMDB, PT e PPS reagiram mais rapidamente que o Planalto. Propuseram a cassação do mandato de ACM, que alegou também conhecer o placar da votação secreta que resultou na cassação de Luiz Estevão, em junho de 2000.
"Estou perplexo de ver até aonde ele foi capaz de chegar", disse FHC, ao tomar conhecimento dos novos ataques de ACM.
Auxiliares e ministros próximos a FHC o aconselharam durante o dia a reagir de forma dura aos ataques de ACM, sob pena de passar uma imagem de fraqueza à opinião pública. A falta de reação poderia ser interpretada como temor diante das ameaças de ACM de fazer novas revelações.
À noite, o líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), disse que FHC aguardaria manifestação de ACM sobre a veracidade das declarações antes de tomar providências. Deixou em suspenso a saída dos ministros Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) e Waldeck Ornélas (Previdência), da cota de ACM.
A Folha apurou que a gravação da conversa existe e foi feita pelo procurador Luiz Francisco Souza. O caso abriu crise no Ministério Público Federal.
ACM ataca o governo, fica isolado e acirra confronto
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A divulgação de conversa do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com três procuradores da República, na última segunda-feira, acirrou a crise na base aliada e isolou ainda mais o pefelista.
O principal motivo é a sugestão de que as apurações do caso EJ poderiam atingir o presidente Fernando Henrique Cardoso, caso os procuradores quebrassem o sigilo bancário do ex-assessor do Planalto no período de 94 a 98. ""Se pegar o Eduardo Jorge,chega ao presidente", disse ACM.
Em viagem aos EUA, o senador afirmou ontem, em nota, que na reunião "não
se tratou de nenhum fato específico em relação ao governo FHC".
PMDB, PT e PPS reagiram mais rapidamente que o Planalto. Propuseram a cassação do mandato de ACM, que alegou também conhecer o placar da votação secreta que resultou na cassação de Luiz Estevão, em junho de 2000.
"Estou perplexo de ver até aonde ele foi capaz de chegar", disse FHC, ao tomar conhecimento dos novos ataques de ACM.
Auxiliares e ministros próximos a FHC o aconselharam durante o dia a reagir de forma dura aos ataques de ACM, sob pena de passar uma imagem de fraqueza à opinião pública. A falta de reação poderia ser interpretada como temor diante das ameaças de ACM de fazer novas revelações.
À noite, o líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), disse que FHC aguardaria manifestação de ACM sobre a veracidade das declarações antes de tomar providências. Deixou em suspenso a saída dos ministros Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) e Waldeck Ornélas (Previdência), da cota de ACM.
A Folha apurou que a gravação da conversa existe e foi feita pelo procurador Luiz Francisco Souza. O caso abriu crise no Ministério Público Federal.
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