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23/02/2001 - 03h23

Senador nega ter falado em assunto do governo FHC

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da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Agência Folha, em Salvador

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que está nos Estados Unidos há dois dias para escapar da repercussão da divulgação de suas conversas com os procuradores, divulgou duas notas no início da noite de ontem, por meio de sua assessoria.

Na primeira nota, ele nega ter conversado com os procuradores sobre o governo Fernando Henrique Cardoso.

Na outra, o senador baiano responde à nota divulgada pelo presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reprovando sua conversa com os procuradores. ACM considerou a nota do PFL ""injusta e inaceitável".

Segundo ele, Bornhausen ""não sabe do que se tratou no encontro" e está ""influenciado por notícias falsas".

O senador baiano aproveitou para dizer que faz ""restrições" ao comportamento do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, defendido pelo presidente do PFL.

Governo FHC
Na primeira nota, ACM afirma não ter tratado de ""nenhum fato específico em relação ao governo Fernando Henrique Cardoso" na conversa com os procuradores Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly.

Ele inverteu os papéis: disse que foram os procuradores -principalmente Luiz Francisco- que citaram ""meios para o senador conseguir provas sobre as denúncias contra o senador Jader Barbalho", presidente do Senado e desafeto de ACM.

Segundo a versão de ACM, Luiz Francisco nem foi convidado para o encontro, que teria sido marcado com Schelb e Torelly para tratar da medida provisória que pretendia limitar a ação dos procuradores e sobre a chamada ""Lei da Mordaça".

Convite
Segundo o senador baiano, o convite para o encontro partiu de Schelb. Luiz Francisco, segundo a nota de ACM, chegou no meio da conversa e propôs que o senador entrasse com uma ação cautelar contra Jader, o que teria sido rejeitado por ACM.

A nota do senador é vaga. Não explica o que seria tratado na ação cautelar. Nem cita a suposta declaração dele aos procuradores sobre o fato de ter o mapa com as votações na cassação do mandato do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF), no ano passado.

Segundo a revista "Isto é", ACM disse que a senadora Heloísa Helena (PT-AL) teria votado contra a cassação.

Segundo a assessoria, ACM estava conversando com os dois procuradores quando apareceu na sala o procurador Luiz Francisco de Souza.

Ação
Antes de deixar o gabinete, Souza teria citado alguns caminhos para que o senador conseguisse provas das denúncias contra Jader. ""Segundo ele (Luiz Francisco), as provas apareceriam com requerimentos diretos a determinados procuradores", diz a nota. "Solicitava ainda (o procurador) que fosse feita uma ação cautelar, o que não foi aceito pelo senador ACM", diz o texto.

"O mais são explorações próprias de quem tem medo de investigações, como o senador Jader Barbalho."

No final da nota, o ex-presidente do Senado pede que a Receita Federal quebre os sigilos bancário e fiscal seus e do senador Jader Barbalho ""para provar quem é o desonesto".
 

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