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23/02/2001
-
03h27
da Folha de S.Paulo, no Rio
Os ministros das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, e da Previdência, Waldeck Ornélas, que foram ontem ao Rio em atividades diferentes, disseram que permanecem no governo enquanto esta for a vontade de Fernando Henrique Cardoso.
Os dois fazem parte da cota de indicações do PFL e são homens de confiança do senador Antonio Carlos Magalhães (BA), que vem aguçando suas críticas ao governo federal.
Tourinho tentou desvincular seu cargo de suas relações com ACM. "Sou amigo do senador Antonio Carlos Magalhães, mas sou ministro de Fernando Henrique Cardoso", disse. Sobre a briga do PFL com o governo, desconversou: "Sou um ministro técnico".
Em entrevista coletiva, Ornélas tinha um discurso semelhante. "Num sistema presidencialista, quem compõe e quem dispõe sobre o ministério é o presidente", afirmou.
O ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) defendeu, indiretamente, a demissão de Tourinho e Ornélas. "Depois do ponto em que ele (ACM) chegou, não resta nenhum caminho, nem a ele nem a quem a ele se liga. Não vejo razão para permanecerem no governo", disse.
Coube a Jungmann fazer ontem a defesa pública do presidente . O ministro disse que FHC é um homem decente e que ACM é "sinônimo de destruição" e que está agindo para "ocultar o seu ocaso". A atitude de ACM foi classificada de "moralismo de ocasião" e "traição explícita".
Jungmann disse que estava expressando opiniões pessoais, mas a Folha apurou que o governo foi avisado do teor das declarações que ele faria.
"Em um instante em que você vai de uma forma clandestina buscar procuradores públicos e busca municiar o Ministério Público para alcançar um presidente da República, o que é isso, senão uma tentativa mais ou menos velada de atingir a governabilidade e quem sabe até pescar em águas turvas de um golpe?", questionou.
Com relação às denúncias de ACM, Jungmann disse que " é preciso investigá-las e ir até o fim, partam de onde partir".
Permanência no cargo depende de FHC, dizem ministros
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Os ministros das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, e da Previdência, Waldeck Ornélas, que foram ontem ao Rio em atividades diferentes, disseram que permanecem no governo enquanto esta for a vontade de Fernando Henrique Cardoso.
Os dois fazem parte da cota de indicações do PFL e são homens de confiança do senador Antonio Carlos Magalhães (BA), que vem aguçando suas críticas ao governo federal.
Tourinho tentou desvincular seu cargo de suas relações com ACM. "Sou amigo do senador Antonio Carlos Magalhães, mas sou ministro de Fernando Henrique Cardoso", disse. Sobre a briga do PFL com o governo, desconversou: "Sou um ministro técnico".
Em entrevista coletiva, Ornélas tinha um discurso semelhante. "Num sistema presidencialista, quem compõe e quem dispõe sobre o ministério é o presidente", afirmou.
O ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) defendeu, indiretamente, a demissão de Tourinho e Ornélas. "Depois do ponto em que ele (ACM) chegou, não resta nenhum caminho, nem a ele nem a quem a ele se liga. Não vejo razão para permanecerem no governo", disse.
Coube a Jungmann fazer ontem a defesa pública do presidente . O ministro disse que FHC é um homem decente e que ACM é "sinônimo de destruição" e que está agindo para "ocultar o seu ocaso". A atitude de ACM foi classificada de "moralismo de ocasião" e "traição explícita".
Jungmann disse que estava expressando opiniões pessoais, mas a Folha apurou que o governo foi avisado do teor das declarações que ele faria.
"Em um instante em que você vai de uma forma clandestina buscar procuradores públicos e busca municiar o Ministério Público para alcançar um presidente da República, o que é isso, senão uma tentativa mais ou menos velada de atingir a governabilidade e quem sabe até pescar em águas turvas de um golpe?", questionou.
Com relação às denúncias de ACM, Jungmann disse que " é preciso investigá-las e ir até o fim, partam de onde partir".
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