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23/02/2001
-
03h33
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jayme Chemello, afirmou ontem que o Congresso tem a obrigação de investigar as acusações trocadas por Jader Barbalho (PMDB-PA), atual presidente do Senado, e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), ex-presidente da Casa.
"Se é por uma CPI ou outra forma qualquer, o Congresso deve decidir", afirmou. "Mas eles têm a obrigação de limpar a barra porque têm meios para isso."
D. Chemello evitou defender explicitamente uma CPI, mas declarou que, seja qual for o meio usado para investigar as denúncias, a CNBB vai apoiar.
"Mas, se for uma CPI, tem que ser uma para ir até o fim, não uma que nasça morta", disse o presidente da CNBB.
"Espetáculo"
O bispo classificou de "um espetáculo a parte" as eleições no Congresso, e disse que as acusações deixaram o povo brasileiro "estarrecido" com o que foi dito. "A impressão que fica é que saiu um corrupto e entrou outro."
D. Chemello afirmou ainda que a Justiça deve ajudar na apuração das acusações, pedindo investigações e, se for o caso, pedindo ao Congresso a permissão para processar o parlamentar.
A CNBB, declarou o bispo, é contra a imunidade parlamentar da maneira como ela é hoje. "A imunidade serve para dar liberdade ao parlamentar no exercício da sua profissão", afirmou. "Se ele rouba ou mata, a imunidade não deveria existir."
Atualmente, mesmo que o parlamentar cometa um crime comum, ele só pode ser processado se o Congresso autorizar. O STF (Superior Tribunal Federal) já fez 16 pedidos de autorização, e não conseguiu nenhum.
Segundo o presidente da CNBB, o clima de suspeita que recai sobre os políticos brasileiros prejudica o bom andamento do país e, por isso, as acusações devem ser investigadas.
"Se a população passa a não acreditar no que diz um político, não dá bola. Se não dá bola, não faz nada para corrigir. E aí, mesmo que existam bons políticos, os corruptos também continuam se elegendo", afirmou. "Isso é que me aflige."
Para CNBB, Congresso é obrigado a investigar
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O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jayme Chemello, afirmou ontem que o Congresso tem a obrigação de investigar as acusações trocadas por Jader Barbalho (PMDB-PA), atual presidente do Senado, e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), ex-presidente da Casa.
"Se é por uma CPI ou outra forma qualquer, o Congresso deve decidir", afirmou. "Mas eles têm a obrigação de limpar a barra porque têm meios para isso."
D. Chemello evitou defender explicitamente uma CPI, mas declarou que, seja qual for o meio usado para investigar as denúncias, a CNBB vai apoiar.
"Mas, se for uma CPI, tem que ser uma para ir até o fim, não uma que nasça morta", disse o presidente da CNBB.
"Espetáculo"
O bispo classificou de "um espetáculo a parte" as eleições no Congresso, e disse que as acusações deixaram o povo brasileiro "estarrecido" com o que foi dito. "A impressão que fica é que saiu um corrupto e entrou outro."
D. Chemello afirmou ainda que a Justiça deve ajudar na apuração das acusações, pedindo investigações e, se for o caso, pedindo ao Congresso a permissão para processar o parlamentar.
A CNBB, declarou o bispo, é contra a imunidade parlamentar da maneira como ela é hoje. "A imunidade serve para dar liberdade ao parlamentar no exercício da sua profissão", afirmou. "Se ele rouba ou mata, a imunidade não deveria existir."
Atualmente, mesmo que o parlamentar cometa um crime comum, ele só pode ser processado se o Congresso autorizar. O STF (Superior Tribunal Federal) já fez 16 pedidos de autorização, e não conseguiu nenhum.
Segundo o presidente da CNBB, o clima de suspeita que recai sobre os políticos brasileiros prejudica o bom andamento do país e, por isso, as acusações devem ser investigadas.
"Se a população passa a não acreditar no que diz um político, não dá bola. Se não dá bola, não faz nada para corrigir. E aí, mesmo que existam bons políticos, os corruptos também continuam se elegendo", afirmou. "Isso é que me aflige."
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