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24/02/2001
-
04h03
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com nota oficial em que exige lealdade dos políticos governistas, o presidente Fernando Henrique Cardoso rompeu ontem com o senador Antonio Carlos Magalhães. O fim do relacionamento com um dos mais fortes aliados do governo desde a campanha que levou FHC ao Planalto pela primeira vez, em 1994, foi selado com a demissão de dois ministros indicados por ACM: Waldeck Ornélas (Previdência) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia).
Seus substitutos serão nomeados por FHC depois do Carnaval em negociação com ala do PFL liderada pelo vice-presidente Marco Maciel e pelo senador Jorge Bornhausen, presidente do partido. Em troca, os pefelistas terão de deixar claro que ACM também não mandará mais no PFL. ""Fica extinto o cargo de ACM no governo", disse o líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (AM). A um ano e dez meses do final do mandato, FHC quer transformar a troca ministerial em marco da nova e última fase de sua administração. Em nota, o presidente fala em ""renovar" parte da equipe ministerial, da qual será exigido apoio a um programa de governo preparado especialmente para a reta final do mandato: ""Mais do que nunca, é preciso que as lealdades políticas sejam claras". Com exceção de ACM, o presidente espera continuar governando com seus tradicionais aliados, o que manteria a maioria no Congresso. O roteiro definido por FHC prevê que o Congresso não levará adiante a hipótese de quebra dos sigilos do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira. Num gesto combinado com o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), o advogado de EJ prometeu levar os dados espontaneamente aos parlamentares após o Carnaval, quando ACM estará voltando dos EUA ameaçando ""incomodar" o presidente. Em nota, o senador disse que FHC acoberta ministros que estão roubando, ""numa demonstração de que o governo não quer combater a corrupção". O presidente deixou ACM sem resposta -espera que o isolamento político acabe por calar a voz do ex-aliado.
FHC rompe com ACM e exige lealdade de sua base
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Com nota oficial em que exige lealdade dos políticos governistas, o presidente Fernando Henrique Cardoso rompeu ontem com o senador Antonio Carlos Magalhães. O fim do relacionamento com um dos mais fortes aliados do governo desde a campanha que levou FHC ao Planalto pela primeira vez, em 1994, foi selado com a demissão de dois ministros indicados por ACM: Waldeck Ornélas (Previdência) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia).
Seus substitutos serão nomeados por FHC depois do Carnaval em negociação com ala do PFL liderada pelo vice-presidente Marco Maciel e pelo senador Jorge Bornhausen, presidente do partido. Em troca, os pefelistas terão de deixar claro que ACM também não mandará mais no PFL. ""Fica extinto o cargo de ACM no governo", disse o líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (AM). A um ano e dez meses do final do mandato, FHC quer transformar a troca ministerial em marco da nova e última fase de sua administração. Em nota, o presidente fala em ""renovar" parte da equipe ministerial, da qual será exigido apoio a um programa de governo preparado especialmente para a reta final do mandato: ""Mais do que nunca, é preciso que as lealdades políticas sejam claras". Com exceção de ACM, o presidente espera continuar governando com seus tradicionais aliados, o que manteria a maioria no Congresso. O roteiro definido por FHC prevê que o Congresso não levará adiante a hipótese de quebra dos sigilos do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira. Num gesto combinado com o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), o advogado de EJ prometeu levar os dados espontaneamente aos parlamentares após o Carnaval, quando ACM estará voltando dos EUA ameaçando ""incomodar" o presidente. Em nota, o senador disse que FHC acoberta ministros que estão roubando, ""numa demonstração de que o governo não quer combater a corrupção". O presidente deixou ACM sem resposta -espera que o isolamento político acabe por calar a voz do ex-aliado.
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