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24/02/2001 - 04h31

Leia a integra da nota enviada por EJ a Jader

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da Folha de S.Paulo

Leia abaixo a íntegra da nota que o ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge enviou ao presidente do Senado, Jader Barbalho:

"Senhor presidente,
Respeitosamente, dirijo-me a Vossa Excelência para, de público, assumir o compromisso de, tão logo seja reaberto o Congresso Nacional, entregar a essa digna Presidência toda a movimentação de minhas contas bancárias, e de minha mulher, relativas aos anos de 1994 e 1998, complementando as de 1995, 1996, 1997 e parte de 1998, já entregues a esta augusta Casa.

Devo esclarecer a Vossa Excelência que os dados fiscais, meus e de minha mulher, relativos aos anos de 1994 a 1998, já foram entregues ao Senado Federal e, bem assim, ao Ministério Público Federal, em Brasília e em São Paulo.

Permita-me Vossa Excelência uma digressão, ditada, naturalmente, pela indignação que sinto, há muito controlada.

Do meado até quase o final do ano passado, fui massacrado pela mídia que buscava suas "notícias" junto a pequeno grupo de procuradores da República. De nada fui poupado.

Estoicamente, suportei todas as infâmias. Poderia ter tomado medidas judiciais -inibidoras ou reparadoras. Não as tomei. Sempre entendi que, mais que a minha imagem pessoal, buscava-se atingir a imagem do governo ao qual tive a honra de servir.

Antes, colaborei da maneira mais efetiva para viabilizar as investigações, buscando torná-las rápidas. Transferi aos investigadores os meus sigilos e os de minha mulher. Convocado para prestar depoimentos, atendi às convocações de forma pronta.

Verifiquei que a partir do final do ano passado houve um interregno no massacre que sofria. Vejo agora que a irresponsabilidade, de novo, lança meu nome no noticiário. É natural minha indignação.

Nada tenho a esconder. Por isto, o compromisso que acabo de assumir.
Muitas das aleivosias que são lançadas contra mim poderiam estar desmascaradas. Com efeito -isto é do conhecimento público-, o Banco Central do Brasil fez um "rastreamento" de todo o dinheiro liberado para o TRT de São Paulo. O Banco Central, contudo, não me entregou, até hoje, embora solicitação reiterada, documento em que se diga que de tal rastreamento não constou o meu nome. Por isto, rogo a essa digna Presidência que, sendo de sua competência, se digne requisitar tal documento ao Banco Central.

O noticiário dos jornais de hoje dá notícia da existência de uma fita na qual teriam sido gravadas conversas do senador Antonio Carlos Magalhães com procuradores da República (Guilherme Zanina Schelb, Luiz Francisco de Souza e Eliana Torelly).

Rogo de Vossa Excelência [que" se digne requisitá-la para sua preservação, dado que, segundo a imprensa, de tal gravação consta meu nome e referências a procedimentos dessa egrégia Casa.

Respeitosamente,
Eduardo Jorge Caldas Pereira
 

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