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05/03/2001
-
03h38
da Folha de S.Paulo
O PT decidiu se juntar ao PPS e vai entrar hoje com uma solicitação ao Conselho de Ética do Senado para que investigue o possível envolvimento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com a violação do sistema eletrônico de votação da Casa.
Na representação, os líderes do dois partidos, José Eduardo Dutra (PT-SE) e Roberto Freire (PPS-PE), vão argumentar que reportagens publicadas no fim-de-semana reforçam indícios de que houve quebra de decoro parlamentar por ACM, o que poderia levar à sua cassação.
Eles pretendem aditar as novas evidências a uma representação preliminar já feita pelo PT na semana passada.
Desistência
Na última quinta-feira, o PT anunciou que estava desistindo de cassar o senador para se dedicar à tentativa de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com o objetivo de apurar denúncias de ACM envolvendo o ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira. A posição do PT acabou gerando críticas por parte do PPS.
Após as novas revelações, o PT mudou de posição e passou a dar importância maior à investigação sobre ACM, apesar de continuar mais interessado na CPI.
Um telefonema de Dutra a Freire no sábado selou a junção de esforços dos dois partidos. Na documentação a ser apresentada pelos dois líderes ao presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), serão citadas revelação da Folha de que um funcionário do Prodasen (sistema de processamento de dados do Senado) entregou lista de votação da cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF) a ACM e reportagem da revista "Isto É" com a transcrição de diálogo do senador com procuradores.
"Há novas circunstâncias e evidências que justificam uma investigação ampla sobre a conduta do senador", disse Dutra.
PT e PPS pedirão a Tebet que, no máximo até amanhã, abra processo para investigar as denúncias contra ACM e nomeie um relator. As primeiras medidas seriam o depoimento de ACM e a requisição das fitas gravadas da conversa dele com os procuradores.
"Vamos levar juntos o pedido de CPI e a investigação sobre ACM", disse Dutra.
Cassação
O presidente nacional do partido, José Dirceu (PT-SP), afirmou ontem que, se comprovado que ACM teve relação com a violação do painel do Senado, "os sete senadores petistas vão votar pela cassação do senador".
O deputado federal João Herrmann (SP), um dos principais líderes do PPS, disse ontem que o conflito entre seu partido e o PT está superado.
"Foi uma divergência política que já se dissolveu. Não nos interessa caminhar separado do PT tanto na questão da CPI como na cassação de ACM", afirmou.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ontem que tentará "falar formalmente" hoje com o senador Ramez Tebet. "A minha proposta é que ACM seja ouvido amanhã", afirmou o senador petista.
Suplicy afirmou que defende "a hipótese de ACM ser ouvido no plenário diante dos 81 senadores, uma vez que todos estariam interessados na questão".
Jader
O PT também quer que o Conselho de Ética abra investigação sobre o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), com base em reportagens sobre indícios de fraude no Banpará publicadas na Folha e na revista "Veja". Mas o partido ainda vai conversar sobre esse novo pedido de apuração com o PPS.
"Acho que as denúncias referentes a Jader também merecem uma investigação paralela", declarou Dutra. O deputado Herrmann, no entanto, vê com menor entusiasmo uma apuração sobre Jader. "Deveríamos nos dedicar prioritariamente à apuração sobre ACM", declarou.
Leia mais sobre a crise no governo
PT e PPS vão pedir investigação sobre ACM
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O PT decidiu se juntar ao PPS e vai entrar hoje com uma solicitação ao Conselho de Ética do Senado para que investigue o possível envolvimento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com a violação do sistema eletrônico de votação da Casa.
Na representação, os líderes do dois partidos, José Eduardo Dutra (PT-SE) e Roberto Freire (PPS-PE), vão argumentar que reportagens publicadas no fim-de-semana reforçam indícios de que houve quebra de decoro parlamentar por ACM, o que poderia levar à sua cassação.
Eles pretendem aditar as novas evidências a uma representação preliminar já feita pelo PT na semana passada.
Desistência
Na última quinta-feira, o PT anunciou que estava desistindo de cassar o senador para se dedicar à tentativa de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com o objetivo de apurar denúncias de ACM envolvendo o ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira. A posição do PT acabou gerando críticas por parte do PPS.
Após as novas revelações, o PT mudou de posição e passou a dar importância maior à investigação sobre ACM, apesar de continuar mais interessado na CPI.
Um telefonema de Dutra a Freire no sábado selou a junção de esforços dos dois partidos. Na documentação a ser apresentada pelos dois líderes ao presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), serão citadas revelação da Folha de que um funcionário do Prodasen (sistema de processamento de dados do Senado) entregou lista de votação da cassação de Luiz Estevão (PMDB-DF) a ACM e reportagem da revista "Isto É" com a transcrição de diálogo do senador com procuradores.
"Há novas circunstâncias e evidências que justificam uma investigação ampla sobre a conduta do senador", disse Dutra.
PT e PPS pedirão a Tebet que, no máximo até amanhã, abra processo para investigar as denúncias contra ACM e nomeie um relator. As primeiras medidas seriam o depoimento de ACM e a requisição das fitas gravadas da conversa dele com os procuradores.
"Vamos levar juntos o pedido de CPI e a investigação sobre ACM", disse Dutra.
Cassação
O presidente nacional do partido, José Dirceu (PT-SP), afirmou ontem que, se comprovado que ACM teve relação com a violação do painel do Senado, "os sete senadores petistas vão votar pela cassação do senador".
O deputado federal João Herrmann (SP), um dos principais líderes do PPS, disse ontem que o conflito entre seu partido e o PT está superado.
"Foi uma divergência política que já se dissolveu. Não nos interessa caminhar separado do PT tanto na questão da CPI como na cassação de ACM", afirmou.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ontem que tentará "falar formalmente" hoje com o senador Ramez Tebet. "A minha proposta é que ACM seja ouvido amanhã", afirmou o senador petista.
Suplicy afirmou que defende "a hipótese de ACM ser ouvido no plenário diante dos 81 senadores, uma vez que todos estariam interessados na questão".
Jader
O PT também quer que o Conselho de Ética abra investigação sobre o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), com base em reportagens sobre indícios de fraude no Banpará publicadas na Folha e na revista "Veja". Mas o partido ainda vai conversar sobre esse novo pedido de apuração com o PPS.
"Acho que as denúncias referentes a Jader também merecem uma investigação paralela", declarou Dutra. O deputado Herrmann, no entanto, vê com menor entusiasmo uma apuração sobre Jader. "Deveríamos nos dedicar prioritariamente à apuração sobre ACM", declarou.
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