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08/03/2001
-
19h49
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Jequié (BA)
O senador Antonio Carlos Magalhães levou um susto nesta quinta-feira em Jequié, antes do primeiro discurso em solo baiano desde que voltou ao Brasil rompido com o presidente Fernando Henrique Cardoso: o palanque onde falaria caiu com ele e cerca de 120 pessoas. Há pelo menos 27 feridos.
Dezessete feridos estão sendo atendidos no setor de emergência do Hospital Prado Valadares, o maior de Jequié (385 km de Salvador). Os pilares de sustentação da estrutura cederam por volta das 18h25.
ACM e seus escudeiros do PFL baiano, o governador César Borges e o ex-ministro Waldeck Ornélas, não se machucaram. O senador aproveitou a queda do palanque para ironizar o governo federal e seus opositores. ''Eu caí e estou de pé. Os outros parecem que estão de pé, mas, na verdade, estão de cócoras, servindo aos interesses menores da nação.''
Na praça em frente ao aeroporto de Jequié havia, segundo a PM, 5.000 pessoas.
Sem citar o nome do FHC, ACM voltou a acusar o governo de acobertar roubo. ''O governo federal dá proteção para os ladrões roubarem mais. Com os ladrões roubando mais, o povo está cada vez mais pobre'', disse o senador.
Ele disse também que não parar de fazer críticas ao governo federal. ''Sou um tambor que vibra contra os ladrões, sou um tambor que grita pela prisão dos corruptos'', disse, em resposta a ter sido qualificado de ''trombone isolado numa orquestra'' ontem por FHC. O presidente se referia ao fato de ACM ser um dos poucos da base aliada a fazer críticas ao governo.
ACM voltou-se a um discurso regionalista, acusando o governo FHC de isolar politicamente a Bahia após o rompimento entre eles. ''A Bahia sabe o que quer, a Bahia não se vende. A Bahia se conquista com amor, coisa que o governo federal não está fazendo com a nossa terra'', afirmou.
Salvador amanheceu hoje cheia de outdoors de apoio a ACM.
O senador foi recebido com uma grande festa em Jequié, onde estava sendo realizado o 1º Congresso de Prefeitos da Bahia. Compareceram cerca de 382 dos 417 prefeitos baianos, a grande maioria carlista.
Ainda no aeroporto, ACM disse que ficou satisfeito com a reunião do PFL, realizada em Brasília. ''Ficou provado que a verdade está do meu lado'', disse. O senador Ornélas também comentou sua demissão do Ministério da Previdência, por retaliação de FHC. ''Entre o cargo de ministro e a lealdade ao senador Antonio Carlos Magalhães, prefiro o senador.''
O governador César Borges também defendeu o padrinho político. ''Fernando Henrique Cardoso deveria se mirar no espelho de ACM, um político sério e competente.''
Ao finalizar o seu discurso, no encerramento do congresso dos prefeitos, ACM disse que a Bahia não vai aceitar retaliações. ''A Bahia não aceita retaliações. Se precisar, eu sei que conto com vocês, em todos os lugares, para lutar e vencer.''
Palanque com ACM cai e fere ao menos 27 pessoas
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da Agência Folha, em Jequié (BA)
O senador Antonio Carlos Magalhães levou um susto nesta quinta-feira em Jequié, antes do primeiro discurso em solo baiano desde que voltou ao Brasil rompido com o presidente Fernando Henrique Cardoso: o palanque onde falaria caiu com ele e cerca de 120 pessoas. Há pelo menos 27 feridos.
Dezessete feridos estão sendo atendidos no setor de emergência do Hospital Prado Valadares, o maior de Jequié (385 km de Salvador). Os pilares de sustentação da estrutura cederam por volta das 18h25.
ACM e seus escudeiros do PFL baiano, o governador César Borges e o ex-ministro Waldeck Ornélas, não se machucaram. O senador aproveitou a queda do palanque para ironizar o governo federal e seus opositores. ''Eu caí e estou de pé. Os outros parecem que estão de pé, mas, na verdade, estão de cócoras, servindo aos interesses menores da nação.''
Na praça em frente ao aeroporto de Jequié havia, segundo a PM, 5.000 pessoas.
Sem citar o nome do FHC, ACM voltou a acusar o governo de acobertar roubo. ''O governo federal dá proteção para os ladrões roubarem mais. Com os ladrões roubando mais, o povo está cada vez mais pobre'', disse o senador.
Ele disse também que não parar de fazer críticas ao governo federal. ''Sou um tambor que vibra contra os ladrões, sou um tambor que grita pela prisão dos corruptos'', disse, em resposta a ter sido qualificado de ''trombone isolado numa orquestra'' ontem por FHC. O presidente se referia ao fato de ACM ser um dos poucos da base aliada a fazer críticas ao governo.
ACM voltou-se a um discurso regionalista, acusando o governo FHC de isolar politicamente a Bahia após o rompimento entre eles. ''A Bahia sabe o que quer, a Bahia não se vende. A Bahia se conquista com amor, coisa que o governo federal não está fazendo com a nossa terra'', afirmou.
Salvador amanheceu hoje cheia de outdoors de apoio a ACM.
O senador foi recebido com uma grande festa em Jequié, onde estava sendo realizado o 1º Congresso de Prefeitos da Bahia. Compareceram cerca de 382 dos 417 prefeitos baianos, a grande maioria carlista.
Ainda no aeroporto, ACM disse que ficou satisfeito com a reunião do PFL, realizada em Brasília. ''Ficou provado que a verdade está do meu lado'', disse. O senador Ornélas também comentou sua demissão do Ministério da Previdência, por retaliação de FHC. ''Entre o cargo de ministro e a lealdade ao senador Antonio Carlos Magalhães, prefiro o senador.''
O governador César Borges também defendeu o padrinho político. ''Fernando Henrique Cardoso deveria se mirar no espelho de ACM, um político sério e competente.''
Ao finalizar o seu discurso, no encerramento do congresso dos prefeitos, ACM disse que a Bahia não vai aceitar retaliações. ''A Bahia não aceita retaliações. Se precisar, eu sei que conto com vocês, em todos os lugares, para lutar e vencer.''
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