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14/03/2001 - 20h08

Leia os principais trechos do depoimento de Luiz Francisco

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da Folha Online

Leia os principais trechos do depoimento dado pelo procurador Luiz Francisco de Souza ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar hoje. Ele falou por mais de quatro horas e afirmou que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) teria afirmado em uma conversa que linha uma lista de como os senadores haviam votado na cassação de Luiz Estevão. O senador nega que tenha a suposta lista.

Ele explicou por que gravou a conversa entre os três procuradores e ACM e reafirmou que o senador disse que quebrando o sigilo telefônico do ex-secretário da presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira, se "chegaria" ao presidente.

"Ele (ACM) vai e fala: 'eu tenho a lista de todos que votaram'. Eu quero lembrar à opinião pública nacional que o senador Antonio Carlos Magalhães confirmou a palavra 'lista' duas ou três vezes. Se a fita for melhor trabalhada, vai encontrar a palavra (lista) lá."

"De qualquer modo, aquele painel tem que ter dez perícias nele porque se houver a possibilidade de violação tem que abrir processo criminal mais pesado possível. Agora, uma pessoa dizer que tem uma lista de como cada um dos senadores votou, acho que é grave", disse o procurador fazendo referência ao painel eletrônico que registra as votações no Senado e que está passando por uma perícia para averiguar se existe possibilidade técnica de violação ou de vazamento de informação.

Sobre a declaração que o senador teria feito sobre o ex-secretário-geral da presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira, Souza disse:

"Ele (ACM) disse que os dados que a gente recebeu eram incompletos. Ele fala isso e depois diz que que o que pega mesmo é o sigilo, principalmente o telefônico. Mas implicitamente ele refere-se ao sigilo bancário e telefônico porque diz respeito aos dois, mas dá ênfase ao sigilo telefônico. Depois ele diz que encontraríamos ilicitudes. Ai essa frase que o senhor está perguntando".

"Se pegar o EJ, chaga no presidente", completou o senador Antero de Barros (PSDB-MT).

"É. Ele falou 'chegaria'. Desde o início sempre me recordei da palavra 'chegaria' ao presidente ou 'chegaria" ao governo. É uma das duas palavras", disse o procurador.

Sobre a gravação da conversa entre o senador e os procuradores:

"Gravei para meu resguardo, para defesa, para evitar distorções e para registro, mas acima de tudo para evitar distorções. E (para) evitar que, em um momento em que o senador está oferecendo denúncias contra ministros de Estado e contra o atual presidente do Senado (Jader Barbalho), essa conversa jamais pudesse ser desvirtuada. Inclusive que pudesse ser dito que os procuradores estariam fazendo parceria com o senador Antonio Carlos ou que tivesse conspirando".

"O que é relevante, afinal? como o procurador gravou para expor a corrupção para que pudesse ser triturado pela corregedoria (do Ministério Publico) e ficar respondendo dezenas de perguntas sobre como foi a gravação, ou o relevante é a corrupção".
 

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