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14/03/2001 - 20h23

ACM chama procurador de "mentiroso" e nega teor de gravações

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse há pouco que os depoimentos de hoje no Conselho de Ética do Senado deixaram bem claro que "havia um conluio de Luiz Francisco de Souza com a revista ´IstoÉ´, que ainda não terminou".

ACM afirmou que Luiz Francisco colocou o Ministério Público em uma situação muito difícil e defendeu a saída do procurador dos quadros da instituição.

Ele ainda elogiou a atitude dos colegas de Luiz Francisco, que se negaram a dar informações sobre o conteúdo da conversa entre ele e os procuradores da República.

Segundo uma matéria publicada pela revista "IstoÉ", que foi confirmada por Luiz Francisco em seu depoimento hoje, ACM teria dito que teria uma lista de como os senadores votaram na cassação do senador Luiz Estevão. O senador teria feito também acusações de corrupção em órgãos do governo.

"Ainda bem que Guilherme Schelb e Eliana Torelly vieram depois dele para desmenti-lo. Baseado na lei, eles não podem quebrar o sigilo da conversa para terceiros", afirmou.

"As mentiras em relação ao diálogo que eu não tive, em nenhuma hipótese, ficaram evidentes. Isso é uma palhaçada." O senador disse que não ter nada a perder, pois o foneticista Ricardo Molina "já mostrou que o diálogo não comprova nada".

ACM disse que vai ouvir detalhadamente os depoimentos de hoje e deverá processar criminalmente o procurador Luiz Francisco de Souza e a revista "IstoÉ" por calúnia, injúria e difamação.

Lei da Mordaça

O senador pefelista afirmou que é contra a Lei da Mordaça _que proíbe a divulgação de informações sobre inquéritos policiais, do Ministério Público e de processos judiciais_ e que compareceu à reunião com os procuradores a pedido de Guilherme Schelb "para tratar de assuntos administrativos referentes ao Senado".

Segundo ACM, houve durante o encontro outras conversas que foram distorcidas. Ele criticou com veemência a atitude do procurador Luiz Francisco de Souza. "É inaceitável um procurador chamar a 'IstoÉ' e pedir à revista um gravador antes da conversa. É uma prova de total incapacidade para o exercício da profissão."

"Se soubesse que ele (Luiz Francisco de Souza) estava presente, não teria ido", afirmou ACM.

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