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15/03/2001
-
03h26
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A cúpula do PMDB está dividida em relação à situação do presidente do partido, senador Jader Barbalho (PA), e ainda não encontrou uma saída política para enfrentar as acusações do seu suposto envolvimento no desvio de recursos públicos depositados no Banpará (Banco do Estado do Pará) quando era governador, na década de 80.
Os peemedebistas não sabem como preservar o partido e evitar prejuízos à
gestão de Jader como presidente do Senado.
Há dois dias, dirigentes peemedebistas impediram que Jader levasse à frente a estratégia de cobrar apoio político do Palácio do Planalto com ameaças de apoiar a criação de uma CPI para investigar corrupção no governo.
Mas ontem o clima de ameaça ao Planalto dominou a reunião da bancada do PMDB no Senado. Irritados com o fato de terem sido obrigados a abrir mão da presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) para o PSDB, senadores do PMDB defenderam na reunião que o partido cobre do governo solidariedade a Jader.
A CAE é a comissão mais importante do Senado e ficaria com o PMDB, por ter a maior bancada. Mas os peemedebistas foram forçados a ceder o cargo para o PSDB para evitar uma crise com os tucanos num momento em que o PMDB precisa de aliados.
Ontem, na reunião da bancada, Jader confirmou que a presidência da CAE faz parte do acordo feito por ele com o líder do PSDB, Sérgio Machado (CE), para garantir sua eleição a presidente do Senado. O acordo vinha sendo negado pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).
""Até que enfim se revelou que houve uma conversação e, se houve
conversa, houve acordo. A bancada toda ficou constrangida", disse Carlos Bezerra (MT), que queria o cargo.
Jader não quis comentar a reunião. Disse apenas, respondendo à Folha, que estava incomodado com o fato de o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, não ter respondido ao seu pedido de que fosse encaminhada cópia do relatório do BC sobre o caso Banpará.
A ala do PMDB integrada, entre outros, pelo ministro Eliseu Padilha (Transportes), pelo ex-presidente da Câmara Michel Temer (SP), pelo líder do partido na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), e por Moreira Franco, assessor do presidente Fernando Henrique Cardoso, vê com preocupação a situação de Jader.
Eles querem preservar o PMDB, mas sem confronto com o Palácio do Planalto. Nos bastidores, peemedebistas comentam que Jader demorou muito a dar explicações sobre o desvio de recursos do Banpará e, mesmo assim, não foi convincente.
Cúpula do PMDB não sabe como enfrentar acusações contra Jader
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A cúpula do PMDB está dividida em relação à situação do presidente do partido, senador Jader Barbalho (PA), e ainda não encontrou uma saída política para enfrentar as acusações do seu suposto envolvimento no desvio de recursos públicos depositados no Banpará (Banco do Estado do Pará) quando era governador, na década de 80.
Os peemedebistas não sabem como preservar o partido e evitar prejuízos à
gestão de Jader como presidente do Senado.
Há dois dias, dirigentes peemedebistas impediram que Jader levasse à frente a estratégia de cobrar apoio político do Palácio do Planalto com ameaças de apoiar a criação de uma CPI para investigar corrupção no governo.
Mas ontem o clima de ameaça ao Planalto dominou a reunião da bancada do PMDB no Senado. Irritados com o fato de terem sido obrigados a abrir mão da presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) para o PSDB, senadores do PMDB defenderam na reunião que o partido cobre do governo solidariedade a Jader.
A CAE é a comissão mais importante do Senado e ficaria com o PMDB, por ter a maior bancada. Mas os peemedebistas foram forçados a ceder o cargo para o PSDB para evitar uma crise com os tucanos num momento em que o PMDB precisa de aliados.
Ontem, na reunião da bancada, Jader confirmou que a presidência da CAE faz parte do acordo feito por ele com o líder do PSDB, Sérgio Machado (CE), para garantir sua eleição a presidente do Senado. O acordo vinha sendo negado pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).
""Até que enfim se revelou que houve uma conversação e, se houve
conversa, houve acordo. A bancada toda ficou constrangida", disse Carlos Bezerra (MT), que queria o cargo.
Jader não quis comentar a reunião. Disse apenas, respondendo à Folha, que estava incomodado com o fato de o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, não ter respondido ao seu pedido de que fosse encaminhada cópia do relatório do BC sobre o caso Banpará.
A ala do PMDB integrada, entre outros, pelo ministro Eliseu Padilha (Transportes), pelo ex-presidente da Câmara Michel Temer (SP), pelo líder do partido na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), e por Moreira Franco, assessor do presidente Fernando Henrique Cardoso, vê com preocupação a situação de Jader.
Eles querem preservar o PMDB, mas sem confronto com o Palácio do Planalto. Nos bastidores, peemedebistas comentam que Jader demorou muito a dar explicações sobre o desvio de recursos do Banpará e, mesmo assim, não foi convincente.
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